Hugo Chávez era
um político que sabia como era odiado por Washington em todas as questões
políticas ou econômicas. Ele tratou com seriedade as ameaças vindas dos
presidentes Bush e Obama, do Departamento de Estado, da CIA e do Pentágono. Ele
sabia muito bem que os serviços especiais do ocidente possuiam um arsenal
diversificado de meios para liquidar fisicamente seus adversários.
Fidel Castro
compartilhou com ele essa experiência em mais de 600 tentativas de assassinato
contra ele cometidas pela CIA e a inteligência militar dos EUA. Até mesmo um
número limitado de documentos secretos tornados públicos recentemente provam
que não havia limite para os serviços especiais, que usaram inclusive
atiradores de elite e veneno para cumprir esta tarefa.
O presidente
e os serviços de segurança estavam preocupados com a propaganda ocidental
maciça que “demonizava” Chávez, apresentando-o como uma ameaça “ao mundo livre”.
No período
entre 2009 e início de 2010, a missão de eliminar Chávez estava na lista de
prioridades da inteligência dos EUA. Os métodos tradicionais, por exemplo,
assassinatos cometidos por pessoas dementes, queda de aeronaves, e afins, foram
descartados. O uso de venenos conhecidos também estavam fora de cogitação.
Houve muitos casos de líderes latinoamericanos que foram neutralizados dessas
maneiras.
Portanto, a
contaminação que levou a uma doença incurável foi escolhida como a forma de se
fazer o trabalho. Experimentos para obtenção de crescimento canceroso haviam
sido conduzidos nos EUA por pelo menos 40 anos. Os laboratórios situados em
Fort Detrick, Maryland, realizam pesquisas clandestinas sobre armas biológicas.
O Laboratório Nacional de Pesquisa do Câncer, que funciona sob a supervisão da
CIA e do Pentágono, é um exemplo disso. Como fontes da internet relataram, um
programa especial do vírus do câncer foi desenvolvido com sucesso ali. O acesso
ao DNA faz com que o vírus seja personalizado e mais eficaz. Isso nos remete a
um documento publicado no WikiLeaks,
com instruções do Departamento de Estado para a embaixada dos EUA no Paraguai
para furtivamente obter DNA dos quatro candidatos à presidência. O documento
menciona os quatro candidatos, mas o real interesse estava no candidato de
esquerda Fernando Lugo, um aliado em potencial de Hugo Chávez. Dois anos após a
eleição, Lugo adoeceu com câncer linfático, uma forma mais branda do que a que
o falecido Chávez desenvolveu. Ele teve que vir ao Brasil para tratamento,
enquanto o vice-presidente Federico Franco, o filho favorito da CIA e do
Departamento de Estado, governou o país.
A epidemia
de câncer na América Latina se espalhou acometendo presidentes de esquerda,
fato que não poderia passar desapercebido. A morte de Hugo Chávez demonstrou as
implicações que podem se seguir. Para quem não está convencido de que os EUA
estão envolvidos em uma limpeza, tentando se livrar de líderes hostis, basta
lembrar o destino de muitos políticos influentes em muitas regiões de
importância estratégica.
Chávez
advertiu sobre isso. Para ele, os Estados Unidos eram "um império do
mal", um agressor, um Estado terrorista constantemente travando guerras
para conquistar territórios ricos em recursos. Ele conclamou seus colegas na
América Latina e Caribe para a criação de alianças com “força” para conter a
política dos EUA. Ele pagou caro por isso. A liderança da Venezuela e os
principais líderes da América que mantinham relações amigáveis com Chávez, não
acreditam que ele tenha morrido por causas naturais. Os palpites de que tenha
sido uma operação especial são expressos cada vez mais frequentemente.
No dia da
morte de Chávez, o vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse em um
discurso à nação que "não há dúvida de que a saúde do Comandante Chávez
foi atacada pelo inimigo". Ele disse que haviam bases sólidas para o
lançamento de uma investigação. Segundo ele, "não há nem uma dúvida e, no
momento adequado, vamos convocar uma junta médica para confirmar que Chávez foi
atacado". Ele ligou o caso de Chávez ao caso do líder da Frente de
Libertação da Palestina, Yasser Arafat, cuja morte, disse Maduro, foi causada
por envenenamento pelos israelenses. De acordo com resultados de pesquisas de
laboratório realizadas no Instituto de Radiophysique,
em Lausanne, Suíça, Arafat foi envenenado por polônio-210.
Nicolás
Maduro disse que foram coletadas amostras de tecido de Chávez para se fazer um
diagnóstico. Sem revelar o nome do paciente, as amostras foram enviadas para o
Brasil, China, Rússia e até mesmo os EUA. A resposta foi a mesma, as células
cancerígenas têm características especiais, como intensidade incomum de
propagação e multiplicação nunca antes encontrados na prática médica.
4 comentários:
O problema de Chavez é a imagem dele que foi tão distorcida, tão desgastada que as pessoas no fundo não dão a real importância a sua morte.
Mas eu não tenho a menor dúvida que os EUA mataram ele.
Excelente reflexão, eu sempre tive essa impressão. A questão é que, além da demonização, os EUA encamparam uma campanha de descrédito contra Chávez. Uma grande perda para a América Latina.
Isto tem que vir à tona, como disse Nicolás Maduro com muita seriedade.
Então, Chavez morreu de ''morte matada'', como se diz nos confins da Bahia.
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