terça-feira, 25 de junho de 2013

Este é o “cara”!


O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, deu uma entrevista coletiva na tarde desta 3ª feira na sede do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), após conversar com a presidente Dilma Rousseff. O ministro afirmou que o país vive uma crise de legitimidade, mas negou intenção de se candidatar a presidente da República, após ser questionado sobre a pesquisa (espontânea) do Datafolha que o apontou como favorito: "... não tenho a menor vontade de me lançar candidato". 
  
Segundo ele, a influência dos partidos no processo político precisa ser "mitigada, embora não eliminada". Disse tambem que o Brasil precisa de uma reforma política que diminua a influência desses mesmos partidos na escolha dos candidatos e que aumente a participação popular. Segundo Barbosa, a população "não aguenta mais" decisões tomadas por meio de "conchavos".
  
O presidente do STF evitou comentar a legitimidade de uma eventual assembléia constituinte para realizar a reforma política, mas deu a entender que é a favor da realização de uma consulta popular para tratar do tema. "No momento de crise grave como o atual, a propositura de reforma via emenda constitucional seria viável? Essas propostas já não tramitam no Congresso Nacional há anos? Houve em algum momento demonstração de vontade política de levar adiante essas reformas?", indagou o ministro.
  
O presidente do STF - cuja função principal é resguardar a constituição e o sistema legal brasileiro - afirmou que o momento não deve ser de preocupação com questões técnicas legais, "porque o Direito não se discute de forma dissociada da realidade". 
  
O ministro se disse favorável a candidaturas avulsas: "Existem algumas democracias que permitem o voto avulso, com sucesso. A sociedade brasileira está ansiosa de se ver livre desses grilhões partidários que pesam sobre o seu ombro". Ele também afirmou que o sistema esgotou. "O sistema de representação política sobre o qual nós vivemos é sistema do século 18, que mostra marcas profundas de esgotamento. E é disso que se cuida, não é exclusividade brasileira". 
  
“A sociedade brasileira está ansiosa por se ver livre, pelo menos parcialmente, dos grilhões partidários que pesam sobre seus ombros. E isso é muito salutar”, disse o ministro. Barbosa falou com jornalistas nesta tarde, no plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), após conversar com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto sobre os protestos recentes que tomaram o país.
  
Barbosa ainda usou a expressão recall de políticos eleitos, segundo ele, um método aplicado onde há sistema distrital. "Nesse sistema, há esta responsabilidade, essa ligação de representatividade do eleito para aquele círculo pequeno que o elegeu." "Ele tem a possibilidade de recall e forçar uma segunda eleição".

8 comentários:

Joelma disse...

Concordo. Ele é o CARA. Só não me conformo de não se candidatar.... poderiamos votar nele de olhos fechados;;;;;;

Jonga Olivieri disse...

Votamos não, você vota. O meu voto continua NULO. Alias, desde 2002"

Mário disse...

Assisti toda a entrevista e o sujeito é fora de série mesmo!

Misael disse...

Atribui-se a Joaquim Barbosa, depois de revelada a pesquisa, uma entrevista concedida no último sábado, ainda que a nenhum veículo de amplitude nacional. Ele teria repetido estar sem vontade de ser candidato, mas, sendo realista, sabia da hipótese de vir a ser. Acrescentou que no Brasil política só se faz com dinheiro.
Em duas semanas, as mais explosivas de décadas, a sucessão presidencial virou de cabeça para baixo. Falta uma consulta nacional incluindo o nome do polêmico ministro, mas, pelo jeito, ele poderá ocupar a pole-position. Tendências costumam ser enganosas, no plano eleitoral, exprimindo um momento determinado, mas se o espírito das manifestações populares continuar assombrando o país.....

Anônimo disse...

Este mineiro de Paracatu, obteve seu bacharelado em Direito na Universidade de Brasília, onde, em seguida, obteve seu mestrado em Direito do Estado.
Foi Oficial de Chancelaria do Ministério das Relações Exteriores (1976-1979), tendo servido na Embaixada do Brasil em Helsinki, Finlândia e, após, foi advogado do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) (1979-84).
Embora se diga que ele é o primeiro negro a ser ministro do STF, ele foi, na verdade, o terceiro, tendo sido precedido por Hermenegildo de Barros (de 1919 a 1937) e Pedro Lessa (de 1907 a 1921).

Tavim

Jussara disse...

SIM, ELE É O 'CARA'!

Nun'Alvares disse...

Nós, aqui de Portugal acompanhamos as noticias sobre este brilhante jurista brasileiro.

Anônimo disse...

Já tem até um site na internet chamado "Joaquim Barbos Presidente 2014", cujo enddereço é: http://joaquimbarbosapresidente.com.br/