Há algumas
semanas atrás publiquei neste blogue uma pensata sobre Manuel López Obrador, na
ocasião recém eleito presidente do México. Publico aqui mais dados de seu
perfil que seguem abaixo.
Apesar de
Obrador não ser considerado um candidato da esquerda tradicional, ele é um
político que surge das bases do chamado “nacionalismo revolucionário mexicano”,
representado pelo ex-presidente Lázaro Cardenas, que governou o México entre
1934 e 1940, e promoveu reformas importantes no estado.
O discurso esquerdista
de Obrador está relacionado sobretudo ao setor econômico. Ele afirma que as
riquezas naturais do país, como o petróleo e a água, continuarão sob o controle
do Estado mexicano. O presidente Peña Nieto propôs em 2014 uma reforma
energética, que privatizou parte do setor elétrico. Também permitiu maior
abertura no setor petroleiro para entrada de empresas estrangeiras no setor de
exploração e produção, que hoje é controlado pela empresa estatal Pemex. ”Vou frear
as privatizações e recuperar a PEMEX para os mexicano”, disse Obrador.
Outro
aspecto origressista de sua campanha é a proposta relacionada à produção de
alimentos do país. No dia 10 de abril, o candidato se reuniu com 5 mil
camponeses no estado de Zacatecas, na região central do país, onde assinou um
documento onde reafirma seu compromisso de implementar o “Plano de Ayala do
Século 21”, que propõe uma série de políticas de produção agrícola direcionada
aos pequenos produtores rurais e comunidades indígenas. "Vamos devolver ao
México a soberania alimentar que perdeu com os governos neoliberais",
garantiu Obrador.
Para tentar
ganhar essas eleições, Andrés Manuel López Obrador chegou com um discurso mais
moderado, fez acordos com o setor financeiro e empresarial. De acordo com o
Morena, alianças como essas foram necessárias para garantir a presença em
certos setores que Obrador não tinha espaço. Além disso, por ser um partido
pequeno e com apenas três anos de registro eleitoral, o Morena não possui atuação
massiva em todo o país. A aliança com outros partidos também é vista como
importante para garantir presença de testemunhas eleitorais em todas as mesas
de votação e assim diminuir as possibilidades de fraude.
No entanto, é preocupante a segurança de um governo com este
formato frente à máquina gigantesca da direita, no poder por décadas e à
vizinhança tão próxima do agressivo imperialismo estadunidense.
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