quarta-feira, 28 de março de 2012

Sobre Manuel Sacristán e György Lukács


Professor Jorge Vital de Brito Moreira

Entre clásicos: Manuel Sacristán-György Lukács é um livro abrangente sobre a relação entre Manuel Sacristán Luzón (Madrid, 1925 - Barcelona, 1985) o maior filósofo espanhol marxista do século XX e o brilhante filósofo húngaro György Lukács (Budapeste, 1885 - Budapeste, 1971) um dos mais importantes (ao lado de Antonio Gramsci) pensadores marxistas de século XX.
Este ensaio sobre os dois clássicos do pensamento marxista é o resultado de muitos anos de pesquisas realizadas pelo professor e filósofo espanhol Salvador López Arnal e dedicadas ao trabalho intelectual de Manuel Sacristán (1), assim como à sua correspondência com György Lukács (2) que se realizou durante décadas da segunda metade do século XX.
Ao longo da correspondência entre os dois, podemos assistir a um notável e riquíssimo intercambio de  experiências intelectuais e políticas a respeito de Marx e do marxismo, de filosofia moderna, de epistemologia contemporânea, de metodologia científica e da práxis socialista revolucionária. As cartas revelam que eles compartilhavam um objetivo fundamental: o conhecimento das lutas dos trabalhadores para tratar de superar racionalmente os problemas da constituição do projeto de emancipação do ser humano através da transformação revolucionária da sociedade na direção do comunismo democrático.
Assim, o livro do professor Salvador López Arnal (3) se desenvolve na forma de um longo diálogo que começou entre Sacristán e Lukács a partir da edição castelhana dos trabalhos do pensador húngaro que estiveram sob a responsabilidade editorial do filósofo e lógico espanhol.
O conteúdo do livro de López Arnal está distribuido ao longo de 230 páginas e organizado através de uma introdução, de 22 capítulos numerados em algarismos romanos, um epílogo constituído por um poema de Bertolt Brecht, dois anexos, uma bibliografia e um índice analítico e nominal.
No decorrer dos capítulos, López Arnal nos dá a conhecer, em detalhes, as partes mais importantes da correspondência privada travada entre os dois marxistas ao longo de décadas de amizade e nos trás ao conhecimento as conferencias, os ensaios críticos (4) e os textos introdutórios de Sacristán aos livros de Lukács em língua espanhola.
Entre os muitos livros de Lukács traduzidos, introduzidos e anotados en espanhol por Sacristán se encontram o brilhante Historia y consciencia de clase, o polémico El Asalto a la razón; e outros quase tão influentes como os dois primeiros: El joven Hegel y los problemas de la sociedad capitalista; Goethe y su época; La estética; El realismo y su poética; El alma y las formas; La novela histórica; La teoría de la novela; Obras completas de Lukács.
Seguindo os passos da relação por cartas entre Lukács e Sacristán, López Arnal procura articular diversos campos do saber ocidental para obter, no seu livro, uma iluminada síntese entre biografia intelectual, marxismo, história cultural, história da filosofia, teoria estética e teoria política do século XX .

Porém, as cartas também evidenciam que a amizade, o diálogo e a colaboração solidária entre Lukács e Sacristán não estavam isentas de tensão, de incompreensão e de silêncio mutuo. López Arnal nos mostra como as divergências centrais entre os dois filósofos estavam determinadas pelas contradições objetivas e subjetivas do seu momento histórico: enquanto Lukács (desconhecendo os instrumentos filosóficos obtidos com o avanço das ciências modernas) lutava por uma teoria e práxis marxista a partir da filosofia especulativa de origens hegelianas, Sacristán  lutava para conseguir não somente uma posição racional e equilibrada para a tensão entre o pensamento hegemônico (de características analíticas e lógico positivistas) e o pensamento revolucionário marxista, mas também lutava para lograr uma posição racional e equilibrada para o conflito entre o pensamento marxista de orientação reformista cientificista e o marxismo de corte dialético e revolucionário.

