Um grupo de especialistas do
Congresso dos EUA apontou as falhas de segurança dos laboratórios
especializados em riscos vinculados ao bioterrorismo, advertindo para o perigo
de possíveis acidentes.
O trabalho dos especialistas
detectou uma falta de controle que persiste desde o alerta de 2009, divulgou o
GAO (Governamental Accountability, organismo
do Congresso que audita, avalia e investiga), mencionando seu relatório
anterior sobre o tema.
"Estas falhas são ainda mais
evidentes hoje do que há três anos devido às restrições orçamentárias atuais
que obrigam a estabelecer prioridades", destacou o GAO.
Estes laboratórios encarregados
de proteger a população dos riscos de ataques bioterroristas e surtos de
doenças se multiplicaram nos Estados Unidos desde os ataques de 11 de setembro
de 2001. As instalações correm um risco maior de acidentes porque não têm
edifícios e operações padronizadas.
"O GAO encontrou uma
contínua falta de padrões nacionais para o desenho, a construção, a colocação
em serviço e as operações dos laboratórios de alta contenção", destacou o
atual informe do órgão. "Na falta de critérios fundamentais, cada
laboratório pode ser desenhado, construído e mantido segundo as restrições
locais. Isto complica a avaliação e a garantia de segurança, como apontamos em
nosso relatório de 2009."
O GAO afirma que a falta de
vigilância persiste, apesar do relatório de 2009, sem que nenhum outro
organismo ficasse a cargo da segurança ou dos objetivos de investigação nos
laboratórios de bioterrorismo.
Trata-se de instalações caras para
serem construídas e mantidas, mas que não contam com padrões de segurança que
englobam a todos, apesar das preocupações que surgiram, em 2001, os ataques com
cartas com esporos de antraz que mataram cinco pessoas. Um cientista do governo
estadunidense teve seu nome envolvido no caso, mas ele se matou antes que o
caso fosse a julgamento, razão pela qual ainda há interrogações sobre os
verdadeiros culpados.
Além disso, por não ter um
organismo no controle das prioridades de pesquisa, inclusive os projetos
importantes - como o proposto laboratório bio, de US$ 1,14 bilhão (cerca de R$
2,3 bilhões), e outro de defensivos agrícolas para fabricar vacinas contra
doenças animais de alto risco que podem afetar humanos - que estão em risco, já
que os Estados Unidos sofrem com dramáticos cortes de orçamento.
"Confrontados com os cortes
orçamentários nacionais atuais, conseguir esta prioridade na pesquisa será
duvidoso", ressaltou o GAO.
O órgão do Congresso apela à Casa
Branca para "garantir que sejam realizadas avaliações regulares da investigação
nacional sobre biossegurança e que suas necessidades de desenvolvimento"
sejam cumpridas.
2 comentários:
Mais um crime de Obama, contra o seu próprio povo.
Parabens.Esta matéria torna clara a fragilidade da economia norte-americana.
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