Religião não se discute. Concordo quanto ao plano filosófico da questão. Mas existem fatos curiosos sobre a Igreja Universal (1) Apostólica Romana, enquanto instituição que transcendem a discussão metafísica. Diziam eles, e até hoje afirmam que o seu primeiro papa foi Pedro. Aquele mesmo, Simão Pedro, o pescador. O que é uma mentira deslavada.
A Universal Romana também relata que o próprio Cristo fundou aquela igreja. O que também é outra declaração sem um fundamento real. São mentiras repetidas milhões de vezes ao longo de séculos, no intuito de se transformarem em verdades. Ao se procurar pesquisar o tema na internet, se esbarra em uma lista “oficial” de papas que começa com Pedro e continua com uma série deles até o surgimento de quem teria sido o primeiro papa, que, segundo os historiadores foi Leão I, no ano de 440. É importante lembrar que até então, não existiam papas... Esta é uma verdade. O papado, que no ano de 609 passa a ser o poder central e absoluto, foi a razão da grande cisão no seio do movimento religioso católico, provocado por divergências quanto ao poder quase “divino” do cargo, e que originou a criação de outro ramo da igreja universal: a Ortodoxa. E esta é outra verdade.
Mas, comecemos pelas origens daqueles que seguiram as pregações de Cristo. Houve uma chamada Igreja Primitiva. Esta não é citada pelas fontes ligadas ao catolicismo. A Igreja Católica começa somente alguns séculos depois, o que torna impossível que Pedro tenha sido o seu primeiro representante. E, a partir de Constantino (272/337), o Império Romano oficializa o catolicismo, não deixando de incorporar comportamentos pagãos (romanos) ao seu ritual, que se refletiram na veneração a imagens, como Maria ou os santos. Mas o certo é que a partir deste momento a igreja assume o poder político. Ao conquistar Roma, ela, literalmente chega ao centro do pensamento no mundo ocidental.
Posteriormente, um de seus grandes filósofos, Agostinho, teorizou uma série de cânones que a sustentam, como o pecado original, por exemplo. Depois vieram os sete pecados capitais. É deveras importante lembrar que nenhum deles está nas Escrituras... No entanto, a própria Bíblia sofre outro ataque, pois a Igreja Romana acrescenta-lhe os livros Deuterocanônicos, que só constam na sua versão. Enquanto seus bispos discutiam o sexo dos anjos, os católicos chegaram a condenar a leitura do livro, à medida que avançavam na adaptação deste às suas necessidades filosóficas, ou a verificar que o amplo conhecimento dele atrapalharia as suas ambições políticas. O Concílio de Toulouse em 1229 oficializou a medida.
Em 1095 surgem as indulgências. Por intermédio destas ter-se-ia que pagar para ser perdoado e entrar no reino dos céus. Um verdadeiro “comércio de almas”, que originou alguns séculos depois, outra grande ruptura no cristianismo: a Reforma Luterana.
Todavia, de todas as grandes barbaridades cometidas pelos universais romanos, a maior delas foi a Inquisição, criada em 1186. Uma perseguição política que varreu todo e qualquer tipo de oposição aos seus princípios, este acontecimento marcou a história durante alguns séculos, exterminou milhões de indivíduos, e pode ser considerado o maior assassinato em massa conhecido na história da humanidade. Outra verdade incontestável numa história repleta de mentiras.
(1) A palavra “católica” vem do grego e significa universal.
A Universal Romana também relata que o próprio Cristo fundou aquela igreja. O que também é outra declaração sem um fundamento real. São mentiras repetidas milhões de vezes ao longo de séculos, no intuito de se transformarem em verdades. Ao se procurar pesquisar o tema na internet, se esbarra em uma lista “oficial” de papas que começa com Pedro e continua com uma série deles até o surgimento de quem teria sido o primeiro papa, que, segundo os historiadores foi Leão I, no ano de 440. É importante lembrar que até então, não existiam papas... Esta é uma verdade. O papado, que no ano de 609 passa a ser o poder central e absoluto, foi a razão da grande cisão no seio do movimento religioso católico, provocado por divergências quanto ao poder quase “divino” do cargo, e que originou a criação de outro ramo da igreja universal: a Ortodoxa. E esta é outra verdade.
Mas, comecemos pelas origens daqueles que seguiram as pregações de Cristo. Houve uma chamada Igreja Primitiva. Esta não é citada pelas fontes ligadas ao catolicismo. A Igreja Católica começa somente alguns séculos depois, o que torna impossível que Pedro tenha sido o seu primeiro representante. E, a partir de Constantino (272/337), o Império Romano oficializa o catolicismo, não deixando de incorporar comportamentos pagãos (romanos) ao seu ritual, que se refletiram na veneração a imagens, como Maria ou os santos. Mas o certo é que a partir deste momento a igreja assume o poder político. Ao conquistar Roma, ela, literalmente chega ao centro do pensamento no mundo ocidental.
Posteriormente, um de seus grandes filósofos, Agostinho, teorizou uma série de cânones que a sustentam, como o pecado original, por exemplo. Depois vieram os sete pecados capitais. É deveras importante lembrar que nenhum deles está nas Escrituras... No entanto, a própria Bíblia sofre outro ataque, pois a Igreja Romana acrescenta-lhe os livros Deuterocanônicos, que só constam na sua versão. Enquanto seus bispos discutiam o sexo dos anjos, os católicos chegaram a condenar a leitura do livro, à medida que avançavam na adaptação deste às suas necessidades filosóficas, ou a verificar que o amplo conhecimento dele atrapalharia as suas ambições políticas. O Concílio de Toulouse em 1229 oficializou a medida.
Em 1095 surgem as indulgências. Por intermédio destas ter-se-ia que pagar para ser perdoado e entrar no reino dos céus. Um verdadeiro “comércio de almas”, que originou alguns séculos depois, outra grande ruptura no cristianismo: a Reforma Luterana.
Todavia, de todas as grandes barbaridades cometidas pelos universais romanos, a maior delas foi a Inquisição, criada em 1186. Uma perseguição política que varreu todo e qualquer tipo de oposição aos seus princípios, este acontecimento marcou a história durante alguns séculos, exterminou milhões de indivíduos, e pode ser considerado o maior assassinato em massa conhecido na história da humanidade. Outra verdade incontestável numa história repleta de mentiras.
(1) A palavra “católica” vem do grego e significa universal.