terça-feira, 4 de outubro de 2011

As duas faces de uma moeda

Goebbels mandou cunhar em 1933 esta moeda comemorativa de uma expedição à Palestina do Barão Von Maldenstein e Kurt Tochler da Executiva Sionista Alemã

Um amigo ligou para mim dizendo achar “ousada e perigosa” a postagem sobre o nazi sionismo, que é um perigo, que pode ser confundida... E tal e coisa.”
Eu lhe respondi que os sionistas fazem com que as pessoas se confundam. Que a intenção deles é esta. Ou seja: falou mal, duvidou de alguma coisa, está queimado... E ponto final! Isto, para alem de chantagem é o oposto do livre pensamento, bem ao estilo nazista. É o “pensamento único”, a “verdade absoluta”.
Vejam bem, para início de conversa, a entrevista reproduzida na matéria é com Ralph Schoenman, um judeu, mas jamais um sionista. E o seu trabalho sempre foi sério, fruto de pesquisas e conclusões baseadas em documentações históricas.
O fato é que a colaboração dos dirigentes sionistas com os nazistas, agora que estou a pesquisar o assunto com mais atenção, está muito bem documentada. Um dos exemplos mais reveladores foi o de Rudolf Kastner, vice presidente da Federação Sionista Alemã (Zionistische Vereinigung für Deutschland), que negociou diretamente com Eichmann. Outra: a Gestapo, em 1935, expediu uma circular à polícia alemã dizendo que os sionistas não deveriam ser tratados com o mesmo rigor que os demais judeus. Que dirigentes sionistas romperaram o boicote anti fascista mundial contra Hitler, através da companhia Haavara (1), cujo empreendimento teve a participação de futuras autoridades de Israel --como Ben Gurion, Golda Meir e Levi Eshkol, entre outras.
Outro fator evidente é que os sionistas estavam essencialmente preocupados em levar para a Palestina, judeus ricos que pudessem contribuir com o futuro. O “resto” seria apenas massa de manobra para, pela quantidade, acelerar as possibilidades de negociar a implantação do Estado de Israel. E mais, o judeu comum queria fugir do nazismo, mas se dirigir a outros países e não à Palestina.
O forte anti semitismo alemão não impediu que houvesse colaboração entre os nazistas e os sionistas. Adolf Hitler e seu grupo enxergavam o sionismo como uma forma de resolver o problema judaico em seu país, de forma a esvaziar a Europa de judeus. Muitas autoridades sionistas (em troca de ganhos políticos) permaneceram indiferentes a tragédia de seu próprio povo.
No entanto essa aliança com governantes anti semitas não era nenhuma novidade, e já existira num passado, então não tão distante --fins do século 19 e início do 20--, quando os sionistas, aliás por intermédio direto de Theodor Herzl, o fundador da organização fizeram acordos com o Czar, num país onde os conhecidos Pogroms (2) eram rigorosos e massacrantes. Estas alianças foram motivadas por intenções semelhantes às motivadas pela aproximação aos nazistas, o de estimular a saída de judeus da Rússia em direção à Palestina.
E hoje? Desde finais dos anos 1990 grupos neo nazistas e sionistas aliaram-se para divulgar na Internet uma grande quantidade de mensagens dirigidas diretamente contra árabes (tambem semitas) e muçulmanos.
Membros de grupos de extrema direita europeus se prepararam para deixar de lado seus sentimentos anti semitas para dividir espaço na internet com propagandas extremistas pró Israel, em meio ao aumento da violência no Oriente Médio, revelou um artigo da Reuters.
É importante que se pense um pouco sobre tudo isso!

1. O Acordo Haavara foi assinado em 25 de agosto de 1933, entre a Federação Sionista da Alemanha, o Banco Anglo Palestino e as autoridades econômicas da Alemanha nazista. O acordo foi projetado para facilitar a emigração de judeus alemães para a Palestina. O emigrante pagava um certo montante de dinheiro a uma empresa de colonização sionista, a título de investimento, e recuperava os valores pagos na forma de exportações alemãs para a Palestina.

2. Pogrons constituaim-se em ataques violentos a grupos, com a destruição simultânea do seu ambiente (casas, negócios, centros religiosos). Historicamente, o termo tem sido usado para denominar atos de violência, espontânea ou premeditada, contra judeus, protestantes, ciganos e outras minorias étnicas da Europa. De acordo com os registros historicos, a imigração judaica da Rússia aumentou drasticamente naqueles anos, totalizando cerca de dois milhões de judeus russos entre 1880 e 1918.

6 comentários:

Mário disse...

Esta moeda é mesmo uma comemoração. Mas de quem? Dos nazistas ou dos sionistas?

Jonga Olivieri disse...

Não importa. É tudo farinha do mesmo saco!

André Setaro disse...

A ousadia é o que caracteriza o bom analista.

Joelma disse...

Já nem tão chocada quanto na outra postagem. Pôxa, a gente se acostumou a ver judeus sendo perseguidos por nazistas e de repente descobre essa colaboração entre os sionistas e eles.
Não duvidando de você mas querendo ver com meus próprios olhos pesquisei através do Google e confirmei in loco toda esta loucura que foi a construção do estado de Israel.
Por isso é tão fascista! Suas origens são muito suspeitas.

Jonga Olivieri disse...

Obrigado, André!

Jonga Olivieri disse...

Judeus fazem parte de um povo que deixou marcas positivas para a humanidade. Veja Marx, Freud ou Trotsky!
O sionismo foi um movimento surgido no século 19 com viatas a se apoderar de um território que não pertencia mais a eles.
Daí a barbaridade, daí o fascismo inerente a esta corrente que até hoje tem uma oposição forte mesmo entre os hebraicos.