Publiquei um artigo
neste blogue com o título de “O que esperar de Barack Obama?” quando havia no Brasil uma grande expectativa em relação à sua eminente
vitória. Continuo insistindo que ele não vai fazer coisa alguma para mudar as
coisas. Por isso estou republicando os parágrafos originais, acompanhados de comentários
atualizando o raciocínio.
Original: Quem
espera muito de Barack Obama, talvez tenha uma decepção. Todavia aqueles que
dele não esperam nada, provavelmente também.
Atualizando: Será
que alguem ainda acredita nas promessas de Obama? Será que não virem o que ele prometeu e não cumpriu?
Original: Hillary
Clinton, esta semana durante a audiência de confirmação como próxima secretária
de Estado dos Estados Unidos anunciou o início de um novo rumo em política
externa guiado pela diplomacia e pelo pragmatismo, no qual o país usará a força
só como “último recurso”. Na ocasião condenou “ideologias rígidas”,
naturalmente referindo-se ao comportamento de Bush no cenário mundial.
Atualizando: O
novo rumo na política “guiado pela diplomacia e pelo pragmatismo” foi assassinar
e matar civis com a guerra dos drones, legalizar a tortura, ter
ordenado uma guerra ilegal contra a Líbia, apoiar sequestros, processar mais
‘vazadores’ de informação verdadeira do que todos os presidentes anteriores na
história dos EUA e prender por prazo indefinido qualquer cidadão “suspeito”, sem
processo?
Original: Com
Obama na Casa Branca, os Estados Unidos iniciarão o que a futura secretária de
Estado descreveu como um “poder inteligente”.
Atualizando: Se
“poder inteligente” é enganar os outros e empurrar com a barriga, sem dúvida
Barack tem sido um gênio...
Original: Porém
é sabido ser muito difícil – senão quase impossível –, o desligamento dos
estadunidenses não apenas de seus compromissos (principalmente militares) com
os seus aliados, como também a necessidade de sustentar uma hegemonia
anteriormente vista apenas nos tempos da Roma Imperial.
Atualizando: Este
é um ponto importantíssimo para se compreender porque nem Obama nem qualquer
outro vai mudar nada na estrutura e política internas, enquanto a burguesia estiver
no poder político, militar e mantiver o controle midiático. Quanto a Roma...
Roma foi Roma... Uai!
Original: Bem,
faltam quatro dias, apenas quatro para começarmos a testemunhar o que se
desdobrará para além da retórica e das palavras bonitas e de efeito. E aí sim,
poderemos voltar a abordar o assunto... alguns meses depois, of course!
Atualizando: Desta
vez faltam mais de quatro dias, pois a eleição será no dia seis de novembro
próximo. No entanto já ficou evidente que o que ficou foram mesmo “retórica e
palavras bonitas e de efeito”. Ficou o discurso que nunca foi levado à prática.
Ficou a grande “decepção Obama”.
Nota ao pé da página:
No entanto, em nenhum dos casos acima, um governo Romney poderia vir a ser
melhor do que um governo Obama. Em nenhum dos graves crimes, cometidos (todos
pelo governo Obama), nem em qualquer outro setor. Simplesmente porque a ala Republicana do Partido da Único da Burguesia
é mais radical do que a Democrata...
6 comentários:
Chegastes de facto às raízes desta complexa engendragem.
Obama é um 'quadro' fracote, certo?
Gostei dessa comparação atualizada sobre o comportamento de Obama.
E tambem da análise sobre os riscos de uma vitória Republicana.
O cenário eleitoral da campanha eleitoral nos EUA constitui-se num grande teatro. Numa encenação a céu aberto.
Do "preto de alma branca" Barack Obama eu espero muito. Ou melhor dizendo:muita... muita... sacanagem!
L.P.
O que gosto mais neste artigo é quando falas do "novo rumo" na política “guiado pela diplomacia e pelo pragmatismo” com o assassinato e morte de civis (guerra dos drones), a legalização da tortura, o fato de ter ordenado uma 'guerra ilegal' contra a Líbia, de apoiar sequestros, processar mais ‘vazadores’ de informação verdadeira do que todos os presidentes anteriores na história dos EUA e prender por prazo indefinido qualquer cidadão “suspeito”, sem processo.
Mas também concordo que os Republicanos serão piores em caso de uma vitória.
'Remenber' Bush!
Este é Obama!
Mas t
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