sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Mais uma sarneyzada

Em torno de três meses atrás, o jornal O Estado de S. Paulo, publicou matéria em que ligava a Fundação José Sarney a desvio de recursos oriundos da Petrobras. Ainda de acordo com o jornal, esses recursos teriam sido desviados para firmas fantasmas e empresas da família. O episódio integra as inúmeras denúncias que levaram não somente à criação, no Senado, da CPI da Petrobras, como tambem à censura do jornal paulistano, por iniciativa do senador (1) e que se estende até hoje.
O senador divulgou na segunda-feira (26) por meio de sua assessoria em nota oficial, que as denúncias “infundadas e divulgadas pela imprensa inibiram as pessoas de fazerem doações”. E por esse motivo, a fundação ficou sem recursos para continuar e foi forçada a fechar as portas. Localizada no centro histórico da capital maranhense, no Convento das Mercês, prédio tombado que pertence ao governo maranhense, é mais uma evidência daquele Estado ser um feudo do senador.
Nesta nota sobre o fechamento da fundação que leva o seu nome, ao explicar “com profundo sofrimento” (sic) que sua fundação precisou baixar as portas ele elege a imprensa como a culpada pelo fim do patrocínio e pelo fechamento da entidade e omite qualquer referência às denúncias de corrupção.

(1) Sarney foi parlamentar da Arena e sempre esteve alinhado com a ditadura militar. Para ele, censura é algo normal, desde que algo ou alguém incomode os seus interesses de “coronel” nos confins do Maranhão.

4 comentários:

André Setaro disse...

José Sarney é um 'ácaro' do poder, sempre que pôde esteve ao lado dos poderosos. Se a ditadura militar brasileira teve um líder político, este foi Sir Ney como presidente do PDS (ex-Arena). Íntimo dos militares, tinha trânsito livre entre eles e, sabedor dos desmandos, e das torturas, optava pelo silêncio, pelo omissão, pela servidão, a fim de continuar sendo prestigiado pelos milicos.

Intuitivo, ao perceber o fim da ditadura, 'pulou', tal qual uma lebre, para o lado de Tancredo e, com a morte deste, ficou presidente.

Em Brasília tem um comportamento, mais suave, com um trato mais lhano, mas no 'seu' Maranhão é um tirano, pior do que ACM (de triste memória) na Bahia.

É este o presidente do Senado da República? Em tempos de Mula, os coices são rotineiros.

Ieda Schimidt disse...

É vergonhoso o Sarney não ter saído do Senado.
Por isto o Brasil está mal na relação de países mais corrompidos.
Apesar de terem divulgado que melhorou. Imagina?
Está pra lá do septuagésimo.

Jonga Olivieri disse...

José Sarney (ou Sir Ney, segundo Millôr) é uma vergonha para o parlamento brasileiro e para o próprio país.
E o pior (através de um golpe ou não), conseguiu chegar à presidência do país.

Jonga Olivieri disse...

Concordo plenamente com o que você diz, Ieda.