“...
À meia noite
Céu estrelado
O santo Papa
Será enforcado...”
Trecho de uma canção revolucionária italiana
Céu estrelado
O santo Papa
Será enforcado...”
Trecho de uma canção revolucionária italiana
A
famigerada Igreja Romana é responsável pelo atraso, não somente do Brasil como
de toda a América Ibérica nos planos cultural e de desenvolvimento humano e
social. Ao longo de séculos, o Vaticano tentou estabelecer uma hegemonia e
controle absoluto da religiosidade neste continente, chegando a ser a religião
oficial em grande parte dos países durante o século XIX e até o XX.
O
custo que pagamos por isso foi alto e destruidor.
No
entanto, dados comprovam que entre 1960 e 2010, o Brasil viu a parcela de sua
população que se declara católica cair de 93,1% para 64,6%. A queda foi
constatada com a divulgação, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística), de novas informações do Censo 2010. Alem do que, grande parte desta não é praticante,
comparecendo pouco aos cultos, templos e igrejas.
Em
2000, segundo dados do censo daquele ano, os católicos representavam 73,6% da
população. Em seguida vinham evangélicos (15,4%), pessoas sem religião (7,4%), pessoas
de outras religiosidades (1,8%), espíritas (1,3%) e umbandistas e
candomblecistas (0,3%).
A
pesquisa mostra que a queda na proporção de católicos foi acompanhada pelo
crescimento dos evangélicos, que em 1960 eram apenas 4% da população e em 2010
alcançaram 22,2%. O número de pessoas sem religião também teve aumento
expressivo, passando de 0,6% para 8% nos mesmos cinquenta anos.
No
caso dos evangélicos, o crescimento foi puxado pelas igrejas de origem
pentecostal, como a Assembleia de Deus ou a Universal do Reino de Deus, que
atingiram 13,3% do total da população. Os chamados evangélicos de missão,
pertencentes a religiões mais tradicionais, como a luterana e a batista,
tiveram menos oscilações.
O
censo incluiu uma única pergunta sobre religião (Qual a sua religião ou
culto?), que estava no questionário aplicado a parte da população. Para chegar
aos resultados nacionais, o IBGE utilizou métodos estatísticos.
Segundo
a pesquisa, os católicos somavam 123,3 milhões de pessoas no país em 2010, e os
evangélicos, 42,3 milhões. Outras religiões que também foram citadas foram o
espiritismo (2,8 milhões), a umbanda (407,3 mil), o candomblé (167,4 mil), o
budismo (244 mil), o judaismo (107,3 mil), o islamismo (35,2 mil) e o hinduismo
(5,6 mil).
Do
total de evangélicos, 7,7 milhões eram de religiões de missão, 25,4 milhões
eram de religiões de origem pentecostal e 9,2 milhões de religiões não
determinadas -- como a pergunta feita pelos recenseadores tinha resposta aberta
(ou, seja, não apresentava opções dentre as quais a pessoa tinha que escolher
sua resposta), alguns só responderam que a religião era evangélica, sem dar
mais detalhes.
Da
mesma forma, 15,3 milhões de pessoas disseram não ter religião. Desses, 615,1
mil afirmaram expressamente ser ateus e 124,4 mil, agnósticos.
Um
progresso, sem dúvida nenhuma!
3 comentários:
A igreja católica vem perdendo seus fiéis num processo cada vez mais acelerado. A maioria do povo, atualmente, é evangélico. Apesar de ateu e descrente, acreditando, no entanto, nos vermes, fui criado indo à missa. E, naquela época, quase todos os meus colegas iam à igreja todos os domingos - pelo menos como obrigação, como satisfação a dar à família. Nos dias que correm, e como correm! ninguém liga mais para a religião. Creio que a classe média para cima não tem nenhuma. O povo sofredor é que se liga ao chamamento dos pastores aproveitadores na esperança de uma saída para a dor pungente da miséria.
A igreja Romana dominava este submundo latino em que vivemos. Tambem ia à missa na minha infância e adolescência. Mas porque era obrigado a fazê-lo. No final, ia mesmo pra paquerar as meninas... hehehe!
Quanto aos evangélicos, aproveitam-se bastante da ignorância do povo, como faziam os católicos, mas com uma linguagem mais adequada ao mundo capitalista em que passamos a viver. Sinal dos tempos!
Mas o que me deixou de fato feliz foi o aumento substancial de ateus e agnósticos. Este cresceu muito!
Também li esta notícia e acho que a decadência da Igreja Católica no Brasil é importante para todos nós.
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