A morte de militares por
traficantes, por exemplo.
A reação popular a uma possível
prisão de Lula.
Uma reação à “ameaça” sentida
pelos militares de uma investigação sobre os crimes da ditadura — exemplificada
pela publicação, no site do Exército, de críticas ao Ministério Público, que
abriu a possibilidade de investigar.
O crescimento, para além da
esquerda, do Fora Temer, que os radares da Paraíso do Tuiuti captaram e
colocaram na Marquês de Sapucaí.
Em outras palavras, como no
pré-golpe de 1964, o “caos” joga no time deles. E a agenda neoliberal bateu na
trave, com o enterro da reforma da Previdência. A partir de agora, só à força.
Num grupo de whats app,
já está circulando a imagem de um homem de boina preta, com uma estrela
vermelha na cabeça, prometendo ‘sangue nas canelas’ se Lula for preso. O vídeo
é acompanhado por fotos de armamento pesado.
Tudo indica que seja algo plantado,
como está escrito nos manuais de guerra psicológica.
Em 1962, Wanderley Guilherme dos
Santos produziu um texto, hoje clássico, Quem dará o golpe no Brasil,
prevendo o que aconteceria dois anos depois.
À esquerda o recomendável é que
reformulasse sua pauta tendo a defesa das eleições de 2018 como ponto
prioritário. Se possível, com um candidato único já no primeiro turno.
Nunca é demais relembrar o que
disse o general Hamilton Mourão: “Os Poderes terão que buscar uma solução, se
não conseguirem, chegará a hora em que teremos que impor uma solução… e essa
imposição não será fácil, ela trará problemas”.
Acrescentou que os militares têm
“compromisso com a Pátria, independente de sermos aplaudidos ou não”.
E mais: “O que interessa é
termos a consciência tranquila de que fizemos o melhor e que buscamos, de
qualquer maneira, atingir esse objetivo. Então, se tiver que haver
[intervenção] haverá”.
Michel Temer acredita que a
solução passa por ele — uma ideia que pode levar ao caos, “justificando” assim
a manutenção indefinida do golpe que derrubou Dilma Rousseff, com ou sem Temer.
O golpe cruzou a fronteira da
democracia. Entrou em sua terceira e mais obscura fase. A fase do não-retorno,
a fase da extirpação definitiva da soberania popular”.
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