quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Killing. Ou a matança continua em mais uma versão

A história dos Estados Unidos está repleta de extermínios coletivos e atentados individuais a autoridades . Principalmente se essas (as autoridades) teem alguma coisa de progressistas.
Vamos falar um pouco da última em Tucson, Arizona, apenas relembrando alguns fatos.

Agora foi a vez de Jared Loughner, um jovem de 22 anos que no sábado passado disparou sobre a congressista democrata Gabrielle Giffords e dezenas de outras pessoas num parque de estacionamento de um supermercado, mantendo uma série que, nos últimos tempos tem tido uma média de três por ano. O saldo? Seis pessoas morreram e o total de feridos foi 14, inclusive o seu alvo, Gabrielle.
A polícia encontrou envelopes com mensagens assinadas por Loughner que se referiam ao “plano” de assassínio da deputada. Igualmente recuperada foi uma carta no gabinete da congressista, agradecendo a Loughner a sua participação, em 2007, num evento “Congresso na sua esquina”, semelhante àquele que decorria no dia do ataque.
A arma do crime, utilizada por Loughner (uma pistola semi-automática de 9 milímetros), foi comprada em Novembro na Sportsman’s Warehouse, uma loja de artigos esportivos de Tucson. O estado do Arizona tem uma das regras mais “permissivas” para a venda de armas.
Gabrielle Giffords, que acabara de tomar posse para o seu terceiro mandato no Congresso, permanece na UTI do Centro Médico Universitário de Tucson, onde foi operada.

4 comentários:

André Setaro disse...

A matança nos Estados Unidos parece até coisa cultural. Se, no Brasil, a sociedade também é violenta, não existem extermínios como os verificados nos United States. A tentativa de morte da deputada democrata é algo terrível, que sinaliza os tempos e o momento político atual dos campos gerais de Tio Sam.

Jonga Olivieri disse...

Uma nação escrita a sangue. Primeiro dos índios, depois dos inocentes...

Anônimo disse...

A semelhança física entre Lee Oswald e Jared Loughner é muita. E também a semelhança dos dois crimes (ou atentados) políticos.
Passam as décadas e os EUA não mudaram muito!
Selma Negreiros

Jonga Olivieri disse...

Taí, Selma, você tocou no cerne da questão: o atentado político. Lincoln foi assim, Kennedy foi assim... Na história dos Estados Unidos fica clara a força da direita (a extrema) em tentar conduzir à força as mudanças (que deseja) para trás, no que aliás não difere do comportamento da direita em todo lugar.
Mas alí, ela é mais expressiva. Ontem assisti "Dr. Fantástico" (Dr. Strangelove) de Stanley Kubrick e fica evidente como esta direita militarista consegue alterar os caminhos da história, chegando a extremos. O filme é crítico quanto à sociedade estadunidense e vale a pena assisti-lo, porque continua atual. Eu diria atualíssimo!