domingo, 13 de fevereiro de 2011

Pensatas domingueiras

A política do Porrete (Big Stick) estabelecida em 1904 por Ted Roosevelt constituiu-se na concretização da doutrina de Monroe, feita pelo então presidente dos EUA, James Monroe em 1823, posta em prática pelos métodos pertinentes à potência emergente que eram os Estados Unidos nos anos que antecederam à Grande Guerra de 1914 na Europa. Tenente coronel do regimento Rough Ryders durante a guerra de independência de Cuba, Ted participou daquela que foi uma das primeiras intervenções dos estadunidenses na América, além das no México, grande vítima da fome de expansão territorial fronteiriça (1) e maior vítima do novo imperialismo que nascia. Mas depois viriam as Banana Republics e toda uma história de Marines invadindo países no Caribe e América Central.
Nesta quinta feira (10/02/11) publiquei neste blogue uma matéria de autoria do professor Jorge Vital de Brito Moreira que nos esclarece bastante sobre o desdobramento da política assassina dos Estados Unidos não somente contra a América, como também contra o resto do mundo. Hoje os Estados Unidos são, sem dúvida nenhuma, a maior ameaça à paz na Terra.

Coisas do futebol. O jogador Roberto Carlos teve uma passagem meio que “vapt vupt” pelo Corinthians. Ele acertou neste sábado, sua transferência para o Anzhi Makhachkala, da Rússia. O jogador firmou acordo por duas temporadas, com possibilidade de renovação por mais um ano. O time russo ofereceu R$ 15 milhões ano a Roberto Carlos, três vezes mais do que ele ganhava no time paulista.
O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, já oficializou o desligamento de Roberto Carlos do clube. Andrés afirmou que o lateral listou. As ameaças feitas ao jogador e à família, além de uma proposta tentadora do exterior (até então mantida em sigilo) foram razões para ele se desvincular do clube.
Atual 12º colocado da Liga Russa, o Anzhi pretende investir em atletas brasileiros. O clube contratou Roberto Carlos, negocia com Edu e busca mais um jogador no Brasil.

A Vera Cruz foi, ao lado da Atlântida, o mais importante estúdio cinematográfico brasileiro da década de 1950, foi fundada em 1949, tendo produzido filmes marcantes em seus excelentes estúdios em São Bernardo do Campo, São Paulo. Como “Caiçara”, “Sinhá moça”, “O cangaceiro” ou “Floradas na serra”.
Assisti esta semana “Uma pulga na balança”, uma comédia de 1953 sob a direção de Luciano Salce (o mesmo de “Floradas na serra), Waldemar Wey e Gilda Nery nos principais papéis mas com a importante participação de Paulo Autran.
O resumo obtido no site “Meu cinema brasileiro” diz: “Um ladrão se deixa prender voluntariamente. Uma vez instalado na prisão ele procura nos jornais, diariamente, os nomes mais ilustres falecidos e envia, às suas famílias, uma carta extremamente comprometedora onde fica explícito que o falecido era seu parceiro num grande golpe. Essa maneira engenhosa de chantagem deixa consternada a família do morto que se apressa em pagar-lhe para manter o seu silêncio. A estória se desenrola em um ambiente no qualç a hipocrisia dos herdeiros contrasta com a vida alegre e feliz de Dorival em sua cela, onde recebe suntuosamente suas vítimas.” A história é interessante e muito bem conduzida.
Os filmes da Vera Cruz, junto com comédias da Atlântida como “O homem do Sputinik”, “Matar ou correr”, “Nem Sansão nem Dalila” ou “Carnaval Atlântida”, e diretores como Carlos Manga e Watson Macedo, mostram a importância da produção cinematográfica brasileira naquela década.

Numa dessas pesquisas babacas da mídia, mas que nos informam alguma coisa de útil, foram numerados os governantes que mais tempo teem no poder. E entre eles: José Eduardo dos Santos em Angola (32 anos no poder), Robert Mugabe no Zimbábue (31 anos), o deposto Hosni Mubarak no Egito (30 anos), Yoweri Muzeveni em Uganda (25 anos), Blaise Comparoé em Burkina Faso (24 anos) e Omar Hassan Al-Bashir, no Sudão há 22 anos exercendo o cargo.
Coincidentemente todos no continente africano...

(1) Existe um ditado que diz: “Pobre México, tão longe de deus e tão perto dos Estados Unidos” que resume esta desgraça. O certo é que os mexicanos perderam, para além do Texas, Novo México, Arizona e tantos outros a sua província mais rica: a Califórnia.

6 comentários:

Popeye disse...

Este tal de Ted Rosevelt esteve aqui no Brasil e adentrou pelo Mato Grosso com o General Cândido Rondon só pra caçar onças e jacarés.
Ainda prefiro as chanchadas da Atlântida aos filmes da Vera Cruz.
E esses jogadores de futebol são umas putas do esporte. Vão pra quem dá mais. RC está em fim de carreira e tem que aproveitar qualquer chance para faturar e depois pendurar as chuteiras. Lieralmente.

Jonga Olivieri disse...

Realmente o crápula do Ted Roosevelt pisou nosso solo para fazer safari neste seu quintal e matar uns jacarezinhos e que sabe um ou outro indio que ceruzasse o seu caminho, afinal, "indio bom é indio morto" (1). E o puxa saco do Rondon foi com ele. Será que fizeram meia? Eu não duvido...
hehehe!

(*) a frase não é dele e sim do General Sheridan.

Joelma disse...

Ted Roosevelt, este sim, ao contrário de Franklin, também Roosevelt (não sei se eram parentes) sempre foi um político de extrema direita, que entre outras coisa retirou o Panamá da Colombia só para construir o famoso canal.

Jonga Olivieri disse...

O "homi do porrête" nunca conseguiu enganar ninguém... Nem pretendia fazê-lo...

Sombra disse...

Detesto o imperialismo americano. E não existe figura mais representativa dele do que Ted Roosevelt.
Basta ver a ilustração que você muito bem escolheu para este post.
Fui ao cinema ver um filme outro dia. Uma simples comédia (Uma Noite no Museu), mas que o idolatrava tanto que saí no meio.
Não agüentei, me mandei.

Jonga Olivieri disse...

Aquele filme é detestável. Meu filho pegou na locadora para assistir... Caramba é uma glorificação do fascismo num aparentemente despretencioso filmeco.
Mas é assim que se fazem lavagens cerebrais. Marcuse aprofundou-se muito nesta temática, a do homem unidimensional. É importante ler Marcuse, uma das expressõesa da Escola de Frankfourt.