Estou lendo o livro
biográfico de uma lenda: “Oscarito: o Riso e o Siso”, de autoria de Flávio Marinho
que ganhei em sorteio na Mostra “Noites de Chanchada”. Livro que, aliás,
me foi entregue por outra lenda: Carlos Manga, após o debate em 07 de novembro, quando foram
exibidos “Nem Sansão nem Dalila” E “O Homem do Sputnik” (ambos com Oscarito e direção do Manga).
Oscarito, nascido em Málaga,
Espanha em 1906, e que veio a falecer no Rio de Janeiro em 1970, é reconhecidamente “o maior
comediante ‘brasileiro’ de todos os tempos”. A obra contem um rico material
biográfico, que nos oferece informações preciosas sobre o ator. O livro, com um
texto bem humorado, conta desde a chegada ao Brasil (com apenas dois anos de
idade), a infância no Rio de Janeiro, a influência do circo em sua forma de
atuar, as primeiras peças, à sua estreia no cinema, o estrelato no teatro de
revista e nas Chanchadas
da Atlântida (que
abrange as décadas de 1930, 40, 50 e 60) e seus últimos dias, já longe das câmeras
e dos holofotes.
Finalista do
Prêmio
Jabuti em 2008 (Melhor Livro de Biografia), ”Oscarito: o Riso e o Siso” revela como,
após realizar extensa pesquisa e entrevistar artistas que conviveram com
Oscarito – como Jô Soares
e Dercy Gonçalves,
alem de haver conseguido importantes depoimentos de familiares do artista,
incluindo sua viúva Margot Louro,
o premiado diretor e autor teatral Flávio
Marinho recupera a história da carreira e da vida íntima de Oscarito.
Um livro imperdível para quem curte cinema!
Flávio Marinho, é formado
em Direito e Jornalismo, com textos publicados nos jornais Tribuna da Imprensa,
Última Hora e O Globo e em revistas como Manchete, Vogue e Elle. É um respeitado
tradutor, escritor, diretor e crítico teatral. O autor, que encantou platéias e
leitores com “Cauby! Cauby!”, “Um dia das mães” e “Um caminho para dois”,
com este “Oscarito: o riso e o siso”, nos apresenta a um dos artistas mais completos
que o Brasil já conheceu.
6 comentários:
Oscar Lorenzo Jacinto de la Imaculada Concepción Teresa Diaz, ou simplesmente "Oscarito" foi um grande ator cômico, dramático, e tal e tal.
Explica-se isto porque estreou no circo com cinco anos.
Daí ter sido tão versátil e saber improvisar pois na vida circense foi acrobata, palhaço, trapezista, ator e ainda aprendeu a tocar violino.
Seu nome, no Brasil, era um paralelo ao de grandes humoristas do cinema, como Carlitos e Cantinflas..
Este foi mesmo impagável. Como o nosso Herman José,um génio da comicidade.
Oscarito foi um gênio, um comediante de gênio. Se morasse nos Estados Unidos, estaria entre os maiores da história do cinema. Conta-se que um produtor americano veio convidá-lo para fazer o papel de Passepourt (não sei se a grafia está certa) em ''A volta ao mundo em 80 dias'', mas ele recusou com a justificativa de que não queria sair do Brasil nem deixar de comer a sua feijoada dominical em sua casa simples e suburbana.
Estive a conversar com o Grande Otelo Filho que me falou tanto da simplicidade de Oscarito, seu jeitão, sua timidez e... Seriedade. Sim, pouco falava, pouco contava piadas.
Na verdade era um gênio!
Quanto ao nome do personagem é "Passepartout"...
Há um livro muito bom sobre as chanchadas: "Este mundo é um pandeiro", de Sérgio Augusto.
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