Salvador López Arnal nos mostra que a diferença de formação entre os dois pensadores era um dos fatores determinantes da tensão e da discordância entre eles: Enquanto Lukács era um filósofo que procedia primeiramente de uma orientação filosófica que o situava amplamente dentro das "ciências do espírito" de tradição neo kantiana (Simmel, Dilthey, Max Weber), Sacristán era um filósofo e lógico que procedia de uma orientação filosófica familiarizada com a “tradição analítica e positivista” sendo um crítico e tradutor não só das trabalhos de György Lukács, mas das obras de ciências humanas em geral e de ciências exatas em particular, além de ser possuidor de um amplo e profundo conhecimento atualizado do campo da lógica matemática e da metodologia das ciências modernas.

Para mostrarnos a complexidade do filósofo espanhol, o livro também evidencia que Sacristán, como Lukács e Gramsci, era um lúcido dirigente político, um destacado formador de quadros socialistas e comunistas (para o PCE e o PSUC) para lutar através do conhecimento racional e plausível para a mudança radical e revolucionária da sociedade capitalista.

Apesar das diferenças nas discussões de questões teórico metodológicas, Sacristán e Lukács estavam de acordo nas questões políticas fundamentais; todas elas relacionadas com a urgente necessidade de encaminhar (desde uma posição anti stalinista) a revolução proletária na direção do socialismo realmente democrático.

Essa identidade anti Stalin compartida pode ser constatada decisivamente na reação de indignação e repulsa dos dois pensadores à invasão da Checoslováquia pelos tanques e tropas do Pacto de Varsóvia em agosto de 1968. Poucos dias depois da desgraça, György Lukács escrevia: “Estimado camarada Aczel: Considero mi deber comunista informarle que no puedo estar de acuerdo con la solución de la cuestión checa… Como consecuencia de esto debo retirarme de mi participación en la vida pública húngara de los últimos tiempos”.

Da mesma maneira, Manuel Sacristán, um dia depois, escrevia a Xavier Folch del PSUC: “El asunto me parece lo más grave ocurrido en muchos años… La cosa, en suma, me parece final de acto, si no ya final de tragedia.”

Além da pertinência dos capítulos que se concentram na discussão dos assuntos teóricos e políticos importantes para a práxis socialista, muitos capítulos do livro também revelam direta ou indiretamente as complexas e difíceis relações que se estabelecem entre a editora, o autor, o editor responsável, o tradutor, os direitos autorais, o temor da censura, da opressão franquista, quando se tomava a decisão de publicar um livro em espanhol de um extraordinário pensador revolucionário como Lukács na Espanha de Francisco Franco.
Ainda que todos os capítulos tem uma parte e uma função imprescindível para a totalidade do livro de López Arnal,  o capítulo XI  “La consciência de classe  en la historia” atraiu a minha atenção (5) de um modo especial por ser não somente um dos capítulos mais substantivos e indicadores da profundidade intelectual entre os dois pensadores mas como prova do enorme respeito e admiração que sentia o filósofo espanhol pelo filósofo húngaro:

 “La obra del filósofo marxista húngaro Georg Lukács tiene dimensiones enciclopédicas y, al mismo tiempo, la penetración aguda, profunda y audaz del ensayo y del experimento teórico. La vida intelectual de Lukács ha sido -y sigue siéndolo, en una vejez tan lúcida que conforta a quien la conoce- una constante captación de las fuentes del pensamiento marxista. El sólido conocimiento de los clásicos y la intensa actividad revolucionaria del filósofo explican en general su extraordinaria intimidad con el tronco vivo del marxismo. Pero, de todos modos, su arraigo en el pensamiento social ha tenido a veces manifestaciones incluso asombrosas. El caso de Historia y consciencia de clase -que presentó ideas de los Manuscritos económico-filosóficos de Marx unos diez años antes de que estos fueran descubiertos- puede ejemplificar el excepcional carácter de la relación de Lukács con la matriz del marxismo.
Ya eso bastaría para hacer de la obra de Lukács un fondo de conocimiento y método de estudio obligado para todo  el que se interese por la historia del pensamiento socialista productivo, no simplemente imitativo o didáctico.” (Pags 110-111)

Mas pese a todo o respeito e admiração que sentia e expressava Manuel Sacristán pelo filósofo húngaro (e por História e consciencia de clase), não evitava fazer reparos à incompreensão de Lukács da relação entre método marxista “ortodoxo”, falsidade material das proposições marxistas e  falta de dialética de sua epistemologia para o conhecimento da história. Assim, podemos observar numa nota onde  Sacristán critica a Lukács por desconhecer a  analise marxista da divisão social do trabalho e do sistema de exploração do trabalhador na Idade Média; e o critica também por aplaudir as equivocadas palavras de Max Weber de que a empresa capitalista se baseia no cálculo em vez da exploração.  López Arnal cita no seu livro:

