Natan Blanc, 19 anos, nasceu em Haifa, cidade palestina ocupada
por Israel em 1948. No dia 19 de novembro, ele se apresentou ao escritório de
recrutamento do exército israelense, informando aos oficiais que se recusava a
prestar serviço militar e foi preso.
Essa atitude, é, em parte consequência da atual ofensiva sionista contra Gaza. A decisão já tinha sido tomada muito antes de Natan ter conhecimento do terrível assassinato de cinco mulheres e quatro crianças, resultado de mais um bombardeio israelense em Gaza.
Essa atitude, é, em parte consequência da atual ofensiva sionista contra Gaza. A decisão já tinha sido tomada muito antes de Natan ter conhecimento do terrível assassinato de cinco mulheres e quatro crianças, resultado de mais um bombardeio israelense em Gaza.
Abaixo o depoimento de Natan:
“Comecei a pensar em
não me alistar no exército durante a Operação Cast Lead (1), em 2008. A onda de militarismo
agressivo que tomou conta do país na época, as expressões de ódio mútuo e a
conversa vazia sobre esmagar o terror e criar um efeito de dissuasão foram os
motivos principais da minha decisão.
Hoje, depois de
quatro anos cheios de terror, sem um processo político (em relação a
negociações de paz) e sem calma em Gaza e Sderot (cidade no sul de Israel onde
as brigadas de Gaza atiram os foguetes Qassan de fabricação caseira), está
claro que o governo de Benjamin Netanyhau, como o de seu antecessor Ehud
Olmert, não está interessado em encontrar uma solução para a situação, mas sim
em preservá-la. Do ponto de vista deles, não há nada errado em iniciar uma “Cast Lead 2” a cada três ou quatro anos (e depois a
cada 3, 4, 5 e 6 anos): vamos falar em dissuasão, vamos matar alguns
terroristas, civis dos dois lados serão mortos e prepararemos terreno para uma
nova geração cheia de ódio, de ambos os lados.
Como representantes
do povo, os membros do gabinete (do governo) não teem o dever de apresentar sua
visão para o futuro do país e podem continuar com esse ciclo sangrento, sem
término à vista. Mas nós, como cidadãos e seres humanos, temos o dever moral de
recusar participação nesse jogo cínico. Por isso decidi me recusar a entrar
para o Exército de Israel no dia de minha convocação, em 19 de novembro de
2012.”
Natan não é o único a recusar-se ao alistamento no exército
israelense por rejeição aos crimes praticados contra os palestinos. A
organização Breaking the Silence
reúne pessoas que, por objeção de consciência, abandonaram as forças armadas
sionistas.
No portal da entidade (http://www.breakingthesilence.org.il/)
podem-se assistir a vídeos e ler documentos em que ex-soldados e ex-oficiais
contam os horrores praticados pelo exército de Israel contra a população
desarmada da Palestina.
1. Ofensiva militar de Israel, que matou quase
1,5 mil pessoas em Gaza; a maioria mulheres e crianças, e deixou centenas de
milhares de feridos, além de mais de 50 prédios destruídos, entre 2008-2009
4 comentários:
Sem dúvido que foi um gajo de coragem!
É impossível compactuar com genocídios. O povo judeu não deseja isto. Os "sionistas" fascistas, sim!
Bem, nem todos têm esta ousadia! Poruq caso tivessem só reatariam os fundamentalistas.
Tavim
E ai é o pior. Aqueles que vão, matam, matam, matam e ... morrem!
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