quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Um cartunista brasileiro conquista o mundo


Sempre tenho publicado neste blogue charges de Alpino, que aborda a política brasileira e suas sutilezas. Outro dia descobri Latuff (foto acima). E resolvi publica-lo ilustrando uma postagem sobre a situação na Síria. Mas qual não foi a minha surpresa, ao sabê-lo brasileiro. Suas charges geralmente estão em inglês, até porque são publicadas no mundo inteiro e abordam temas internacionais. Segue abaixo um pouco dele:

Carlos Latuff (Rio de Janeiro, 30/11/1968) é um cartunista e ativista político brasileiro.
Apesar de ter iniciado sua carreira como ilustrador numa pequena agência de publicidade no centro do Rio de Janeiro, em 1989, tornou-se cartunista publicando sua primeira charge num boletim do Sindicato dos Estivadores, em 1990, e permanece trabalhando para a imprensa sindical até os dias de hoje.
Com o advento da Internet, Latuff deu início ao seu ativismo artístico, produzindo desenhos para o movimento zapatista.
Após uma viagem aos territórios ocupados da Cisjordânia em 1999, tornou-se um simpatizante da causa Palestina destinando boa parte de seu trabalho a esse tema.
Tem trabalhos espalhados por todo o mundo. A exemplo disso, a primeira publicação de uma charge brasileira no concurso de charges sobre o Holocausto, promovido pela Casa da Caricatura do Irã, em resposta às caricaturas de Maomé divulgadas na imprensa europeia, foi de sua autoria. O desenho retrata um palestino em lágrimas diante do muro erguido por Israel, usando um uniforme de prisioneiros dos campos de concentração nazistas: em vez da Estrela de David no peito, aparece o Crescente Vermelho.
Durante o ano de 2011 vários protestos estouraram em todo o mundo árabe, sendo chamados de “primavera Árabe”, Carlos Latuff se torna no meio midiático através de seus trabalhos artísticos em um dos grandes expoentes internacionais do movimento fazendo quase que diariamente charges sobre episódios durante todo o evento. Libia e Otan são por exemplo temas frequentes de seu trabalho, sendo exposto pela mídia brasileira e diversos veículos internacionais. Seu trabalho sobre os acontecimentos se tornaram inclusive notícia em grandes meios de comunicação, tendo suas declarações expostas nos mesmo como por exemplo quando disse "É um trabalho autoral, mas não se trata da minha opinião. É preciso que seja útil para os manifestantes, e que eles possam usar aquilo como uma ferramenta." e também de forma curta e direta dizendo "charge incomoda. Seu trabalho com temas sobre a "Primavera Árabe" se tornaram algo tão evidente e importante para os povos que estão vivendo os acontecimentos, que se tornou fácil encontrar os trabalhos de Latuff nas mãos de protestantes pelas ruas de todas nações árabes e de outros países que vivem tal eferverscência, seus trabalhos são impressos e expostos em tamanho normal e por vezes ampliados e também são copiados em cartazes por exemplo e exibidos.

Algumas charges de Latuff, como a do embargo a Cuba, as garras de
Obama/falcão e a estrela de David em meio às demais na bandeira dos EUA

5 comentários:

Anônimo disse...

Em relação aos cartunistas, vejo no Brasil um centro de excelência.

André Setaro

Jonga Olivieri disse...

Indevidamente exclui o cementário de André Setaro que publiquei acima.

Jonga Olivieri disse...

Tem razão André.
Sempre tivemos bons cartunistas... Desde os tempos de J. Carlos, depois Péricles, Carlos Estevão, Jaguar, o próprio Millôr (que era muito mais do que um cartunista) e tantos outros.

Joelma disse...

Também não saia que ele era brasileiro! Uma boa surpresa!

Mário disse...

Aquela do Obama com suas "garras" de "falcão" mostra bem o que ele é.
Poucas vezes vi um presidente tão hipócrita. O Bush pelo menos era o que dizia ser. Ele...
Carlos Latuff é um "senhor" cartunista.