Esta entrevista, realizada pela prof. Catherine M. Bryan para Novas Pensatas, foi concedida pelo
nosso habitual colaborador, o prof.
Jorge Vital de Brito Moreira, sociólogo, escritor, e um crítico da cultura
ocidental.
Catherine M. Bryan: O que você pensa da grande
vitória dos republicanos nas últimas eleições nos EUA?
Penso
que os republicanos ganharam porque o presidente Barack Obama e a os lideres
políticos do Partido Democrata causaram uma grande decepção, uma imensa
frustação e muito sofrimento para a base do partido que ainda acreditava (ou
acredita) que o partido democrata era um partido diferente do Republicano. As
informações recentes mostram que nas últimas eleições a taxa de abstenção
(gente que não foi votar) esteve acima de 2/3 dos votantes.
CMB: Poderia descrever que tipo de frustração?
Até
agora o presidente Obama e os lideres democratas fizeram pouco ou quase nada de
importante para beneficiar os trabalhadores, os negros, os imigrantes
(mexicanos e latinoamericanos), os pobres, etc. A maioria desta população
desfavorecida acreditou na demagogia da campanha eleitoral do candidato Barack
Obama e votaram nele para presidente. Por um lado, graças ao voto desta
população, Obama, foi eleito e reeleito para máximo dirigente dos EUA.
Por
outro lado, também sabemos que o presidente Obama foi eleito e reeleito, com a
ajuda bilionária do capital financeiro e com a ajuda do dinheiro das imensas
corporações imperialistas (produtoras de armas, energia, petróleo e gás do
país) para financiar a sua vitória eleitoral. Esta tem sido uma das razões
fundamentais do porque o presidente Obama beneficiou o grande capital e ignorou
as necessidades e os interesses da população desfavorecida que ele prometeu
defender e promover. Mas, numa espécie de compensação invertida, Obama usou o
dinheiro de impostos da população para financiar Wall Street, para aumentar o
pressuposto militar, para financiar e expandir as guerras imperiais no Oriente
Médio, na Ásia, na África e na Ucrânia.
Assim,
apesar das promessas, do discurso demagógico para as massas (uma retórica
populista, aparentemente progressista, que funcionou para enganar as pessoas
ingênuas do país), Obama realizou uma política externa imperialista e
antidemocrática, que tem sido contrária a tudo aquilo que, na campanha
eleitoral, ele prometeu a opinião pública (de dentro e de fora dos EUA). Assim,
Obama em vez de terminar as guerras contra o Iraque, o Afeganistão, o
Paquistão, a Palestina, expandiu as guerras imperialistas contra os povos do
África (Líbia de Kadafi) e Ásia (Síria, Iêmen), e Europa (Ucrânia). Obama em
vez de diminuir, aumentou as tropas no Iraque; em vez de fechar Guantánamo e os
centros de tortura nos outros países, continuou prestigiando-as. Obama, em vez
de contribuir para diminuir a poluição nos EUA e no planeta, tem ajudado a
aumentá-la.
Do ponto de vista da sua política interna,
Obama, em vez de melhorar, piorou o padrão de vida da maioria dos
estadunidenses necessitados: jovens, adultos, mulheres, crianças, negros e
latinos. E para completar, os graves conflitos racistas tem crescido nos EUA
como podemos ver pela recente guerra das autoridades brancas contra a população
negra na cidade de Ferguson. Não sei se os leitores estão informados sobre o
que aconteceu naquela cidade. No passado dia 9 de agosto, Michael Brown,
um jovem afrodescendente de 18 anos, que se encontrava desarmado, foi
assassinado pelos disparos do oficial Darren Wilson. A partir desse fato
racista se desatou na cidade um processo de mobilizações no estado de Missouri
(e em todo os Estados Unidos) contra a brutalidade policial e a violência
racial que tem se prologado até agora.
A
situação dos afroamericanos pobres e dos imigrantes mexicano e latinoamericano
é grave e a política de Obama de postergar, demagogicamente, a reforma
migratória, tem conduzido a grave conflitos e a uma provável crise humanitária
nos EUA se os problemas migratórios não forem resolvidos a curto prazo. E o que
é pior (coisa que nenhum democrata podia prever quando Obama foi eleito): o
governo do atual presidente tem praticado uma política migratória pior que a de
George Bush, pois a política migratória de Obama já expulsou mais de dois
milhões de mexicanos e latinos dos EUA. (1)
Em
poucas palavras, para uma parte significativa dos votantes democratas, Obama é
um traidor dos ideais e valores democratas, ao se submeter a agenda política do
partido republicano.
