de Jorge Vital de Brito Moreira
Não sou fã
especial do gênero literário criado por Edgard Alan Poe que se denomina
“romance policial”: nem da sua vertente inglesa (Arthur
Conan Doyle, Agatha Christie…) nem da sua
vertente norteamericana (o “hard-boiled” de Dashiell Hammet e Raymond
Chandler...). Porém como
crítico da cultura, tenho a obrigação de estar quase sempre interessado nas
relações entre cultura, ideologia, estética e política que se manifestam, explicita ou
implicitamente, na literatura, no cinema, na música e em qualquer outro
discurso cultural produzido dentro do sistema capitalista de produção da
sociedade.
Em outras
palavras, é necessário estudá-lo por ser um gênero muito popular e muito
consumido publicamente por gente de diferentes estratos sociais. Assim, poderia
afirmar que estou quase sempre interessado em saber como se produz e reproduz o
imaginário coletivo/popular, e quais são as formas ideológicas através das
quais o sistema capitalista manufatura o consenso popular (através da cultura
de massas) com o objetivo de legitimar (ou
deslegitimar) determinados projetos do poder socioeconômico, politico e
cultural. Dado o anterior, me sinto inclinado a buscar algum tempo para ler tanto
o romance policial inglês como os romances norteamericanos (sem excluir os
filmes de detetives); sobretudo para ler os atuais romances policiais de
escritores contemporâneos como Manuel Vázquez Montalbán (espanhol), Paco Taibo
II (mexicano) e do brasileiro Luiz Alfredo Garcia-Roza (1).
Dado o proposito,
faz três dias, acabei de ler, dentro da vertente norteamericana “hard-boiled”, um importante romance do autor estadunidense
Jim Thompson que ainda não tinha tido a oportunidade de conhecê-lo. Na língua inglesa,
o romance se intitula “Pop. 1280” mas poderia ser titulado “1.280 almas”, se for traduzido ao português.
“Pop. 1280” é um dos mais
famosos livros do escritor Thompson (2). Publicado em 1964, o título se refere ao número de habitantes de uma pequena
cidade de um estado (possivelmente o Texas) dos EUA, onde dentro do número 1280,
também se incluem os negros da cidade, pois, conforme a narrativa, o censo obriga
a contar os negros “como se fossem seres humanos”. De fato, o romance
questiona e representa, trágica e comicamente, os conflitos sociais produzidos
pelas diferenças de gênero (homem/mulher) e de raça (branco/preto) dentro de
uma sociedade inteiramente dividida pela luta de classes sociais.
O romance
é narrado na primeira pessoa e o narrador/protagonista, Nick Corey, é o xerife
de Potts County, um pequeno povoado
de um estado sulista dos EUA. Aparentemente gentil, inofensivo e simpático, o
demagógico Nick Corey esconde uma inteligência maquiavélica que lhe ajuda a fazer
diabólicos planos para ser reeleito como xerife da cidade e vencer os
candidatos adversários que oferecem melhores princípios morais que ele (e que
estariam distantes da corrupção) num meio ambiente patriarcal, classista,
racista, sexista, formado por gente puritana e hipócrita.
Assim,
quando o personagem Nick Corey, decide conquistar algo (ou alguém) para
justificar e legitimar seus objetivos políticos desumanos e individualistas, costuma
usar e abusar da violência. Mas a violência que ele usa e abusa não será apenas
um simples recurso, será muito mais uma complexa extensão instrumental do seu
modo de pensar e de sentir, ou seja, daquilo que ele considera inevitável e
eficiente para o ambiente em que vive. Assim, Nick se revela não apenas como um
indivíduo psicopata, mas como um agente político cuja psicopatia se expressa
num tipo de ética e estética que são profundamente desumanas mas que é
altamente funcional para manter-se no poder numa sociedade destrutiva, radicalmente
exploradora, dominadora e opressiva como a do sistema capitalista colonialista/imperialista
dos EUA que conhecemos.
