O “mocinho” é uma figura sinistra, escondida atrás de uma
máscara mais sinistra ainda. O “bandido” é o Coringa. Mas isso é apenas o que
aparece à superfície de uma doença muito maior: a doença do capitalismo, da
luta de classes no centro de um império no auge de sua desesperadora crise sem
saída.
O fato ocorrido é do atirador que em fração de poucos
minutos matou 12 pessoas e feriu outras 59 nesta sexta feira, no decorrer da
préestreia do filme “Batman- O cavaleiro das trevas ressurge”, no Colorado, que
teria afirmado ser o personagem Coringa - vilão de filme da trilogia de
Christopher Nolan.
Algo corriqueiro na sociedade estadunidense, onde extermínios
em massa já se tornaram parte integrante de seu cotidiano.
O resto, a baboseira de sempre e Obama decreta com fins
meramente eleitoreiros luto oficial por seis dias. E enquanto o governo procura
supostos “terroristas” vindos sei lá de onde, não enxerga que o terror está no
seio da enfermidade que assola seu próprio solo e a população não consegue ver
que o sistema é o responsável por toda esta carnificina.
Muito sangue ainda vai rolar em cadeiras de cinema, bancos
de escola ou portas de igrejinhas do interior, até que se possa “matar o mal
pela raiz”. Em outras palavras, até que haja uma mudança social que permita que
o ser humano possa conviver em paz com seus semelhantes sem se preocupar com o
carro novo do colega de trabalho ou o jardim do vizinho!
6 comentários:
Devia ser um cinéfilo à antiga que, indignado com a pipoca, os celulares tonitroantes, os laptops acessos, partiu, célebre, depois de uma crise, para o assassinato. Creio haver atenuantes no julgamento.
célere e não célebre - errata
Havia notado!
Só tenho uma coisa a dizer sobre tudo isso: coi de lôco!
Acho que o titulo desta materia diz tudo. Tudo mesmo.
Sebastiao Queiroz
O pior é que o Coringa tinha pinta de Darth Vader. Acho que ele trocou de filme!
Mara
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