domingo, 1 de julho de 2012

Pensatas de domingo. Dados importantes no Censo de 2010


“... À meia noite
Céu estrelado
O santo Papa
Será enforcado...”
Trecho de uma canção revolucionária italiana

A famigerada Igreja Romana é responsável pelo atraso, não somente do Brasil como de toda a América Ibérica nos planos cultural e de desenvolvimento humano e social. Ao longo de séculos, o Vaticano tentou estabelecer uma hegemonia e controle absoluto da religiosidade neste continente, chegando a ser a religião oficial em grande parte dos países durante o século XIX e até o XX.
O custo que pagamos por isso foi alto e destruidor.
No entanto, dados comprovam que entre 1960 e 2010, o Brasil viu a parcela de sua população que se declara católica cair de 93,1% para 64,6%. A queda foi constatada com a divulgação, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de novas informações do Censo 2010.  Alem do que, grande parte desta não é praticante, comparecendo pouco aos cultos, templos e igrejas.
Em 2000, segundo dados do censo daquele ano, os católicos representavam 73,6% da população. Em seguida vinham evangélicos (15,4%), pessoas sem religião (7,4%), pessoas de outras religiosidades (1,8%), espíritas (1,3%) e umbandistas e candomblecistas (0,3%).
A pesquisa mostra que a queda na proporção de católicos foi acompanhada pelo crescimento dos evangélicos, que em 1960 eram apenas 4% da população e em 2010 alcançaram 22,2%. O número de pessoas sem religião também teve aumento expressivo, passando de 0,6% para 8% nos mesmos cinquenta anos.
No caso dos evangélicos, o crescimento foi puxado pelas igrejas de origem pentecostal, como a Assembleia de Deus ou a Universal do Reino de Deus, que atingiram 13,3% do total da população. Os chamados evangélicos de missão, pertencentes a religiões mais tradicionais, como a luterana e a batista, tiveram menos oscilações.
O censo incluiu uma única pergunta sobre religião (Qual a sua religião ou culto?), que estava no questionário aplicado a parte da população. Para chegar aos resultados nacionais, o IBGE utilizou métodos estatísticos.
Segundo a pesquisa, os católicos somavam 123,3 milhões de pessoas no país em 2010, e os evangélicos, 42,3 milhões. Outras religiões que também foram citadas foram o espiritismo (2,8 milhões), a umbanda (407,3 mil), o candomblé (167,4 mil), o budismo (244 mil), o judaismo (107,3 mil), o islamismo (35,2 mil) e o hinduismo (5,6 mil).
Do total de evangélicos, 7,7 milhões eram de religiões de missão, 25,4 milhões eram de religiões de origem pentecostal e 9,2 milhões de religiões não determinadas -- como a pergunta feita pelos recenseadores tinha resposta aberta (ou, seja, não apresentava opções dentre as quais a pessoa tinha que escolher sua resposta), alguns só responderam que a religião era evangélica, sem dar mais detalhes.
Da mesma forma, 15,3 milhões de pessoas disseram não ter religião. Desses, 615,1 mil afirmaram expressamente ser ateus e 124,4 mil, agnósticos.
Um progresso, sem dúvida nenhuma!

3 comentários:

André Setaro disse...

A igreja católica vem perdendo seus fiéis num processo cada vez mais acelerado. A maioria do povo, atualmente, é evangélico. Apesar de ateu e descrente, acreditando, no entanto, nos vermes, fui criado indo à missa. E, naquela época, quase todos os meus colegas iam à igreja todos os domingos - pelo menos como obrigação, como satisfação a dar à família. Nos dias que correm, e como correm! ninguém liga mais para a religião. Creio que a classe média para cima não tem nenhuma. O povo sofredor é que se liga ao chamamento dos pastores aproveitadores na esperança de uma saída para a dor pungente da miséria.

Jonga Olivieri disse...

A igreja Romana dominava este submundo latino em que vivemos. Tambem ia à missa na minha infância e adolescência. Mas porque era obrigado a fazê-lo. No final, ia mesmo pra paquerar as meninas... hehehe!
Quanto aos evangélicos, aproveitam-se bastante da ignorância do povo, como faziam os católicos, mas com uma linguagem mais adequada ao mundo capitalista em que passamos a viver. Sinal dos tempos!
Mas o que me deixou de fato feliz foi o aumento substancial de ateus e agnósticos. Este cresceu muito!

Mário disse...

Também li esta notícia e acho que a decadência da Igreja Católica no Brasil é importante para todos nós.