Entre os
elementos formais destacados neste romance se encontra a presença de um leitmotiv que ao longo da narrativa expressa
não somente o fluxo da má consciência ética e funcional do xerife Nick Corey
mas que representaria, por analogia, o fluxo da má consciência da maioria dos
presidentes e das autoridades dos Estados Unidos da América. No capítulo XXIII do romance, por exemplo, o
xerife Nick Corey (que tinha planejado o assassinado de sua esposa Myra e do
seu cunhado Lennie) tem um último diálogo com a amante Rose (que tinha acabado
de realizar o assassinato da esposa e do cunhado do xerife). Neste diálogo,
Rosa pede ajuda do xerife, dizendo: “- Você tem que me ajudar, Nick. Você tem
que me ajudar a resolver isso como seja.” (3)
O
xerife Nick, calculando apropriar-se da fazenda de Rose, além de planejar
reconciliar-se com a primeira mulher, recusa-se a usar seu poder para ajudar a
amante a se livrar do crime cometido. O xerife responde: “- Bem, veja, eu não
sei bem como eu poderia fazê-lo. Afinal, você é culpada de assassinato,
fornicação, hipocrisia e ...” O xerife Nick recomenda à amante que fuja para um
lugar bem distante de Potts County.
Rose não pode acreditar nas palavras do infame xerife, e furiosa protesta: “- O que você está dizendo? Que idiotices são essas que você
está falando?”
Nick
responde cinicamente: “- Bem, veja, pode parecer idiotice, mas eu não tenho a
menor culpa. Segundo a lei, eu deveria estar atento para os grandes e
poderosos, aos tipos que realmente governam este lugar. Mas não me deixam
tocá-los, então eu me vejo forçado a equilibrar a situação, sendo duas vezes
mais implacável com esta escória humana de brancos, negros e pessoas como você,
que teem o cérebro metido no cu, pois não encontram outro lugar para usá-lo.
Sim senhora, eu sou um trabalhador na vinha do Senhor, e se eu não posso chegar
aos mais altos, sou forçado a trabalhar com mais dureza com as camadas que
estão por baixo de mim."
Ainda
que o romance “Pop. 1280” tenha sido
publicado em 1964, durante a presidência do texano Lyndon B. Johnson e seus
crimes de guerra contra o povo vietnamita na Guerra do Vietnam, a analogia
entre a atitude infame do protagonista Nick e as atitudes da maioria dos
presidentes dos EUA poderia incluir recentemente, não somente a psicopatia
terrorista do ex-presidente George W. Bush na guerra contra os povos do Iraque
e do Afeganistão, mas sobretudo, poderia incluir a infame e doentia devoção
militarista/terrorista do ganhador do premio Nobel da paz: o atual presidente
Barack Obama já que, ajudado por Hillary Clinton no cargo de secretária
(ministra) do Departamento de Estado, continuou com os crimes de guerra contra o Iraque, o Afeganistão, a
Líbia, a Síria e demais países sob a invasão
ou o domínio imperial dos EUA. (4)
Historicamente,
uma das principais características do romance policial “hardboiled” tem sido o seu compromisso com representar a dura
realidade do conflito social entre as classes, os gêneros, e as raças na
sociedade capitalista. Pode-se afirmar
que o romance policial “hardboiled” não
tem sido neutro diante da injustiça social, e que, desde o seu início ele
aparece conectado à crítica política e social. De fato alguns dos seus mais
importantes autores tais como Dashiell Hammett, Jim Thompson (Graham Greene e o
romance de espionagem inglês) eram homens de esquerda, e tanto Hammet como
Thompson foram perseguidos e aprisionados pelo FBI por estarem ligados ao
marxismo e ao partido comunista.
Esta
característica principal, e outras importantes características do gênero “hard-boiled” também comparecem na narrativa do
romance “Pop. 1280”. Assim, a narrativa na primeira pessoa; o uso
da linguagem coloquial (sem eufemismos) e o uso de gírias de rua, a
ambivalência moral e o cinismo estão presentes no romance.
