Segundo matéria lida no “Correio do Brasil”, a pobreza é, a cada dia que
passa, uma realidade mais evidente para os estadunidenses. Acostumadas à
fartura e ao desperdício, as famílias que antes da crise integravam a classe
média, veem-se diante de necessidades básicas que, há algumas décadas, foram
resolvidas de forma artificial. O crédito fácil, criado por sucessivos golpes
bancários no escândalo dos subprimes,
transformou-se no fantasma do desemprego e da fome. Mesmo aquelas famílias que
têm empregos empobreceram.
Mais gente voltou a trabalhar, segundo a pesquisa realizada com amostragens
de 2011, mas geralmente em funções mal remuneradas. Segundo o estudo, mais
chefes de família trabalham como caixas, empregados domésticos, garçons e
outras atividades em setores que oferecem baixos salários, baixa carga horária
e poucos benefícios.
Segundo o relatório do Censo (divulgado pela agência inglesa de notícias Reuters), em 2011 havia 200 mil famílias
de “trabalhadores pobres” a mais do que em 2010. Cerca de 10,4 milhões dessas
famílias – ou 47,5 milhões– agora vivem dentro da linha da pobreza, definida
nos EUA como tendo uma renda inferior a US$ 22.811 por ano, para uma família de
quatro pessoas.
“Embora muita gente esteja voltando a trabalhar, elas estão muitas vezes
assumindo vagas com salários menores e menos segurança no emprego, em comparação
aos empregos de classe média que tinham antes da crise econômica”, afirma a Reuters.
Os dados mostram uma concentração de renda em que os 20% mais ricos dos EUA
receberam 48% de toda a renda nacional, enquanto os 20% mais pobres ficam com
apenas 5%.
O efeito da pobreza sobre o crescente número de
crianças que vive nessas famílias –um aumento de quase 2,5 milhões de menores
em cinco anos– também coloca em xeque o modelo econômico do país. Em 2011,
cerca de 23,5 milhões (ou 37%) das crianças dos EUA viviam em famílias
trabalhadoras pobres, contra 21 milhões (33%) em 2007, segundo o relatóri
Um comentário:
É evidente que a crise pegou os EUA em cheio.
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