segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Frase do dia

“A religião é o ópio do povo”

Em alemão: "Die Religion ... Sie ist das Opium des Volkes" é uma citação contida na “Crítica da Filosofia do Direito de Hegel” de Karl Marx, obra escrita em 1843 e publicada em 1844 no “Deutsch-Französischen Jahrbücher” (Anuários Franco Alemães), jornal que Marx editou em conjunto com Arnold Roge (1)

A comparação da religião com o ópio não é, no entanto original de Marx e já tinha aparecido, por exemplo, em escritos de Kant, Feuerbach. Bruno Bauer ou Henrich Heine.

Mas é muito verdadeira. E eu acrescentaria que a religiosidade é a maior manifestação desagregadora da humanidade e que os deuses (sem excessão) levam os homens ao preconceito, à discriminação, ao ódio e às guerras. Porque não houve até hoje outro motivo que destruisse mais do que este comportamento primitivo e ignorante do homem...

(1) (1802-1880): Publicista alemão, jovem hegeliano, radical burguês. Em 1844 editou em Paris, com Marx, a revista “Anuários Franco Alemães” (Deutsch-Französischen Jahrbücher). Deputado à Assembléia Nacional de Frankfurt em 1848; depois de 1866, nacional-liberal, partidário de Bismark. (transcrito do Dicionário Político do “Marxists Internet Arquives”. http://www.marxists.org/portugues/dicionario/index.htm

6 comentários:

Rui Alencastro disse...

Orgulh-me em parabeniza-lo pela maravilha de pensamento, tão raro em Tempos Modernos!

Jonga Olivieri disse...

A Práxis (Materialismo Histórico), também conhecido como Marxismo*, ainda é a melhor foram de compreender e concluir sobre a história e suas nuances tão sutís.
O senhor mora em Portugal ou no Brasil? Caso em Portugal, em que cidade?

(*) Marx não gostava que usassem o Materialismo Histórico com o seu nome. Por isto Gramsci usava o termo "Praxis"

Alexandre disse...

Uma máxima que não se pode negar. Gostei do seu complemento porque é fundamental destacar estes pontos.

Jonga Olivieri disse...

Sem dúvida Alexandre. Somente as Cruzadas e a Inquisição mataram mais do que Hitler, que não matou por motivos religiosos, mas sim raciais, tanto os ciganos (mais de um milhão) quanto os judeus.
Hitler se dava muito bem com o Vaticano. Até porque pensavam de forma igual, o primeiro etnicamente, o segundo por motivos religiosos.

Simey Lopes disse...

Sim, isso é um fato inegavel, de fato a religião em si perverte a mente do homem, faz com que façam muitas coisas que são por motivos proprios encobertos por um motivo falso de um nome superior.
Para os que acreditam em Deus, (como eu) gosto de dizer que desde de que a religião existe só serviu para separar o homem de Deus, mas isso é uma questão de opinião.

Jonga Olivieri disse...

Simey, sei que para mim é bem mais fácil falar de deus ou de deuses, porque, do mais profundo de mim, "não acredito em nada entre o céu e a Terra, alem dos aviões de carreira" (frase do hilariante e saudoso Barão de Itararé).
Mas admiro a sua coragem em criticar os seres humanos --que criaram deus à sua própria imagem--e de outros que criticam os seguidores hipócritas de qualquer tipo de deus.
E que, no fundo, fazem deste deus (ou deuses) instrumento de sua ambição e do desvairio enlouquecedor de sangue e vingança.