A
ambivalência no que diz respeito aos valores éticos, por exemplo, leva o xerife
Nick não somente a quebrar sistematicamente a legalidade e a lei como a
transformar-se no próprio criminoso, num irremediável assassino. O xerife
Nick apresenta-se como um homem honesto, com pretensões a ser um moralista no exercício do poder, mas, em essência,
desenvolve um profundo cinismo que lhe capacita para se converter num xerife
assassino e continuar no exercício do poder
Estes
traços de caráter do protagonista Nick, associados ao exercício do poder como
xerife rural, parecem encontrar um paralelo nos traços de caráter do presidente
Barack Obama no exercício do poder como presidente dos EUA.
Independentemente da consideração (ou
hipótese) de se a narrativa do romance “Pop.1280”
seria uma metáfora shakespeareana do exercício do poder presidencial nos EUA;
ou se o romance “Pop. 1280”
funcionasse como uma alegoria nacional (5) da historia do capitalismo
estadunidense, a realidade é a seguinte: se
tomamos o exemplo dos oito anos do governo do presidente Obama; se resumimos os
momentos especialmente demagógicos e as contraditórios da sua presidência,
poderemos estabelecer uma ampla
analogia com a atuação do xerife Nick
Corey no romance “Pop. 1280”. Assim,
em relação ao constante rompimento das promessas do xerife aos seus eleitores,
correligionários, seguidores, amigos e habitantes do condado de Potts County, o
presidente Barack Obama, nos seus dois
períodos de governo, rompeu mais promessas aos eleitores dos EUA, que os
presidentes que lhe antecederam. Conforme o Registro do sociólogo James Petras (6),
a administração de Obama fez constantes promessas a seus eleitores e seguidores
para depois revisar imediatamente o que tinha prometido e dar marcha à ré. Ou
seja, cada uma de suas promessas de reforma social, de atenção sanitária e de
política exterior (fundada na diplomacia e o respeito) somente serviram de
prelúdio à imposição de novas políticas mais regressivas e a novas guerras
contra os seres humanos.
Acompanhando o Registro que o sociólogo Petras (entre outros pensadores
estadunidenses) faz da politica interna do “xerife” Barack Obama nos EUA, fica
evidente que durante os oito anos de sua presidência, Obama rebaixou as
expectativas de todas as camadas populares que ele cortejou e seduziu durante
as suas campanhas eleitorais, ou seja, dos nove de cada dez americanos negros
que votaram em Obama nas duas campanhas presidenciais. Mas apesar do massivo
apoio dos afroamericanos, durante a presidência de Obama, aumentou a
desigualdade na distribuição de renda entre os trabalhadores brancos e negros,
aumentou a violência policial letal contra os afroamericanos e multiplicaram-se
os ataques de paramilitares brancos, incluindo a queima de igrejas afroamericanas.
Os afroamericanos acusados de delitos não violentos relacionados com o uso de
drogas (traficantes e consumidores) teem sido encarcerados a um ritmo muito
maior que os dos brancos, enquanto as gigantescas elites farmacêuticas e os
médicos que prescrevem os narcóticos que estimulam a adição para os opiláceos
obtiveram benefícios cada vez maiores com total impunidade no governo Obama (6).
Em relação a politica de imigração, a administração de Barack Obama concretizou, entre 2009
e 2015, a expulsão de três milhões de imigrantes para fora dos EUA. Conforme o Registro
revelado pelo professor James Petras, Barack Obama detém o recorde de expulsão
de imigrantes em toda a história dos EUA (7).
No plano da analogia relacionada à violência
e ao extermínio do xerife Nick Corey contra seres humanos de outras latitudes,
Obama, no plano da politica exterior, começou ou continuou o lançamento de sete
guerras, e dezenas de operações violentas clandestinas, superando a do seu
predecessor, o presidente George Bush filho. Suas guerras provocaram a maior
cifra conjunta de africanos, árabes, asiáticos meridionais e europeus orientais
despossuídos, feridos e assassinados da história mundial (8).
