Desde o caso Isabella, as massas têm sido um tubo de ensaio para a mídia na manipulação de seus sentimentos. Cheguei a pensar, em alguns momentos do referido caso, que a população iria partir para o linchamento público. Juro que pensei.
Agora, acabamos de presenciar o seqüestro de uma jovem de apenas quinze anos pelo namorado em Santo André, o “A” do ABC paulista, o produto mais bem acabado do capitalismo selvagem no Brasil.
Mas o problema maior é a velha questão do “ao vivo e a cores”. E, neste caso, levanto a questão de até que ponto presenciar o passo-a-passo dos acontecimentos seja bom ou não. Com este questionamento, longe de mim estar a pretender estabelecer um cerceamento da ação jornalística, mas apenas propor regulamenta-la. Como? Sem dúvida está a existir um abuso da “imprensa marrom” em busca da audiência a qualquer custo, tendo como público-alvo o pequeno burguês fascistóide das grandes cidades brasileiras.
Reações da população em momentos assim são incontroláveis. No dia em que o povo resolver pela execução sumária e a justiça pelas próprias mãos de assassinos como o rapaz de Santo André ou o casal Nardoni, não se vai poder reclamar. Aliás, para certos setores do jornalismo, será a glória, pois essas são as suas intenções visíveis.
Muito oportuna esta tua postagem, porque concordo que o poder da mídia é uma arma de dois gumes!!!
ResponderExcluirAssim que soube do 'trágico desfecho' do seqüestro que mobilizou o país de norte a sul, pensei nisto.
Li também o teu comentário no post anterior, e aqui entre nós, fizestes uma péssima tradução em 'portumão' ou talvez 'aleguês'(rs) de "os últimos serão os primeiros".
Muita água vai rolar neste epílogo...
ResponderExcluirQuanto a meus conhecimentos da língua germânica, não os tenho mesmo. Fui no dicionário e traduzi "últimos" e "primeiros", mas claro que sei que não é nada daquilo.
Eine Spiel...
Pior de tudo é que fica clara a intenção de certos meios de comunicação. pelo menos (mesmo que não querendo) dando uma cobertura tão intensa que parece que não existe mais nada além disso no mundo.
ResponderExcluirA Rede Record foi assim no caso Isabela e agorarepetiu a dose.
Anselmo Frasão
Na Record passa a ser a razão de ser da emissora.
ResponderExcluirIa passando batido por essa sua matéria. Um assunto em pauta demais. Se deve tudo isso a ineficiência total da polícia. Mais uma vez parece que não aprenderam nada com experiências como a do sequestro do ônibus no Jardim Botânico.
ResponderExcluirSem dúvida.
ResponderExcluirMas o que me chama mais a atenção é o comportamento da imprensa (marrom) ao explorar o acontecimento de forma sensacionalista.
Independente de sensalionalismos da imprensa, estou muito chocada com o que aconteceu com a Eloá.
ResponderExcluirQue coisa horrível!
Creio que todos nós.
ResponderExcluirAfinal, a imprensa divulga e nos envolve.