segunda-feira, 5 de abril de 2010

Uma homenagem ao charme da beleza feminina

Notem estes olhos... Melhor dizendo, este olhar. Olhem fixamente, fitem-no. Encantem-se com o seu poder de sedução. Ou como comentou nesta postagem (e faço questão de acrescentar aqui) em momento de grande inspiração o professor André Setaro: “... olhos suplicantes de desejo!”
Poucas vezes existiu uma mulher como Capucine. Lembro que quando a vi a pela primeira vez no cinema ela me impressionou e atraiu de imediato. Seus gestos delicados e acentuadamente femininos, seu charme, tudo de uma sensualidade envolvente.
Por acaso estou a falar dela porque revi recentemente “O que é que há gatinha”, 1965 (1), quando por coincidência – e infelizmente –, se completaram 20 vinte anos de sua morte.
Capucine, neé Germanine Lefébvre (2) nasceu em Toulon, França, em 6 de janeiro de 1928 e deixou a vida pulando do 8º andar do edifício em que vivia em Lausanne, Suíça, após uma crise de depressão no dia 17 de março de 1990. Uma morte trágica para quem nos encantou e nos conquistou naqueles momentos inesquecíveis em que a vimos nas telas.
Antes de ser atriz, Capucine frequentou a Escola de Belas Artes para em seguida transformar-se numa das modelos mais importantes da França, tendo trabalhado para a Maison Givenchy no mesmo período em que, naquela grife, Audrey Hepburn tambem era manequim. Nos anos 1960 houve “rumores” de um caso com o ator estadunidense William Holden com quem filmou “O leão” em 1962.

(1) Dela ainda tenho em casa “A pantera cor de rosa” (1963) e Fúria no Alaska” (1960).

(2) Lefébvre, aliás, é o nome de seu personagem em “O que é que há gatinha?” (What’s new pussycat? ), direção de Clive Donner e roteiro de Woody Allen, em seu primeiro trabalho tambem como ator.

12 comentários:

André Setaro disse...

Realmente uma mulher muito sedutora e que olhos suplicantes de desejo! Mas Capucine está completamente esquecida e foi bom você lembrá-la aqui neste blog. Quem foi cinéfilo na década de 60, não a esquece. A primeira vez que a vi na tela foi em "Sonhos de amor" ("Song without end", 1960), de Charles Vidor, uma biografia do compositor Franz Liszt, que é interpretado por Dirk Bogarde com toda fleugma característica deste ator inglês. "O Leão" ("The Lion", 1962), de Jack Cardiff, é outro filme que me lembro bem com ela, apesar de visto apenas no seu lançamento. A bela trabalha ao lado de William Holden, e o diretor Cardiff, bissexto como realizador, era, na verdade, um excelente diretor de fotografia, um dos melhores da história do cinema. Mas, e "A Pantera cor-de-rosa" ("The Pink Panther"), do genial Blake Edwards. Neste, Capucine está muito sedutora (aliás sempre esteve sedutora em todos os seus filmes, mas na fita de Edwards está mais ainda). E "Fúria no Alasca", claro, um western atípico e muito engraçado.

Poderia ter sido melhor aproveitada na década de 70, mas entrou em decadência e participou de muitos filmes abaixo da média.

Depressiva, jogou-se do alto de um prédio aos 62 anos. Triste fim de uma carreira.

Jonga Olivieri disse...

Muito bom, após tomar um banho matinal, e, ainda antes do desjejum encontrar um --sempre enriquecedor-- comentário.
Gostei deveras de "seus olhos suplicantes de desejo". Era isso mesmo o que nos encantava e provocava um "tesão" à primeira vista, num tipo de beleza que fugia aos padrões da época.
Mas estive a pesquisar na web a sua vida e descobri que era "bipolar", ou seja: sujeita a oscilações entre a depressão e a euforia.
Quando se matou estava no auge desta doença.
Soube anos depois...

André Setaro disse...

Talvez a sua 'bipolaridade' tenha sido a causa também de sua decadência como artista.

Jonga Olivieri disse...

Não sei, André. Mas que certamente contribuiu não tenho dúvidas.
O que antigamente chamavam de "neurose depressiva" passou a ser "comportamento bipolar" por caracterizar-se pela oscilação entre estados de euforia extrema e depressões idem.
Tenho um amigo que perdeu o emprego porque numa dessas fases de depressão profunda, ficou mais de duas semanas sem conseguir sair de casa.

André Setaro disse...

Palavras do diretor George Cukor sobre Capucine: "A câmara tem um caso amoroso com seu rosto."

Jonga Olivieri disse...

Por isto a amávamos tanto...
O cara já focava no ponto "G" dela. hehehe!

Ieda Schimidt disse...

Guri, de vereda me veio à cabeça que tu é apaixonado por esta mulher.
Mas ela era mesmo muito bonita. William Holden que o diga!

Jonga Olivieri disse...

Ieda, eu tenho é muito tesão pela danada, tchê!

maria disse...

Como é que pode uma mulher assim se suicidar.
Com tantos homens neste mundo que pagariam o que fosse preciso para estar ao lado dela.
Como você, né mermo, Jonga?

Popeye disse...

Você tem muito bom gosto.
Apesar de ser um pouco mais novo do que você, assisti 'A Pantera Cor de Rosa'e outros filmes dela como 'Furia no Alaska' com Johnny Wayne.
E também sempre gostei dela justamente por sua feminilidade. Ela foi MUITO MULHER.
Lembra quando ela levantava aquele queixinho lindo e colocava as mão nas caseiras? UUU-LÁ-LÁÁÁ!
Não era nenhuma gostosona das paradas, como Marilyn Monroe ou Jane Mansfeild.
Como você comentou aqui ela fugia dos padrões da época. Ela e a Audrey Hepburn que foi Top Model com ela. Mas eram as duas muito charmosas.
Por isso mesmo comprerndo o seu título e sua homenagem a bela Capucine e sew charme maravilhoso

Jonga Olivieri disse...

É mesmo!

Jonga Olivieri disse...

Você definiu perfeitamente a Capucine com: "levantava aquele queixinho lindo e colocava as mão nas caseiras".
Mas tambem, como sou das antigas gosto de uma mulher mais... Vamos dizer: farta. Como Sophia Loren por exemplo.
Mas o caso da Capucine era paixão mesmo...