No dia 15 de fevereiro deste ano,
postei neste blogue “Dilma na berlinda” em que abordava manifestações contra a
presidente programadas para o mês seguinte –justamente 30 dias após a data daquela
publicação–, em que a oposição, liderada pelo PSDB e setores ainda mais à direita
iniciavam um pré-teste para medir suas forças e até que ponto poderiam chegar.
Hoje, decorridos sete meses
daqueles acontecimentos chegamos a um ponto crítico, em que a direita,
acobertada por uma mídia quase que exclusivamente privada, patrocinada por seus
anunciantes, ligados à alta burguesia local e ao imperialismo globalizado,
instituiu um processo de radicalização em cima de políticas duvidosas do PT,
principalmente nos escândalos envolvendo a Petrobras, que ficaram conhecidos
como “Operação Lava Jato”.
Outro dado curioso deste processo
é que a mídia construiu um mito de que praticamente a corrupção no Brasil
começou com os governos do PT; como que esquecendo que desde o início da colonização
portuguesa ela (a corrupção), veio a reboque. E mais curiosamente ainda, amplos
setores da opinião pública, mormente a pequena burguesia, embarcaram nesta versão.
Nascido com o apoio da CIA, o PT
nunca foi de fato um partido de esquerda. Sempre assumiu uma posição, no máximo
reformista, tendo adotado o neoliberalismo capitalista desde que assumiu o
poder federal, ao manter a política econômica de seu antecessor, o tucano FHC.
Mas a verdade mesmo é que “pisou na bola” desde o início. O escândalo do “mensalão”
já significou um passo na direção de seu fracasso. Apesar de que a implantação
de uma CPI para investigar o ocorrido tenha sido uma prova inédita de
transparência neste país. Um exemplo disso é que o PSDB arquivou toda e
qualquer possibilidade de investigações de seus deslizes governamentais, tanto
na área federal quanto nas estaduais, e até municipais.
Mas voltando à vaca fria, os
governos do PT entregaram-se à tradicional orgia da corrupção no Brasil, não
somente nada fazendo para combatê-la, como entrando de cabeça no olho do
furacão. Resultado: o total desmoronamento de suas promessas enquanto oposição,
de que a combateriam quando governantes. Hoje, o PSDB veste a camisa de “honestinho”,
fazendo oposição ao PT, enquanto o PMDB chantageia o governo em larga escala,
ameaçando abandonar uma aliança que remonta aos tempos do governo Lula. É bom lembrar
que o atual vice-presidente, Michel Temer é do PMDB.
A Dilma, em franco abandono,
resta ser governada pelo PMDB; e a prova disso tem sido a reforma ministerial
em andamento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário