Uma série de
discursos do pré-candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL-RJ)
evidenciam seu pensamento sobre a forma de combater a desigualdade social no
pais. Segundo o parlamentar fluminense, a esterilização de pobres e miseráveis
é um recurso necessário para o combate à violência, sua principal bandeira na
vida pública.
Reportagem
publicada recentemente pela Folha de São Paulo reúne as reflexões de Bolsonaro
sobre o tema nos últimos 25 anos. Os discursos repetem um padrão de pensamento,
evidenciando que é uma opinião convicta do pré-candidato.
Em 2013,
Bolsonaro fez um discurso contra os programas sociais como Bolsa Família,
definido por ele como “nefasto”.
“Só tem uma
utilidade o pobre no nosso país: votar. Título de eleitor na mão e diploma de
burro no bolso, para votar no governo que está aí. Só para isso e mais nada
serve, então, essa nefasta política de bolsas do governo”, declarou no plenário
da Câmara.
Quase 21
anos antes, em 1992, o deputado já fazia referência ao uso do “rígido controle
de natalidade” como forma de combater a miséria e a violência. “Devemos adotar
uma rígida política de controle da natalidade. Não podemos mais fazer discursos
demagógicos, apenas cobrando recursos e meios do governo para atender a esses
miseráveis que proliferam cada vez mais por toda esta nação.”
No ano
seguinte, voltou ao assunto de uma maneira que explicitou ainda mais o seu
pensamento sobre o caso com a frase “Quem não deve ter filhos, não deve tê-los”.
Bolsonaro juntou no mesmo discurso sobre pobreza e miséria a defesa da pena de
morte.
“Defendo a
pena de morte e o rígido controle de natalidade, porque vejo a violência e a
miséria cada vez mais se espalhando neste país. Quem não tem condições de ter filhos
não deve tê-los. É o que defendo, e não estou preocupado com votos para o
futuro”.
Contrariando
todos os estudos na área mundo afora, Bolsonaro disse que não seria a Educação
o caminho para a redução da desigualdade no Brasil: “Não adianta nem falar em
educação porque a maioria do povo não está preparada para receber educação e
não vai se educar. Só o controle da natalidade pode nos salvar do caos”,
disparou Bolsonaro em julho de 2008. “Só tem uma utilidade o pobre no nosso
país: votar. Título de eleitor na mão e diploma de burro no bolso, para votar
no governo que está aí. Só para isso e mais nada serve, então, essa nefasta
política de bolsas do governo”, declarou em novembro de 2013.
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