sábado, 22 de novembro de 2008

Satisfação

O Brasil ficou em 7º lugar (1) num ranking promovido pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) que mediu a satisfação com a vida entre os moradores de 23 países da América Latina e Caribe. Com pontuação de 6,2 (em escala de 1 a 10), o Brasil divide a posição com a Colômbia e a Jamaica.
Os resultados são de um estudo lançado como parte da série “Desenvolvimento nas Américas”, compreendendo a qualidade de vida. O maior nível de satisfação com a vida na região foi a Costa Rica, com a nota de 7,4. O último, o Haiti, com 3,8.
Os entrevistados responderam a perguntas sobre sua avaliação de aspectos como qualidade da educação, atendimento de saúde, moradia e emprego.
Quando analisado o nível de satisfação relativo ao emprego, o Brasil ocupa a 4ª posição, com percentual de 89,2% de pessoas satisfeitas, atrás apenas de Guatemala (93,6%), Costa Rica (92,9%) e Venezuela (90,6%).
Segundo o estudo, o que importa para a maioria das pessoas entrevistadas na região é o reconhecimento de seu trabalho e a flexibilidade no emprego, mais do que previdência social ou outros benefícios trabalhistas.
Em relação à educação, o Brasil aparece entre as últimas posições, com 64% de pessoas satisfeitas, mesmo percentual da Guatemala e do Equador, abaixo dos 70% de média da região. A Costa Rica ocupa a primeira posição, com 85% de satisfação. E o Haiti se mantém em último, com 43%.
Ainda segundo o estudo, a maioria da população está satisfeita com a educação pública, apesar de os estudantes da região ficarem atrás das nações desenvolvidas e da Ásia em testes internacionais de avaliação.
Na região, conforme o estudo, quatro em cada cinco pessoas estão satisfeitas com suas casas e cidades. No entanto, 60%, o maior percentual entre todas as regiões do mundo, sentem-se inseguras ao caminhar sozinhas à noite.

(1) Dados obtidos na Folha Online de 20/11/2008

8 comentários:

Ieda Schimidt disse...

Pena que o estudo não apresenta dados de saúde. Ou de satisfação com a saúde pública, que no Brasil está de mala pior.
Mas, podes notar o quanto a educação desagrada a maior parte da população.
O pior: a pequena burguesia despencou o padrão de vida e não está tendo como bancar o ensino privado.
E as novas camadas médias não se importam muito com isso. São semi-analfabetas e estão preocupadas com outras coisas de novos ricos.

Anônimo disse...

Quando o estudo diz que 60% sente insegurança ao caminhar à noite, a gente só comprova a verdade

Jonga Olivieri disse...

Gostei de sua abordagem quanto às camadas médias tradicionais e as novas e suas diferenças. É por aí mesmo Ieda.

Jonga Olivieri disse...

É o fruto da violência urbana agravada pela desigualdade social. Só. Só?

Anônimo disse...

é a violência urbana é talvez o assunto que amis assute os brasileiros. Se bem que o que mais preocupa mesmo é a saúde.
Otávio

Jonga Olivieri disse...

Mas é preciso não confundir as coisas. O pavor pequeno burguês à violência tem o seu lado excessivamente voltado para a reação fascista em responder com à violência com mais violência. O que só vai levar à destruição e á piora das próprias condições que a geram e a agravam.

Anônimo disse...

O que mais me impressiona em tudo isso é que a Costa Rica é o país em que o índice de satisfação é o mais elevado.
Meu pai foi a Costa Rica e ficou maravilhado com o que viu lá. É um lugar que por exemplo não tem exército.

Jonga Olivieri disse...

Sim Mary, seu pai tem toda razõa. A Costa Rica não tem exército. E José Figueres Ferrer foi um presidente costarriquenho que nos anos 1950 realizou muitas reformas socializantes no país e limitou as ações da maldita United Fruit tornando a Costa Rica um caso à parte na América.