El punto débil de todas las acusaciones a la moderna división del trabajo consiste en que autores no ven al artesano o al campesino precapitalista como productos históricos, como cultura: no ven en su “armoniosa unidad” el fruto de la brutal opresión, de la necesidad y escasez económicas y de la ignorancia no menos brutal -por lo que hace a toda la sociedad, también al noble y al clérigo- acerca de la misma existencia humana. Y así no ven -los críticos reaccionarios- la necesidad histórica de la “fragmentación” del hombre, no absorbido por el “centro” único, (?) divino de “sentido”, del hambre, la enfermedad, el terror, ni ven -los lukácses- la necesidad intelectual de una fuerte restricción en su faz ideológica, la progresividad de la intuición de la autocomprensión del hombre “centrado” en la ignorancia. En línea de ese pensamiento, Lukács llega a atribuir al capitalismo, como esenciales, rasgos de toda producción científica, incluso (y exacerbadamente) de la socialista y de la comunista. Así lo hace, por ejemplo, al aplaudir estas palabras de Max Weber: “La moderna empresa capitalista se basa internamente ante todo en el cálculo [Escritos políticos, Munchen 1921, p. 142]  (p. 107, p. 138) cuando lo menos que Lukács tendría que contraponer a esa  apologética disfrazada es que la empresa capitalista descansa ante todo en la explotación

Para concluir esta pequena resenha sobre este grande livro, gostaria  de afirmar que não tenho dúvidas de que o leitor marxista, socialista, comunista (ou o leitor apenas interessado na história de idéias decisivas para o mundo contemporâneo), encontrarão em Entre clásicos: Manuel Sacristán-György Lukács de Salvador López Arnal, uma recriação rigorosa do espaço dialógico estabelecido por dois clássicos do marxismo e que funciona e funcionará como um excelente guia para uma viagem através da teoria e práxis revolucionária do passado, do presente e provavelmente do futuro.

1. Manuel Sacristán Luzón estudou direito e filosofia, em Barcelona, e estudou lógica matemática e filosofia da ciência em Münster, na Vestfália (Alemanha), onde conheceu Ulrike Meinhof. Em seu retorno, ele tornou-se um professor não titular na Faculdade de Artes e da Faculdade de Economia da Universidade de Barcelona, onde ensinava Fundamentos de Filosofia e Metodologia da Ciência, respectivamente.
A carreira acadêmica de Sacristán foi atropelada pelo franquismo que  o expulsou em 1965 da Universidade por sua posição política anti Franco e foi readmitido como professor após a morte do General Franco, foi nomeado professor de Metodologia das Ciências Sociais na Universidade de Barcelona.
Durante o ano letivo 1982/1983 lecionou na Universidade Nacional Autônoma do México. Neste país Azteca, conheceu a sua segunda esposa, a professora e sóciologa Maria de los Angeles Lizón. Desde 1947 foi criador, participante e diretor de destacadas revistas e periódicos políticos e culturais de Espanha: Qvadrante, Laye, Quaderns de Cultura Catalana (revista publicada clandestinamente pelo PSUC), Nous Horitzons,  Materiales. Em 1979, junto à sua primeira esposa Giulia Adinolfi, fundou Mientras Tanto, uma nova revista, para reconsiderar o programa de emancipação comunista à luz da crítica ecológica e feminista de matriz marxista.
Ao longo de sua vida, Sacristán desenvolveu um intenso trabalho como editor e tradutor para várias editoras espanholas. Ele traduziu sete dezenas de obras de diversos autores, entre os quais se encontram Marx, Engels, Gramsci, Adorno, Karl Korsch, Lukács, Galvano Della Volpe, Galbraith, E. Fisher, Labriola, Marcuse, Agnes Heller, G. Markus, E. P. Thompson, Mario Bunge e outros. Entre seu trabalho como autor salienta a Introdução à lógica e à análise formal (Barcelona, Ariel, 1969) e de numerosos artigos e textos postumamente recolhidos em vários volumes de panfletos e materiais (Barcelona, Icaria, 1983-1985).

