sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Uma nova “Cruzada”?


O termo fundamentalismo religioso vem sendo empregado, especialmente pela mídia burguesa, de forma pejorativa (geralmente limitado ao islã). Nesta mídia, sempre vemos o termo associado a ataques terroristas e outros atos de violência. No entanto, não se pode colaborar para a solidificação de uma inverdade.

Tratar de tal conceito sem ir à raiz de suas origens é correr o risco de reproduzir o que a grande mídia “criou”: um monstro que “tem que ser eliminado”.

O fundamentalismo religioso foi criado por parte de um grupo ctistão, o qual, no início de século XX, nos Estados Unidos, se reuniu para discutir e formular caminhos doutrinários de combate as influências dos movimentos modernistas (na teologia, o Modernismo é uma corrente heterogênea de pensamento, que, basicamente, defende a evolução (e modificação ou transformação) do dogma e "uma reinterpretação da religião à luz do pensamento científico do século XIX eliminado”.

Na realidade, fundamentalismos são movimentos que teem por objetivo voltar aos princípios fundamentais, ou vigentes na fundação do grupo religioso. É preservar as bases doutrinárias, é não permitir que os “modismos” entrem em suas religiões. Os fundamentalistas separam a humanidade, através da ideia de que as suas crenças religiosas são as únicas verdadeiras, e as outras, apenas “blasfêmias”...

O atentado à revista “Charlie Hebdo” em Paris foi de origem islâmica.  Mas os ocidentais, liderados pelo imperialismo estadunidense praticaram –e praticam– ações fundamentalistas contra esses mesmos maometanos, como se estivéssemos em uma nova “Cruzada”.


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2 comentários:

Joelma disse...

Poucas vezes li uma exolicação tão suscinta e clara sobre Fundamentalismo religioso.
Parabéns!

Jonga Olivieri disse...

Bom que vc go
stou Joeima,,,