Simplificando,
tanto a política externa quanto a interna da administração de Barack Obama tem
sido, em geral, um fracasso para os EUA como um todo, especialmente para os eleitores democratas de
menor ingresso econômico.
Em
resumo, a situação socioeconômica e cultural dos estadunidenses piorou
notavelmente para parte significativa dos eleitores democratas. Esta é a
realidade e mais uma das razões que podem explicar a derrota dos democratas,
pois as dados eleitorais mostram que mais da metade dos que votaram,
anteriormente em Obama e seu Partido Democrata já não foram às urnas votar por
eles nestas últimas eleições.
Na medida que o tempo passa, os EUA, sob a
administração Obama, afirma-se
inequivocamente como o estado mais terrorista do nosso planeta: de acordo com
as análises realizadas pelos escritos de professores, filósofos, escritores,
linguistas como Noam Chomsky, Paul Craig-Roberts, James Petras, Cornel West,
pois Obama tem aprofundado as políticas imperialistas, antidemocráticas e
terroristas de George W. Bush num nível nunca esperado pelos eleitores
democratas.
CMB: Mas uma parte da opinião publica dentro e fora dos
EUA continua a identificar os governos dos EUA como democráticos. Certo?
Não
tenho dúvidas que parte da população ainda vive na ilusão de que vivemos numa
democracia. Tampouco tenho a menor dúvida do poder maléfico que teem os meios
de informação coorporativos para iludir, mentir, tergiversar, falsificar fatos
e mistificar o conhecimento da nossa história social. Com a ajuda do cinema, dos
poderosos canais de TV e da grande imprensa coorporativa, as classes dirigentes
dos EUA teem conservado seu poder
antidemocrático sob a aparência de que vivemos num país democrático.
Vejamos,
por exemplo, como a mídia corporativa dos EUA e do mundo propagam o frenesi das
massas em torno das atuais celebrações e/ou comemorações da queda do Muro
de Berlim. Uma das funções políticas e propagandísticas da
celebração/comemoração massiva dos 25 anos da queda do Muro de Berlim, é, por
um lado manter e propagar o mito e as aparências de que Alemanha, os Estados
Unidos e outros países do ocidente são países democráticos.
Por outro lado, sua função é tambem impedir
que a opinião pública tome consciência da existência abominável do Muro
de Israel em terras Palestinas: 1) Muro
que foi construído pelo governo israelita para segregar os palestinos, e
impedi-los de transformar-se em nação autônoma, independente e soberana; 2) que
o Muro de Israel tem sido construído
com a ajuda econômica da Alemanha e dos Estados Unidos, pois são eles
que financiam o governo terrorista de Israel. Assim, a retórica propagada pelos
proprietários dos grandes meios de informação (ou desinformação) pelas
autoridades civis, e militares dos países ocidentais tem a finalidade de encobrir o verdadeiro
caráter terroristas das políticas imperialistas.
E
por falar, no Muro de Israel, devemos também lembrar da abominável
existência do Muro construído pelos EUA na fronteira México-EUA, para
segregar a população Mexicana e Latino americana.
Quando
leio as notícias (escrita, falada ou filmada) nos grandes meios de informação,
eu não vejo, nem leio informações de importância sobre a desgraça, a miséria e
o sofrimento que o Muro de Israel e o Muro dos EUA vem causando
as populações palestinas e mexicanas, em que ambas são vitimas da colonização
israelense contra os palestinos, e do imperialismo estadunidense contra a
população de Latinoamericanos.
Do
ponto de vista da ética cristã ou da ética dos direitos humanos, os dois muros
citados são tão imorais e tão vergonhosos como o Muro de Berlim e deveria
motivar uma luta sem trégua dos movimentos de massa exigindo a pronta derrubada
destes dois abomináveis monumentos à barbárie. Mas apesar disso não
presenciamos nenhum movimento massivo equivalente para exigir a derrubada dos
muros mencionados.
