O
cartaz (reproduzido na capa do cd) é assinado
pelo famoso ilustrador Norman Rockwell |
A sinopse: “Após a
morte do marido, um milionário, a viúva se mostrou uma ótima mãe para os
filhos, Maximilian e Rupert, que eram tratados com todos os mimos. Porém seu
enteado, Cinderelo, era tratado como um empregado, trabalhando incansavelmente
o dia inteiro nas mais variadas tarefas. Até que um dia, enquanto limpava a
piscina, surge diante de Cinderelo
seu fada-padrinho, que veio para ajudar o enteado, principalmente agora que a
princesa Charming, do grão-ducado da Morovia, chegou na cidade. A princesa
deseja escolher um marido e o eleito será alguem de muita sorte, pois alem de
muito rica ela tambem é bonita.”
A
direção é de Frank Tashlin, e o filme
é Cinderelo sem sapato (Cinderfella/1960). É importante
ressaltar que Lewis já havia dirigido por conta própria quando da edição desta
película (1), mas Tashlin tambem
já havia realizado excelentes filmes com o comediante, como: Detetive mixuruca (It's Only Money/1962), Errado pra
cachorro (Who's Minding the
Store?/1963), O bagunceiro arrumadinho (The Disorderly Orderly/1964)
após o seu período da dupla com Dean Martin (2).
O elenco tem, alem
de Jerry Lewis como Cinderelo, Anna
Maria Alberghetti no papel da
Princesa Charming, Henry Silva, Judith Anderson, Robert Hutton, Ed Winn, Allan
Red, e, entre outros, Barry Gordon, que interpreta Cinderelo com 11 anos de idade.
A cena (3) reproduzida
na postagem abaixo é uma das mais hilariantes, ritmadas, charmosas, brilhantes,
particulares, sensacionais, excitantes, espetaculares, geniais, fora de série, porretas,
giras, supimpas, inesquecíveis, memoráveis, dignas de destaque, fixes, inenarráveis,
do caraças, definitivas (e sei lá que expressões ainda acrescentar), exibidas no
cinema em todos os tempos... Comparável mesmo a algumas antológicas de Mack
Sennett, Chaplin, Groucho Marx, ou Jacques Tati.
E que finalmente ajudou a situar Jerry Lewis, merecidamente entre os melhores como ator, produtor e realizador de comédias. O terror das mulheres (The ladies man/1961), O Professor Aloprado (The nutsy professor/1963) e O Otário (The Patsy/1964) destacam-se entre as suas mais de 22 participações como diretor, incluindo-se a de diversos programas de televisão (4), onde tambem brilhou.
Jerry Lewis tambem encarou a luta –de quase uma vida inteira– contra as doenças
neuromusculares (desde 1951). Como presidente nacional da Associação de Distrofia Muscular (em inglês MDA), ele é um líder
que luta com determinação feroz em nome dos mais de um milhão de estadunidenses
afetados por estas perturbações... Inclusive ele.
5 comentários:
Assisti este filme na época e nunca me esqueci desta cena. Mas foi bom reve-la por causa dos detalhes.
A sequência é, de fato, uma obra-prima, um 'tour de force' imenso do genial comediante. Jerry é tão genial, e também, tão imprevisível, que, reparando bem, a atriz que faz a princesa fica estupefata. "Cinderelo sem sapatos" é dirigido por Frank Tashlin, mestre de Lewis, seu inspirador e que deu muita força para ele começar a dirigir.
Na verdade é muito difícil adjetivar esta cena!
Este filme que cá em Portugal chamou-se "O Cinderelo dos Pés Grandes" é de facto uma obra-prima da comédia, como referistes no título deste teu post.
Muito bom o Jerry Lewis...
L.P.
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