segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A cena que é uma obra prima da comédia


O cartaz (reproduzido na capa do cd) é assinado
pelo famoso ilustrador Norman Rockwell

A sinopse: “Após a morte do marido, um milionário, a viúva se mostrou uma ótima mãe para os filhos, Maximilian e Rupert, que eram tratados com todos os mimos. Porém seu enteado, Cinderelo, era tratado como um empregado, trabalhando incansavelmente o dia inteiro nas mais variadas tarefas. Até que um dia, enquanto limpava a piscina, surge diante de Cinderelo seu fada-padrinho, que veio para ajudar o enteado, principalmente agora que a princesa Charming, do grão-ducado da Morovia, chegou na cidade. A princesa deseja escolher um marido e o eleito será alguem de muita sorte, pois alem de muito rica ela tambem é bonita.”

A direção é de Frank Tashlin, e o filme é Cinderelo sem sapato (Cinderfella/1960). É importante ressaltar que Lewis já havia dirigido por conta própria quando da edição desta película (1), mas Tashlin tambem já havia realizado excelentes filmes com o comediante, como: Detetive mixuruca (It's Only Money/1962), Errado pra cachorro (Who's Minding the Store?/1963), O bagunceiro arrumadinho (The Disorderly Orderly/1964) após o seu período da dupla com Dean Martin (2).

O elenco tem, alem de Jerry Lewis como Cinderelo, Anna Maria Alberghetti no papel da Princesa Charming, Henry Silva, Judith Anderson, Robert Hutton, Ed Winn, Allan Red, e, entre outros, Barry Gordon, que interpreta Cinderelo com 11 anos de idade.

A cena (3) reproduzida na postagem abaixo é uma das mais hilariantes, ritmadas, charmosas, brilhantes, particulares, sensacionais, excitantes, espetaculares, geniais, fora de série, porretas, giras, supimpas, inesquecíveis, memoráveis, dignas de destaque, fixes, inenarráveis, do caraças, definitivas (e sei lá que expressões ainda acrescentar), exibidas no cinema em todos os tempos... Comparável mesmo a algumas antológicas de Mack Sennett, Chaplin, Groucho Marx, ou Jacques Tati.

E que finalmente ajudou a situar Jerry Lewis, merecidamente entre os melhores como ator, produtor e realizador de comédias. O terror das mulheres (The ladies man/1961), O Professor Aloprado (The nutsy professor/1963) e O Otário (The Patsy/1964) destacam-se entre as suas mais de 22 participações como diretor, incluindo-se a de diversos programas de televisão (4), onde tambem brilhou.

 

Jerry Lewis tambem encarou a luta –de quase uma vida inteira– contra as doenças neuromusculares (desde 1951). Como presidente nacional da Associação de Distrofia Muscular (em inglês MDA), ele é um líder que luta com determinação feroz em nome dos mais de um milhão de estadunidenses afetados por estas perturbações... Inclusive ele.

 

1. O mensageiro trapalhão (The bell boy/1960).

  

2. A dupla durou exatos dez anos, começando em julho de 1946 e terminando em julho de 1956, e realizou cerca de 20 filmes.

  

3. Conta a lenda que após subir as escadas, encerrando a cena, Jerry foi internado com um esgotamento nervoso, onde permaneceu por quatro dias...

  

4. Naturalmente temos pouco acesso a esta parte da obra de Lewis, mas dirigiu algumas séries, alem de ter participado como apresentador de programas na TV.

  

5 comentários:

Joelma disse...

Assisti este filme na época e nunca me esqueci desta cena. Mas foi bom reve-la por causa dos detalhes.

André Setaro disse...

A sequência é, de fato, uma obra-prima, um 'tour de force' imenso do genial comediante. Jerry é tão genial, e também, tão imprevisível, que, reparando bem, a atriz que faz a princesa fica estupefata. "Cinderelo sem sapatos" é dirigido por Frank Tashlin, mestre de Lewis, seu inspirador e que deu muita força para ele começar a dirigir.

Mário disse...

Na verdade é muito difícil adjetivar esta cena!

Nun'Alvares disse...

Este filme que cá em Portugal chamou-se "O Cinderelo dos Pés Grandes" é de facto uma obra-prima da comédia, como referistes no título deste teu post.

Anônimo disse...

Muito bom o Jerry Lewis...
L.P.