Resumindo, a
analogia entre a atuação judicial e politica do xerife Nick Corey e a atuação judicial e politica dos
presidentes dos EUA (exemplificado nos dois períodos presidenciais de Barack
Obama) sugerem que o critério
fundamental para avaliar o desempenho de um politico é seu papel (o lado em que
se posiciona) na luta de classes politica-econômico-social-cultural: o conflito
racial (ou de gênero) deve estar sempre relacionado, associado, articulado e/ou
integrado à luta ou a guerra de classes sociais se quiserem ter eficiência para
mudar a sociedade capitalista na qual estamos naufragando.
Assim,
a história do infame e barbáro governo do primeiro presidente negro (premio
Nobel da paz que usava os “drones” para assassinar a população civil dos países
pobres) durante os seus oitos anos como governante deste império é mais um
exemplo de que os conceitos de raça (branco, negro...) e/ou de gênero (homem,
mulher) de um individuo ou de um grupo não é suficiente para funcionar como
critério fundamental para a avaliação do alinhamento ideológico e politico de
Barack Obama (ou de qualquer que seja o presidente dos EUA) no plano econômico,
social e cultural. Isolados, estes conceitos
de raça e gênero, (sem
conectar-se e integrar-se com o conceito de luta de classes) são conceitos
demagógicos, pois não são capazes de dar conta
da totalidade nem da complexidade
das relações politicas econômicas e sociais entre os seres humanos na nossa
sociedade, nem serão capazes de instrumentar as verdadeiras lutas
imprescindíveis para derrotar o colonialismo, o imperialismo e o
neoliberalismo, impostos pelos sistema capitalista no planeta Terra.
NOTAS
1) Pessoalmente
prefiro ler romances policiais como “O Assassinato no Comité Central” (do
espanhol Manuel Vázquez Montalbán) e/ou “Mortos Incomôdos”, Falta o que falta (de
co-autoria dos mexicanos Paco Taibo II e o Subcomandante Marcos, EZLN) que romances
policiais como “O Silencio da Chuva” ou “Achados e Perdidos” do brasileiro
Alfredo Garcia-Roza.
Ainda que
Garcia Rosa seja um notável ficcionista (extraordinário na narração do
imaginário e fantasias dos seus personagens cariocas; excelente na descrição de
locais e ambientes da cidade do Rio de Janeiro), a minha preferência se deve ao fato do escritor
Garcia-Roza ainda não ter sido capaz,
por um lado, de conectar a sua narrativa policial à gritante realidade
histórica do Brasil: a de uma sociedade corrupta e corruptora que foi produzida
pela existência de mais de 20 anos de ditadura militar para defender os interesses da burguesia brasileira associada
ao imperialismo dos EUA; por outro lado, do escritor não ter sido capaz de
criar um protagonista brasileiro que lute para
transcender, politica e socialmente, a tradicional visão subjetiva
(eticamente voluntarista e fantasiosa) encerrada no protagonismo do seu
inspetor Espinoza. Ainda que a consciência individual, ética e voluntarista do
filósofo judaico-português Baruch Espinosa, seja um dado ético exemplar da
história da filosofia ocidental, em si mesmo, não oferece um modelo social,
coletivo e eficiente, para combater a massiva corrupção do poder politico das
autoridades brasileira, como podemos verificar pela função da corrupção na
operação “Lava Jato” e no recente golpe de estado do PSDB e do PMDB contra a
presidente Dilma Rousseff e a democracia brasileira.
A minha
preferência também se refere ao fato de que a realidade histórica da narrativa
de Montalbán transcende àquela das convenções do romance policial,
conectando-se criticamente ao processo histórico da transição da sociedade
espanhola (desde a ditadura do general Franco a suposta “democracia” que foi
estruturada pela mesma correlação de forças sociais do período anterior: de um
lado, a monarquia, a igreja católica, os militares provenientes do franquismo;
do outro lado, as organizações representativas da classe trabalhadora espanhola).