Para
continuar falando sobre o papel nefasto da média na falta de informação
importante sobre o Muro EUA/México na relação entre México e EUA é necessário
que eu mencione a turbulenta situação política no México, devido ao
desaparecimento e assassinato de 43 estudantes naquele país.
Na noite do dia 26 de setembro de 2014, no município de Iguala, de
estado de Guerrero, México, 43
estudantes da Escola Normal Rural de Ayotzinapa foram sequestrados e
assassinados por um bando de criminosos a mando do prefeito daquele município.
Recebi esta gravíssima
informação, quase que imediatamente depois de acontecido através do jornal
mexicano La Jornada e do website do
jornal espanhol online Rebelión.org. e
de alguns blogs Latinoamericanos nos
EUA.
A
exceção das notícias destes meios de informação alternativos não vi nem li,
inicialmente, nenhuma informação sobre o fato nos canais de TV ou nos grandes
jornais dos EUA. Faz alguns dias, depois que o fato se tornou um escândalo
nacional, os poderosos jornais daqui decidiram, depois de quase dois meses,
começar a informar ao publico dos EUA do acontecido.
No entanto, tenho lido e visto
imediatamente, nos grandes jornais, revistas e TVs dos EUA, amplas e
fraudulentas reportagens para exagerar os fatos negativos sobre um conflito
esperado entre partidários e adversários do governo de Venezuela, Cuba, Equador
ou Bolívia. E não faltam aqueles meios que pedem a intervenção e até a invasão
imediata das forças militares dos EUA contra os governos de um desses países
latinoamericanos.
Mas o que é mais importante é que
graças à boa relação financeira entre narcotraficantes, autoridades políticas e
militares do México e dos EUA, mais de 100 mil pessoas foram assassinadas no
país Asteca, durante o governo de Calderón e de Peña Nieto. E a maioria das
pessoas assassinadas na suposta guerra entre militares e narcotraficantes, não
são narcotraficantes, nem militares, são a população civil.
CMB: Vamos voltar ao tema das
eleições. Também houve eleições no Brasil. Que opinião você tem dos resultados
das últimas eleições no seu país?
Nasci, estudei, e vivi no Brasil por
muito tempo, mas atualmente vivo fora do meu país por mais de 20 anos. Claro
que não perdi, não perco, nem perderei o contato com o Brasil nem com as relações que tenho por lá.
Mantenho boas relações com a minha
família (meus irmãos, minha irmã, meus sobrinhos) e com muitos amigos de
Salvador-Bahia, a cidade em que nasci. Frequentemente, vejo as notícias, leio a
literatura, assisto filmes, futebol e escuto a música brasileira. Entretanto,
devido a limitações objetivas não poderia dar informações detalhadas sobre o resultado das últimas eleições do
Brasil. Mas até onde estou informado, diria que a reeleição da presidente Dilma
Rousseff foi dos males, o menor, tanto para o Brasil como para a América Latina
e um mundo multipolar.
No
entanto, a vitória de Marina da Silva e/ou de Aécio Neves teria colocado o
Brasil num nível ainda mais elevado de corrupção nacional e num grau ainda
maior de subserviência política/econômica do Brasil ao Imperialismo, ao capital
estrangeiro, resultando numa política contra a soberania nacional, contra a
América Latina e contra um mundo multipolar.
CMB: Desculpe interrompê-lo mas
quando você fala do mundo multipolar a que você se refere.
Refiro-me
a um mundo onde política, social e militarmente, os EUA não seja o único país
com poder unilateral para submeter outras nações, países, e culturas com diferentes
visões de mundo, com projeto de desenvolvimento humano e regional distintos do american way of life que, infelizmente, os
EUA veem impondo ditatorialmente aos outros países do planeta.
Refiro-me
a um mundo onde possa existir, por exemplo, sistemas como o de Cuba, onde possa
existir instituições regionais como Mercosul e organizações alternativas tais
como o grupo BRICS formados pela associação de países emergentes tais como Brasil, Russia, India, China e África do Sul.
Mas
voltando a falar do Brasil, a experiência
da maioria dos brasileiros durante os dois períodos de governo de Fernando
Henrique Cardoso foi umas das piores experiências política, social e econômica
para o Brasil depois dos 21 anos de ditadura militar. O governo de Fernando
Henrique Cardoso e do PSDB foi ainda mais corrupto que o do PT. A corrupção do
processo de privatização (conhecida pelo cognome de “Privataria Tucana”) levada
a cabo pelo presidente Fernando Henrique (e pela máfia do PSDB) foi um dos mais
abomináveis instrumento político econômico para roubar o povo brasileiro, e destruir
a soberania nacional.
