Fim de ano. Hora
de recordar o que o ano nos deixou. Hora de refletir sobre alguns
acontecimentos do ano que findou e tentar alinhavar tendências para o novo ano
que surge.
Se 2013 foi
um ano bom ou ruim, cabe avaliar agora. Nas ondas das rádios e nas páginas dos
jornais, mais uma vez as notícias negativas atropelaram as que trazem esperança
de uma sociedade melhor: a guerra na Síria enterra mais de 150 mil mortos sem
qualquer sinal de um fim; outras seis mil vítimas são levadas pelo devastador
tufão Hayan nas Filipinas; e a maior potência mundial, os Estados Unidos,
ignora solenemente a revolta mundial face ao maior escândalo de espionagem
internacional já revelado.
Todos são
espionados, e todos são grampeados: do mais anônimo internauta até a chanceler
alemã, Angela Merkel, e seu celular. Edward Snowden, de 30 anos, revelou para o
mundo o programa ianque de espionagem global, deflagrando um debate planetário
sobre o respeito à vida privada. Acusado de traidor pelos Estados Unidos, para
muitos, Snowden é um herói defensor das liberdades civis.
Enquanto
isso, no Brasil, centenas de milhares de pessoas se levantam para confrontar a
imagem idealizada de um país emergente e promissor – Não bastam estádios para a
Copa 2014, é preciso serviços públicos de qualidade. “Só 20 centavos” jamais
tiveram tanta força quanto os daquele aumento das passagens em São Paulo no mês
de julho...
E mais
algumas pinceladas: em torno de 1.200 pessoas ficaram feridas na região de
Tcheliabinsk, que fica nos Montes Urais, na Rússia, após um meteorito de dez
toneladas se desintegrar a cerca de 50 km do solo e atingir vários pontos da
região. Quando se chocou com a atmosfera, o meteorito estava a uma velocidade
de 54 mil km/h.
A aparição
do argentino Jorge Bergoglio na sacada da Praça de São Pedro, em 13 de março,
foi uma grande surpresa. O arcebispo de Buenos Aires foi eleito papa e escolheu
o nome de Francisco, o santo dos pobres, para governar os destinos de uma
Igreja Católica em crise.
Nos últimos 12 meses, o
empresário Eike Batista deixou de ser bilionário, a OGX - que era considerado
seu ativo mais precioso - entrou com pedido de recuperação judicial, ele vendeu
o controle de duas empresas, se livrou de ativos relevantes em outras duas e
agora em dezembro ainda ganhou o posto de pior CEO (Chief Executive Officer)
do ano.
Empregados domésticos com
carteira assinada, jornada de 44 horas semanais, horas extras, décimo-terceiro
salário e demais benefícios. Décadas atrás, parecia apenas um sonho distante
para a categoria, mas começou a virar realidade em abril. A Proposta de Emenda
Constitucional nº 72 foi aprovada pelo Senado e recebida com festa pelos 7,2 milhões
de empregados domésticos no país - maior número do mundo, segundo a Organização
Internacional do Trabalho (OIT).
Abalada por planos de austeridade
que preveem cortes de gastos públicos em troca de resgates financeiros -
necessários para corrigir orçamentos nacionais corroídos por dívidas -, a
recuperação da economia europeia prossegue a passos lentos. Na Espanha, apesar
de o desemprego ter recuado em julho pela primeira vez em dois anos, a taxa
ainda é de mais de 25% da população e cerca de 50% entre jovens de 24 a 35
anos. Na Grécia, sair à rua para protestar passou a fazer parte da rotina das
pessoas, enquanto o governo tenta negociar com os credores da
"troika" (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e FMI) extensões
de prazo para os pagamentos. A crise não poupou nem países que estavam em
situação mais confortável, como a França, que teve sua nota de crédito
rebaixada novamente em novembro, por causa do crescimento econômico fraco.
E o fantasma da inflação voltou a
assombrar os brasileiros. Puxada pelos alimentos, a inflação oficial medida
pelo IBGE (IPCA) chegou a estourar a meta do governo em abril, com alta de 6,59%
em 12 meses - a meta é de 4,5% ao ano, com margem de dois pontos percentuais
para mais ou para menos. O tomate, com aumento de 122%, foi um dos vilões,
transformado pelos internauta em um dos assuntos mais comentados da web no
Brasil, com piadas em profusão. Diante do cenário, o Banco Central aumentou
seis vezes a taxa básica de juros da economia (Selic), que chegou a 10,5% na
última reunião do ano, em novembro. A cotação do dólar, que disparou em agosto,
chegando a ser negociado R$ 2,45 também pressionou a inflação. O reajuste dos
preços dos combustíveis nas refinarias, implementado em novembro, de 4% para a
gasolina.
Mas ainda nos restam as
esperanças de um Feliz 2014!
2 comentários:
Mais um ano que se finda. O tempo passa! Bom balanço do ano, este da pensata de hoje.
Aninho complicado... bem, você enumerou algumas coisas, mas... faltam tantas!
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