O presidente
Barack Obama chegou na última quarta-feira a Israel para sua primeira visita
oficial ao país desde que assumiu o poder, em 2009. O Air Force One, aeronave da presidência estadunidense, pousou por
volta das 7h30m no aeroporto Ben Gurión, em Tel-Aviv. Obama havia visitado
Israel em 2008, ainda durante a campanha eleitoral de seu primeiro mandato. O estadunidense
dedicou seu primeiro dia de visita oficial a encontros com o presidente Shimon
Peres e com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Naquela noite, Obama e
Netanyahu concederam uma entrevista coletiva após uma reunião bilateral e antes
de um jantar.
Aí começa a se estampar a grande
farsa: a contradição entre o discurso e a prática de Obama. Era previsto e foi
pequena a possibilidade de que Obama aproveitasse a viagem de quatro dias ao
Oriente Médio para lançar uma proposta real pela retomada do processo de paz
entre Israel e os palestinos. Apesar de retoricamente pronunciar em Jerusalém um
discurso para jovens estudantes israelenses falando sobre o assunto, não propôs
absolutamente nada!
Na verdade, o Irã foi o que dominou
as conversações em Israel, diante das “suspeitas” ocidentais de que Teerã,
segundo eles, está desenvolvendo uma arma nuclear sob a fachada de um programa
atômico civil. Na realidade um grande pretexto para invadir e bombardear aquele
país. Outro tema que ocupou sobremaneira as conversas foi o da guerra civil na
Síria,dada inclusive a proximidade fronteiriça com o estado sionista.
Por outro lado, Obama conseguiu
reaproximar Israel da Turquia, dois aliadíssimos dos EUA que estavam em rusgas.
Na semana passada, Obama disse à
TV de Israel que seu objetivo era "escutar". Seguindo seu “roteiro
turístico”, o presidente visitou na quinta-feira o Museu Nacional de Israel,
antes de seguir para Ramallah, onde se encontrou com o presidente palestino,
Mahmud Abbas, e o primeiro-ministro Salam Fayyad. Tambem sem propor nada,
principalmente quanto à grave questão da invasão por Israel e as construções nos
territórios palestinos. Resumindo, 80% dos israelenses entendem que com
Obama, nos próximos quatro anos, não acontecerá qualquer avanço na questão com
os palestinos.
Em meio a isso tudo os recentes acontecimentos de ataques a palestinos
nos postos de controle militar, as demolições de casas e as prisões arbitrárias
conduzidas por Israel são certamente escabrosas. Esta voluntária profanação dos
pontos religiosos e da Mesquita de Al-Aqsa
em particular foi violentíssima e omitida pela mídia internacional. Israel
levou suas violações a novos níveis com uma torrente de incursões à Mesquita.
Não houve, entretanto, qualquer justificativa para a violência gratuita
da semana passada, nem sequer ataques contra israelenses e suas propriedades. O
único “crime” palestino foi o protesto contra o sacrilégio ao Corão por um
soldado israelense, que foi filmado chutando o livro sagrado alguns dias antes.
E Obama, como a mídia ocidental, tambem ignorou completamente o fato.
Para finalizar o “passeio
turístico”, na sexta-feira, Obama depositou ramos de flores sobre os túmulos do
fundador do sionismo, Theodor Herzl. Em seguida, foi ao Memorial do Holocausto,
antes de seguir para a Cisjordânia, onde visitou a Igreja da Natividade, em
Belém. À noite, Obama teve uma reunião com o rei Abdullah II da Jordânia, outro
dos grandes aliados dos Estados Unidos na região. Antes de regressar aos EUA,
na noite de sábado, Obama fez tambem, finalizando seu tour, uma viagem à famosa e bela Petra, uma cidade, como diz o seu
nome, totalmente de pedra.
Durante o governo Bush, pelo
menos era clara uma política de direita. O problema de Obama é que ele quer
passar uma ideia de que é de esquerda e não é. Faz o jogo da direita sob uma máscara
meramente marqueteira. Por isto mesmo é uma grande farsa, um engodo!
3 comentários:
Como você bem classificou, é um verdadeiro palhaço.
O Bush escancarava as suas posições, como bem você diz, posições direitistas, homem mais afeito ao poder da riqueza e a sua proteção, mas Obama trabalha com panos quentes, disfarçando, na corda bamba, suas reais intenções e propósitos.
E sou testemunha de que você acusa Obama de ser um embuste desde antes de sua primeira eleição. Parabens.
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