Albert Einstein, teria dito que “se as abelhas desparecessem da face da
Terra, a humanidade teria apenas quatro anos de vida”.
Quem assim conta é o escritor uruguaio Eduardo
Galeano, em Los hijos de los dias, ao
dedicar ao Dia da Terra (22 de abril), um dos seus comentários, com a
observação: “Os amigos riram. Ele não. E agora acontece que no mundo há cada
vez menos abelhas… e hoje vale a pena advertir que isso não ocorre por vontade
divina nem maldição diabólica, e sim pelo assassinato dos montes nativos e a
proliferação dos bosques industriais, pelas culturas de exportação, que proíbem
a diversidade da flora, pelos venenos que matam as pragas e ao mesmo tempo a
vida natural, pelos fertilizantes químicos, que fertilizam o dinheiro e
esterilizam o solo, e pelas radiações de algumas máquinas que a publicidade
impõe à sociedade de consumo”.
Em termos ambientais, as abelhas são importantes
polinizadores naturais. Ao levar o pólen de uma flor a outra, elas induzem a
formação de frutos e sementes. Mas abelhas estão desaparecendo em
grande escala. Elas saem em busca de néctar e pólen e não retornam mais às suas
colmeias, como se tivessem perdido o rumo.
No último outono do Hemisfério Norte, em poucos
meses, o problema dizimou abelhas em metade dos estados dos EUA e em três
províncias canadenses. Números alarmantes que afirmam ter dizimado 90% das colmeias
nestes locais.
As razões da alta mortalidade, porém, continuam
desconhecidas. Os cientistas estão correndo atrás de uma resposta, mas ainda
não conseguiram passar de hipóteses. Talvez seja a intoxicação por inseticidas
– cada vez mais usados na agricultura -, talvez a infecção por vírus e ácaros.
Colocam-se tambem suspeitas em radiações emitidas por celulares.
Nos EUA, o mundo dos insetos foi alçado a assunto
de política pública. Em abril, o FDA (a agência responsável pelo controle de
remédios e alimentos) realizou um congresso em Washington para discutir o tema.
É apavorante pensar nisto, mas teria razão Albert
Einstein?
Fontes:
Estado de São Paulo e Correio Braziliense
3 comentários:
Ontem tambem li e vi na TV matérias sobre o assunto, muito preocupante, por sinal.
Parece porem que alguns questionam se Eintein teria dito isto. Mas que de fato põe uma pulga (ou abelha) atrás da orelha, lá isso põe!
O autor da Teoria da Relatividade merece algum crédito, não?
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