A mesma constatação poderia ser feita sobre a realidade histórica da narrativa
de Taibo II e do sub comandante Marcos, pois ela está articulada às lutas de
classes e as contradições politicas entre campo/cidade herdadas da revolução
mexicana, como podemos observar no excelente ensaio “El
detective social y los muertos despiertos: en busca de la justicia social desde
el D.F. a Chiapas con Paco Ignacio Taibo II”, da professora Catherine M. Bryan. Vejam este ensaio no link:
2) No
romance “Pop. 1280”, a narrativa está situada nos
EUA e foi originalmente editado pela Gold Medal Books em 1964, porém foi adaptado para o cinema pelo diretor francês Bertrand Tavernier:
no seu filme “Coup de Torchon” (A lei de quem tem o poder) de 1981, a
narrativa está situada na África
ocidental francesa.
3) Os trechos dos diálogos em português que
aparecem neste texto, correspondem a livre tradução do professor Jorge Vital de
Brito Moreira.
4) Vejam a
entrevista “Promesas rotas: El legado estructural
de las democracias capitalistas” de James Petras em: http://www.lahaine.org/mundo.php/promesas-rotas-el-legado-estructural
5) Sobre a
função da alegoria na narrativa literária contemporanea vejam o ensaio de
Fredric Jameson “Third-World Literature in the Era of
Multinational Capitalism” no link http://postcolonial.net/@/DigitalLibrary/_entries/113/file-pdf.pdf
Sobre a função do romance policial na
perspectiva de um dos mais brilhantes criadores do gênero “Hardboiled” vejam o
ensaio de Fredric Jameson “Sobre Raymond Chandler” na coletânea El Juego de los Cautos de Daniel Link.
6) Vejam a entrevista do professor James Petras “Obama tiene el récord de expulsión de inmigrantes en toda la Historia de EE.UU.” no link: http://www.globalresearch.ca/obama-tiene-el-record-de-expulsion-de-inmigrantes-en-toda-la-historia-de-ee-uu/5563686
7) Vejam o link da nota 6
8) Vejam o link da nota 4 e da nota 6.
Clique para ampliar |
Um comentário:
A sociedade "americana" passa pela sua decadência.... Que, coincidentemente é a decadência do sistema. E neste sentido, a análise do professor Moreira é brilhante, mas o que mais está em destaque é o romance “Pop. 1280” de Jim Thompson com o xerife Nick Corey no centro de toda a trama.
Isto me lembrou o filme de Norman Jewison, "No Calor da Noite" (In the Heat of the Night) 1967, com Sidney Poitier, Rod Steiger e Warren Oates.
O filme narra uma história a partir de quando Philip Colbert, o principal empresário de Sparta, uma cidadezinha do Mississipi, é assassinado. Então, o policial Sam Wood (Warren Oates) tenta achar o culpado. Ao ver na estação de trem um negro bem vestido, Virgil Tibbs (Sidney Poitier), ele é preso como suspeito sem chances de argumentar. Quando Sam vê que Tibbs tinha uma incomum quantidade de dinheiro para um negro de Sparta, o policial fica certo que encontrou o assassino. Mas o xerife Bill Gillespie (Rod Steiger) descobre, para seu espanto e constrangimento, que Virgil é um detetive da polícia da Filadélfia, que visitava sua família. Ironicamente Virgil é um "expert" em homicídios e é autorizado por seu superior para ajudar no caso. Isto o desagrada e também a Gillespie, que não gosta de ter um policial negro ajudando nas investigações. Para deixar mais tensa a situação Leslie Colbert (Lee Grant), a viúva da vitima, sente a ineficiência da polícia de Sparta e exige a presença de Virgil. Gillespie odeia a ideia, mas há uma grande pressão para o caso ser solucionado, e assim aceita a colaboração de Virgil.
Preconceito! Racismo é o foco do filme. A procura de um suspeito, seja ou não o verdadeiro autor do crime é outra vertente que mostra o quanto a polícia local é ineficiente e corrupta.
E realmente podemos enxergar e interpretar a política dos EUA como um romance policial “hardboiled” termo que eu não conhecia, mas agora está na base da compreensão da sociedade norte-americana.... E principalmente da política nos EUA e dos crimes de Obama. Que os xerifes não querem reconhecer!
Postar um comentário