domingo, 15 de julho de 2018

Pensatas de Domingo. Uma esperança para as Américas


Há algumas semanas atrás publiquei neste blogue uma pensata sobre Manuel López Obrador, na ocasião recém eleito presidente do México. Publico aqui mais dados de seu perfil que seguem abaixo.
Apesar de Obrador não ser considerado um candidato da esquerda tradicional, ele é um político que surge das bases do chamado “nacionalismo revolucionário mexicano”, representado pelo ex-presidente Lázaro Cardenas, que governou o México entre 1934 e 1940, e promoveu reformas importantes no estado.

O discurso esquerdista de Obrador está relacionado sobretudo ao setor econômico. Ele afirma que as riquezas naturais do país, como o petróleo e a água, continuarão sob o controle do Estado mexicano. O presidente Peña Nieto propôs em 2014 uma reforma energética, que privatizou parte do setor elétrico. Também permitiu maior abertura no setor petroleiro para entrada de empresas estrangeiras no setor de exploração e produção, que hoje é controlado pela empresa estatal Pemex. ”Vou frear as privatizações e recuperar a PEMEX para os mexicano”, disse Obrador.

Outro aspecto origressista de sua campanha é a proposta relacionada à produção de alimentos do país. No dia 10 de abril, o candidato se reuniu com 5 mil camponeses no estado de Zacatecas, na região central do país, onde assinou um documento onde reafirma seu compromisso de implementar o “Plano de Ayala do Século 21”, que propõe uma série de políticas de produção agrícola direcionada aos pequenos produtores rurais e comunidades indígenas. "Vamos devolver ao México a soberania alimentar que perdeu com os governos neoliberais", garantiu Obrador.

Para tentar ganhar essas eleições, Andrés Manuel López Obrador chegou com um discurso mais moderado, fez acordos com o setor financeiro e empresarial. De acordo com o Morena, alianças como essas foram necessárias para garantir a presença em certos setores que Obrador não tinha espaço. Além disso, por ser um partido pequeno e com apenas três anos de registro eleitoral, o Morena não possui atuação massiva em todo o país. A aliança com outros partidos também é vista como importante para garantir presença de testemunhas eleitorais em todas as mesas de votação e assim diminuir as possibilidades de fraude.

No entanto, é preocupante a segurança de um governo com este formato frente à máquina gigantesca da direita, no poder por décadas e à vizinhança tão próxima do agressivo imperialismo estadunidense.

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