Em 1975, projetou uma edição crítica em espanhol das obras completas de Marx e Engels em 68 volumes, sob o selo Editorial Grijalbo. Neste projeto somente doze volumes puderam vir a luz pública, incluindo as traduções de Sacristán para o Livro 1 e 2 do Capital de Marx e do Anti-Dühring de Engels. Sacristán também produziu, editou e traduziu uma antologia dos textos de Antonio Gramsci para a editora Siglo XXI. Seu trabalho intelectual e editorial sempre foi dirigido pelo compromisso com a pesquisa e o ensino nas áreas filosóficas, metodológicas e a crítica cultural, alem da constante intervenção no debate ideológico politico da sua época.

Para os brasileiros que ainda não sabem da importância do lógico e filósofo Manuel Sacristán Luzón para o movimento e a organização marxista na Espanha, esclareço que Sacristán foi membro da direção do PSUC e PCE e na clandestinidade desenvolveu um intenso trabalho político na frente acadêmica e cultural . A partir das crises de 1968 (o maio francês e a invasão da Checoslováquia) as suas diferenças com a linha oficial dos dois partidos, o levaram a demitir-se de todos os cargos partidários, mas continuou em posições de base até o fim dos anos setenta. Junto com a sua esposa, a filólogo hispânica Giulia Adinolfi, Sacristán, teve um papel fundamental na formação das Comissões de Trabalhadores de Ensino (Comisiones Obreras de la enseñanza) e também foi membro do Comitê Antinuclear de Catalunha (CANC), ativamente até a sua morte no seio do movimento eco-pacifista e anti-NATO.

Até sua morte em 27 de agosto de 1985, aos 59 anos, Manuel Sacristán desenvolveu uma intensa luta política e intelectual tornou-se, sem dúvida, um dos mais importantes filósofos políticos do século XX da Espanha. Atualmente, MSL é considerado na Espanha por muitos pensadores como o “Gramsci espanhol”.  De seu matrimonio com Giulia Adinolfi teve uma filha, a matemática Vera Sacristán.


2. György Lukács nasceu na Hungria de uma família burguesa. Estudou e completou seu doutorado em filosofia em 1906. Tempos depois, viveu em Berlim e Heidelberg de 1909-1914, onde foi influenciado por Simmel e Weber e onde também fez amizade com Ernest Bloch. Ao voltar para Budapeste ingressou no Partido Comunista da Hungria em 1918 e foi comissário da educação no governo de Béla Kun. Após a queda de Kun, ele emigrou para Viena, para Berlim e para a União Soviética. Em 1956, sua oposição ao stalinismo e sua participação na revolta húngara, conduziu-lhe à posição de Ministro da Cultura do governo Nagy porém depois da invasão soviética, exilou-se na Romênia, retornando à Hungria  em 1957.

Lukács foi um dos pensadores mais complexos e representativos da cultura contemporânea. Por um lado, seu trabalho  concentrou-se, no campo da teoria literária, especialmente, na área da narrativa (no romance), onde fez importantes contribuições para a análise estética; por outro lado, Lukács evoluiu da filosofia idealista hegeliana  para o marxismo revolucionário desenvolvendo uma forte crítica às correntes filosóficas representadas pelo positivismo lógico e pelo existencialismo. Sua obra, escrita em húngaro e alemão, inclui livros extremamente influentes como A Teoria do Romance para a estética e História e consciência de classe para o pensamento marxista.

Seus estudos estiveram sempre intimamente relacionados com a sua atividade política, como foi evidenciado pela publicação de Historia e Consciência de classe, obra teórica fundamental para os marxistas apesar de ter sido publicamente condenada e, mais tarde, repudiada pelo próprio autor.  Os seus trabalhos (formando o mais amplo e decisivo corpus filosófico daquele período), proporcionaram as bases para o nascimento do denominado  “Marxismo Ocidental” que se destaca por sua clara  e vigorosa oposição às teses positivistas da Segunda e da Terceira Internacional, rejeitando também o cientificismo e as tendências dogmáticas nascidas no interior do marxismo. Fora do âmbito marxista, os trabalhos de György Lukács tem sido de grande importância para o debate  cultural europeu e internacional.

