quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Em que Papai Noel você acredita?


Tenho imensa satisfação em recomendar a vocês, um ensaio dos professores Jorge Moreira e Catherine Bryan em que expõem e analisam o que há por trás da história de Santa Claus (San Nicolas, Father Christmas, Pai Natal, Papai Noel, etc) e da sua função ideológica em prol do capital imperialista.

Os autores revelam que a “marca” (1) tem suas origens na Idade Média, e está baseada na vida e no nome do bispo Nicolás de Beri, mas que foi transformada na legenda de San Nicolás. Eles nos relatam como, a partir do século XIX, o original foi transfigurado em uma nova figura chamada Santa Claus, cujo vestuário, historia e ambientação  foram produzidas por artistas e corporações estadunidenses, sobretudo pela Coca-Cola (já no século XX) com o objetivo de acelerar as vendas de mercadorias capitalistas.
O texto ainda mostra e analisa como a narrativa de Santa Claus funciona como um ato simbólico cujo inconsciente político se encontra na historia reprimida da luta de classes desde suas origens. Por fim explica como a “marca” Santa Claus realiza hoje predominantemente funções de, por um lado, acelerar a velocidade do capital comercial para produzir lucros e do outro, funcionar como instrumento ideológico para submeter os povos de diferentes culturas à dominação e à exploração imperialista.
Para lê-lo (em castelhano) clique no link do excelente Rebelión:
http://www.rebelion.org/noticia.php?id=142557 (2)

1. Marca é a representação simbólica de uma entidade, qualquer que ela seja, algo que permite identificá-la de um modo imediato como, por exemplo, um sinal de presença, uma simples pegada. Em comunicação pode ser um signo, um símbolo ou um ícone. Mas uma simples palavra pode representar uma marca.
   
2. Problemas técnicos estão a dificultar o acesso ao link, e, infelizmente nos obrigando a copiar e colar o direcionamento para completar esta operação...
 

7 comentários:

André Setaro disse...

O Papai Noel é o 'avatar' privilegiado dos shoppings centers do mundo todo em temporada natalina. Com exceção dos tempos pretéritos, quando a ingenuidade e a infância davam margem à imaginação, nunca fui natalino. Chego ao ponto de evitar os shoppings em época de Natal. Gostava, porém, quando pequeno, da Missa do Galo, que era à meia-noite, e, depois, ia para casa comer peru. Outros tempos! E peru devidamente morto na véspera, com um porre de vinagre. Nada de Chester e assemelhados.

Jonga Olivieri disse...

Gostei da comparação "avatariana". Até porque este Papai Noel pós Norman Rockwell (o ilustrador que o imortalizou) para a Coca-Cola nos anos 1930/40, rei barbudo do consumo e símbolo do desperdício tem muito a ver com as festas romanas que Constantino exportou para o chamado "mundo cristão" que instituiu o presente como símbolo e/ou razão de ser da festa.

Simey Lopes disse...

ja tinha ouvido falar que o papai noel usa vermelho por causa da coca-cola.
Mas é uma história que desde pequena nunca me convenceu, rs. Em muitos lugares, programas, textos, etc, exploram a ideia de papai noel não ser bonzinho, ou ser um história sem muito fundamento, uma delas que gostei foi de um episódio de "supernatural" que colocam papai noel como um deus pagão que comem criancinhas no jantar (algo assim0. rsrs
De qualquer forma o capitalismo pega ou cria muitas coisas com o objetivo de melhorar o comercio, além do natal, pascoa, dia disso e daquilo. fazer o que né.

Jonga Olivieri disse...

Papai Papão e o Bicho Noel... Será? hehehe!

Joelma disse...

Este Papai Noel que ilustra o post é tenebroso!

Jonga Olivieri disse...

The true face of it...

castelar disse...

muito boa a matéria de jorge moreira e catherine bryan. porque realmente desce a fundo na questão da enganação da festa natalina. e digo mais a quem queira ler, está em espanhol mas é mole de ler