sexta-feira, 2 de março de 2012

Cabaret Revoltaire

O escritor Flávio Viegas Amoreira apresentou-se em um dos mais novos espaços culturais de São Paulo: o “Cabaret Revoltaire”, na Rua Augusta, 625, dia 25 de outubro de 2011, com leitura performática de textos originais. Seguindo a onda mundial de resgate da tradição de leituras em espaços alternativos com jazz e poesia, o autor alternou literatura e comentários sobre a transmodernidade.

“espaço escancarado
para experimentações artísticas,
com a proposta de unir todos os
gêneros e gentes da arte, também
curiosos, amigos, recém-chegados,
enamorados, interessados e afins,

um espaço para ouvir
com tamanha vontade
de falar, para falar com
tamanha vontade de ouvir,

propagar o delírio, reconhecer
a chama maldita no outro
unir o profano e o sagrado
beleza e fealdade
a poesia e a prosa
primitivo e divino
o obscuro e o evidente
publicado e engavetado
o bruto e o sutil
fantasia e realidade
o outrora a atualidade
e o porvir,

arruinar as distinções
em todos os sentidos.
como?

através da poesia,
esteja a poesia já escrita ou
ainda em estado primeiro,
seja a poesia de autoria
própria ou não,

no Cabaret Revoltaire
tu terás o ensejo de espalhar tuas
sensações conforme anseia teu gesto,
seja através da música, da performance,
da dança, da imagem, do teatro, da palavra,
dum grito desafogado, da participação silenciosa,
ou do que ainda não foi ou nunca será nomeado.

o ritual de entrada?

tua total entrega
logo na porta do
Cabaret Revoltaire.”

desorganizadores:

isadora krieger
daniel minchoni

“venha
se transformar
num bicho de
duas pernas
ou num humano
de quatro patas.

até,
com mais.”

Portal Cronópios

5 comentários:

Joelma disse...

Muito interessante, Pena que não soube na época.

Mário disse...

Flávio Viegas Amoreira (Santos-SP, 1965). Escritor, crítico literário e jornalista. Publicou cinco livros pela Editora 7 Letras, do Rio de Janeiro: Maralto (2002, poesia); A biblioteca submergida (2003, poesia); Contogramas (2004, contos); Escorbuto, cantos da costa (2005, poesia) e Edoardo, o ele de nós (2007, romance). Publicou, ainda, Os contornos da serra são adeuses do oceano ao cais, de poesia, editado pelo selo experimental Dulcinéia Catadora e Sampoema, pelo Atêlie Acaia, ambos de São Paulo. Considerado um dos mais inovadores autores de vanguarda brasileiro, foi incluído na denominada Geração 00, grupo de escritores que se destacaram na primeira década do século e que terá reunido suas obras numa antologia organizada pelo crítico literário Nelson de Oliveira, para a Editora Boitempo, em 2010.

Jonga Olivieri disse...

Às vezes as coisas acontecem e a gente nem sabe mesmo...

Jonga Olivieri disse...

Boas as informações sobre o autor, Mário

Anônimo disse...

Têm eventos que mereciam uma divulgação melhor. No final das contas, nós é que perdemos.
L.P.