quinta-feira, 6 de outubro de 2011

As aparências enganam








Outro dia fiquei sabendo que o “Toddynho" estava a provocar problemas sérios em consumidores no Rio Grande do Sul. Logo em seguida, que o achocolatado tambem se encontrava com dificuldade para compra nos pontos de venda no Rio de Janeiro.
Saí à cata de informações sobre o caso, e de fato as encontrei. Entre outras, a notícia de que as análises feitas pela Vigilância da Saúde do Rio Grande do Sul em produtos do primeiro lote com registros de problemas apontaram um pH de 13,3, índice que se aproxima ao de materiais como água sanitária e soda cáustica. A escala vai de zero a 14.
Somente em Porto Alegre, foram registrados nove casos de pessoas que passaram mal. Há notificações em 12 cidades de várias regiões do Estado --até em municípios a mais de 300 quilômetros de Porto Alegre. No total, já foram registradas 29 queixas de queimaduras desde a semana passada em todo o Estado. Por enquanto não houve mortes, segundo as autoridades sanitárias, porque ao sentir algum gosto estranho as pessoas param de ingerir o líquido. Crianças são a maioria das vítimas com reações mais graves.
Mas por que estará sumindo no Rio de Janeiro? A princípio pode ser apenas uma necessidade de reabastecer o mercado no sul, mas, e se não for apenas isso?

8 comentários:

Simey Lopes disse...

Um pH muito básico (>7) não traz tantos problemas quanto um pH muito ácido (<7) mas mesmo assim traz problemas...
deve ter sido algum problema no controle de qualidade de lá, isso acontece.
Tudo bem que eu também gosto de colocar as coisas em um ponto de vista comspiratório, mas achei esse exagero. se quisessem provocar doenças pq só no RS?

Simey Lopes disse...

ps: pq eu explicitei a escala? as pessoas costumam pensar que quanto mais alto o pH mais ácido e corrosivo, então tem-se que ficar longe... não é bem assim, as extremidades da escala são perigosas (muito ácido e muito básico), a água que bebemos normalmente esta em um pH em torno de 7 (pH neutro).

Jonga Olivieri disse...

Se me fiz entender como uma atitude proposital para causar doenças, expressei-me mal.
Na verdade é uma crítica ao controle de qualidade, que deve ser importante em qualquer área, ainda mais na de alimentação.
A propósito, hoje tem uma notícia na Folha dizendo que o incidente foi numa fábrica de Guarulhos (SP) que fabrica mais de um milhão de "Toddynhos" por dia.
É mole!:

Jonga Olivieri disse...

Obrigado pelo esclarecimento científico da questão, Simey, mas não havia visto o seu comentário.

Anônimo disse...

Acredito que seja um incidente (sem dúvida por desleixo) e não é uma iniciativa proposital como se interpretou acima.
Mas, como fica fácil para empresas multinacionais como em questão a PepsiCo executarem milhões em qualquer lugar do planeta onde atuem por interesses comerciais ou políticos.
Sei que este é um ponto-de-vista um tanto quanto paranóico... mas sei lá!
L.P.

André Setaro disse...

Fugindo ao assunto do post, devo dizer que, quando da minha meninice (que o vento já levou) tomava muito Toddy (não se chamava Toddynho), Milo e Nescau. E, lembro-me agora, Farinha Láctea. Assim cresci, assim fui vivendo e lutando - a luta, nesse sentido, para levar a minha 'barca'. Não vejo, porém, posso estar equivocado, tanto consumo de Toddys e similares como na minha época.

Jonga Olivieri disse...

Isto até me lembra o "Dr. Strangelove" ("Dr. Fantástico" em português), no qual havia um general de extrema direita que defendia a teoria de que os "comunistas" estavvam envenennado a água potável com cloro!
Sem paranóias o contrério é mesmo mais provável pois que os EUA fizeram comprovadamente várias experiências bioquímicas em outros países da América.

Jonga Olivieri disse...

Só faltou falar do Cremogema. Lembra?
Mas Toddy, chocolate em pó, Milo, Nescau, Farinha Lacta existem até hoje.