terça-feira, 15 de setembro de 2009

Pobreza aumenta nos EUA

A taxa de pobreza nos Estados Unidos atingiu em 2008 o maior nível, uma vez que a pior recessão desde a Grande Depressão tirou milhões de norte-americanos do mercado de trabalho, mostrou um relatório do governo no dia 10 de setembro.
O Census Bureau informou que a taxa de pobreza (percentual de pessoas vivendo nessa condição) saltou de 12,5% em 2007 para 13,2%. Isto significa que 39,8 milhões de norte-americanos estão vivendo na pobreza. O relatório também mostra que o número de pessoas sem seguro médico nos EUA aumentou para 46,3 milhões em 2008.
Segundo o estudo, o aumento no número de pessoas sem cobertura de saúde em 2008 – o primeiro ano completo de recessão após seu início em dezembro de 2007 – se deve à contínua perda de empregos nos EUA, onde a maioria dos trabalhadores recebe o plano de saúde embutido em seus salários.
É previsto também que a taxa de pobreza crescerá novamente neste ano e em 2010, à medida que o desemprego permanecer elevado, alertam analistas.
Quanto à falta de cobertura médica, o número de 46,3 milhões de pessoas em 2008 apontado pelo governo dos EUA não inclui quem perdeu o plano de saúde ao ficar sem emprego no final do mesmo ano. A cifra comumente usada na imprensa local fala em mais de 47 milhões.
A presidente do Comitê Econômico Conjunto do Congresso, a democrata Carolyn Maloney, disse que o relatório é resultado da "década perdida” por culpa das fracassadas políticas econômicas da administração do ex-presidente Bush.
As consequências de não fazer nada "são graves e, no que se refere a nossa economia, há muita coisa em jogo", advertiu a congressista.

6 comentários:

André Setaro disse...

Interessante que a tal crise está a atingir mais os países desenvolvidos. Os EUA estão em decadência após a euforia das décadas anteriores. Sua pensata mostra muito bem a realidade atual.

Quando jovem (agora a velhice me abriga), conheci, em Salvador, muita gente pobre, mas não miserável. Atualmente os bolsões de miséria absoluta se encontram em toda parte. Há um 'cinturão' de propaganda (Farol, pontos turísticos, etc) que esconde os bolsões.

Por incrível que pareça, hoje, uma aluna, bonitinha até, me pediu 5 reais para poder voltar para casa. A primeira vez que acontece isso em 30 anos de ensino.

Ieda Schimidt disse...

È uma realidade mais do que evidente que esta crise, uma depressão tão grande quanto a de 1929 se dirija para este lado.
O que acontece é que as defesas do sistema hoje são maiores.
Isto porque aquela pegou os capitalistas de surpresa. Havia crises, mas nunca chegaram àquele patamar.
Hoje ela encosta naquela, mas as classes dominantes estão bem estruturadas para suportar o impacto.

Jonga Olivieri disse...

Um fenômeno que se acentuou a partir da urbanização acelerada das grandes cidades, principalmente após a década de 1970, foi o desaparecimento das camadas pobres, mas que viviam da economia de subsistência.
Eram comuns também na Europa, principalmente nos apíses subdesenvolvidos daquele continente, como Portugal, Espanha, Irlanda e Grécia.

Jonga Olivieri disse...

A partir da aplicação das ideias de Keynes, o Estado passou a ter um papel mais relevante na economia capitalista.
Mas aos poucos a burguesia foi retirando essas benesses.
Até que o muro desabou. E refletiu-se --coincidentemente-- na indústria de construção civil.

maria disse...

Gentes, tudo isto foi conseqüencia do des-governo Bush, uma das piores senão a pior administração americana de todos os tempos.

Jonga Olivieri disse...

Creio que a crise viria de qualquer maneira, mas que Bush a precipitou, sem dúvida, com a sua política neo-liberal.