Pensatas de domingo... Pensando em Chávez

“(...) Poucas horas depois de encerrarem suas respectivas campanhas em eventos que reuniram multidões, os dois principais candidatos à presidência venezuelana na eleição de domingo, o presidente Hugo Chávez e o opositor Henrique Capriles Radonski, fizeram chamados à reconciliação nacional em entrevistas transmitidas pela TV no fim da noite de quinta feira. Foram as últimas declarações de cunho eleitoral antes da votação. Da zero hora desta sexta feira até o fechamento das urnas, a lei venezuelana proíbe qualquer manifestação partidária...”.
  

A notícia acima foi das poucas que podem ser consideradas neutras noticiadas pela imprensa brasileira nos últimos dias acerca das eleições na Venezuela. Via de regra, esta tem-se manifestado de forma parcial e radical contra o presidente venezuelano distorcendo dados ou somente divulgando os negativos.

Comício no último dia da campanha (sob chuva)

reuniu milhares de pessoas

Os dados reais da Venezuela Chavista (1) são que desde que Cháves assumiu o poder, em 2 de fevereiro de 1999, o Produto Interno Bruto (PIB) real ─ corrigido pela inflação ─ se incrementou em 94,7%, o que equivale a um ritmo anual de 13,5%. Durante a expansão econômica atual, a taxa de pobreza se reduziu em mais da metade, de 54% para 26%, e que a pobreza extrema diminuiu em 72%. Que se deram grandes avanços na educação, particularmente na educação superior, com um incremento nos índices de escolarização de mais que o dobro entre os anos escolares de 1999─2000 e 2007─2008.

Durante a última década, o número de beneficiários do sistema de segurança social aumentou para mais que o dobro e o gasto social real (corrigido pela inflação) por pessoa se incrementou em mais de três vezes entre 1998 e 2006.

E repito aqui, porque é muito difícil encontrar números favoráveis a Chávez na web: em 1998 havia 1.628 médicos para uma população de 23,4 milhões. Dez anos mais tarde, eram quase 20.000 médicos para uma população de 27 milhões.

Os gastos sociais subiram de 8,2% do PIB, em 1998, para quase 14%. “Se comparamos a taxa de pobreza pré-Chávez (54%), com a registrada dez anos depois (26%) chegamos a uma queda de 28% no número de venezuelanos pobres”, afirma o estudo. E o índice de desemprego, que era de 19% em 1998, caiu pela metade. Ainda falam mal do Chávez?

Em momento de descontração

O fato é que, apesar de tudo o que Chávez realizou no plano social e econômico interno, pela primeira vez o Bolivarianismo está ameaçado em uma eleição. Graças à força desta mídia “escrota” atrelada aos interesses da medíocre e fraca burguesia interna, mas essencialmente ao grande capital monopolista internacional... Em resumo, o imperialismo.

Eu, por meu turno, se pudesse estaria lá votando e torcendo por Chávez... Aliás. torço pela nossa tão sofrida, espoliada e surrada América; explorada desde o início por espanhóis, portugueses, franceses, ingleses e nos dias atuais pelos que deveriam ser nossos “irmãos” do norte, os estadunidenses, mais conhecidos como ianques... E que se autointitularam “americanos” numa prepotente tentativa de nos retirar as origens.

1. Dados da Fundação Lauro Campos

Hugo Chávez Frías nasceu em Sabaneta, Estado de Barinas, no dia 28 de julho de 1954. Filho de Hugo dos Reyes Chávez e Elena Frías de Chávez (ambos professores). Tem quatro filhos: Rosa Virginia, Maria Gabriela, Hugo Rafael e Rosinés. Fundador do Movimento V República (MVR). Atualmente ocupa os seguintes cargos: Diretor-Geral do MBR-200 (Movimento Bolivariano Revolucionário-200, fundado em 1982); Diretor-Geral do MVR. Presidente do Conselho Superior Bolivariano. Candidato à Presidência da República pelo MVR.