Em 1932, Lukács publicou os Manuscritos Econômico Filosóficos de 1844 de Karl Marx que ressaltava o tema da alienação e da continuidade entre Marx e Hegel e teve uma extraordinária  influencia possibilitando interpretações alternativas para a compreensão da obra de Karl Marx. Assim,  Lukács realizou uma reinterpretação dos temas fundamentais da obra de Marx e se posicionou contra a concepção da dialética como lei natural. Em oposição a Engels, Lukács enfatizou a centralidade do problema da consciência de classe como crítica da alienação no capitalismo, concentrando-se no método dialético e na categoria de totalidade que para ele deveriam  ser realizados tanto na prática como no interior do  sujeito histórico.
O tema da relação entre Hegel e Marx também aparece em obras posteriores de Lukács onde destacava a dívida de Marx com o pensamento dialético e o método hegeliano, especialmente evidente nas suas primeiras obras.
Para conhecer a cronologia dos aspectos importantes da  vida e  obra de György Lukács veja o link:


3) O escritor Salvador López Arnal é conhecido e respeitado como um dos mais competentes estudiosos  da vida e obra filosófica, lógica e política de Manuel Sacristán.
López Arnal tem sido um destacado discípulo do filósofo, lógico, tradutor, professor e escritor Manuel Sacristán Luzón e é, atualmente, um dos mais notáveis divulgadores da sua obra: sua produção de diversos livros e de mais de três dezenas de artigos sobre Sacristán dão testemunho veemente da importância dos seus textos para o conhecimento da obra deste brilhante filósofo marxista

Além de ser Professor tutor de Matemáticas na UNED e instrutor de informática dos ciclos formativos no IES Puig Castellar de Santa Coloma de Gramenet (Barcelona) é filósofo e autor de livros sobre a situação da ciência, da cultura e da política no mundo de hoje e colabora regularmente na revista El Viejo Topo, Rebelión.org, Espai Marx, Sin permiso. López Arnal é co roteirista e co editor, junto con Joan Benach y Xavier Juncosa, do filme documentário "Integral Sacristán" (El Viejo Topo, Barcelona).
Recentemente, o blog “Novas Pensatas”, teve a oportunidade e a honra de publicar para o leitor brasileiro um texto introdutório de López Arnal sobre Manuel Sácristán. Veja o link:

4. Das várias abordagens de Manuel Sacristán (1925-1985) à obra de G. Lukács cabe destacar os ensaios: “Sobre la noción de razón e irracionalismo en G. Lukács”; “Nota necrológica sobre Lukács”; “Sobre el marxismo ortodoxo  de György Lukács”, todos incluidos no livro Sobre Marx y marxismo, Icaria, Barcelona, 1983; o ensaio “György Lukács”, no livro Papeles de filosofía, Icaria, Barcelona, 1984; e “¿Para qué sirvió el  realismo de Lukács?” no livro Pacifismo, ecologismo y política alternativa, Barcelona, Icaria, 1987.

5. Provavelmente porque também já tinha tido um conhecimento antecipado do conteúdo do capítulo em diferentes ocasiões:
Na primeira ocasião, foi relatado pessoalmente pelo Prof. Manuel Sacristán Luzón numa aula de Metodologia de las Ciências Sociales no curso de posgraduação da UNAM; a segunda, num ensaio do proprio Salvador López Arnal intitulado “Antología de textos de Manuel Sacristán sobre György Lukács (1885-1971)” publicado por rebelion.org; a terceira no anexo 2, do excelente livro “Sobre Dialéctica”, editado por Salvador López Arnal para a editora “El Viejo Topo”.
Estas versões anteriores e a versão atual do livro “Entre clásicos: Manuel Sacristán-György Lukács, conservam aproximadamente o mesmo conteúdo mas apresentam a relação forma/conteúdo de maneira  distinta. Em todo caso, a relação  forma/conteúdo do livro atual, é a que me parece melhor expressada.

4 comentários:

Joelma disse...

Impressionante o desconhecimento que temos da obra e mesmo da existência de Manuel Sacristán. O que vem a demonstrar o quão distente estamos da cultura hispânica. Realmente nós brasileiros vivemos um mundo meio aparte, um mundo irreal em que nos distanciamos da realidade que nos cerca!

Jonga Olivieri disse...

Sem a menor dúvida.
Aliás, sempre me refiro a este distanciamento que temos, inclusive de sermos latinoamericanos...

Mário disse...

E o professor nos enriquece com seu conhecimento.

Jonga Olivieri disse...

O Professor sempre nos trás boas e embasadas contribuições...