Claro que não estou de acordo tão
pouco com a corrupção do PT, nem com o modelo neoliberal que o ex-presidente Lula
da Silva, a presidente Dilma
Rousseff
e o PT ajudaram
a desenvolver no Brasil durante seus períodos de governos.
Para mim, o PT não é um partido dos trabalhadores, é
um partido corrupto composto predominantemente de indivíduos de classe média, carreiristas , advogados, profissionais,
empresários, etc.
Mas
é preciso ver e analisar o processo de corrupção no Brasil a partir de uma
perspectiva que incorpore uma política democrática, favorável às necessidades
da maioria do povo brasileiro e não para atender os interesses de uma elite de
traidores da nação. Não, não podemos esquecer do papel dos setores de direita
ligados ao grande capital e ao poder dos EUA: eles estão por detrás das acusações, alegações nos casos de corrupção
(sobretudo no caso da Petrobras) porque querem o poder para privatizar a
Petrobras. Estes setores da direita querem transformar o Brasil num país empobrecido
como o México atual: uma nação arrombada e inviável devido a que sua oligarquia
alienou e privatizou sua maior indústria nacional (Petróleos Mexicanos) para
beneficiar o capital multinacional. Resultado: atualmente, o México se
transformou num país completamente falido, em estado de Guerra permanente,
dominado por grupos ligados as drogas e ao narcotráfico. Assim, em vez de
seguir a via da privatização imposta pela direita, os grupos e movimentos de
esquerda do Brasil deveriam aprofundar a democratização da empresa pública
nacional.
CMB:
Sei que você estudou Sociologia e Economia
no México, mas sei também que estudou Música no Brasil e Literatura nos EUA.
Dado a sua experiência como professor e crítico da cultura quais são os autores
estadunidenses e europeus que você recomendaria para os leitores que querem
estar preparados para entender o funcionamento socioeconômico cultural do
sistema capitalista em sua nova fase de expansão imperial/ colonial sobre os
países do “Terceiro Mundo” e dos “Países Emergentes” ?
A
lista poderia ser longa. Assim, gostaria de limitar-me a uns quantos autores
cujos livros me parecem imprescindíveis para compreender o nosso momento
histórico atual: Noam Chomsky (política internacional), James Petras
(sociologia política latinoamericana) David Harvey (economia política do
capitalismo) Fredric Jameson (teoria cultural e crítica ideológica dos aparatos
culturais) Terry Eagleton (literatura e cultura), Zizek (psicanálise, filosofia
e critica de cinema), Cornel West (filosofia, movimento negro e ativismo
politico), e Howard Zinn (história do povo dos EUA). Gostaria de recomendar
também o extraordinário filme documentário de Oliver Stone intitulado Untold History of United States.
CMB: O que pensa dos artigos do intelectual americano
Paul Krugman que recebeu o premio Nobel de Economia, escreve pra o jornal New York Times, que é traduzido e publicado
pelos jornais brasileiros e tem muita presença e circulação entre os leitores
brasileiros.
Krugman
é uma pessoa inteligente, com um grande conhecimento da economia dos EUA, mas
com uma grande limitação: uma orientação ideológica e política bastante
equivocada. Depois da crise de 2008 resultante da concentração de renda nas
mãos da minoria de 1% do povo americano, ficou muito difícil (pra não dizer
quase impossível) acreditar, na validade e eficiência da economia política
keynesiana (introduzida por Keynes depois do colapso da economia capitalista em
1929) para resolver a atual crise do sistema capitalista. E o que é ainda pior
em todo esse projeto neokeynesiano é seguir acreditando na vontade política do Partido
Democrata para atuar em função de uma distribuição de renda mais equitativa
para a melhoria das classes sociais mais baixas dos EUA.
CMB: Prof. Moreira! Para finalizar, quero agradecer-lhe
por compartilhar seu tempo e as suas ideias para os leitores de Novas Pensatas.
Muito Obrigada.
NOTAS
1) Já tinha terminado de editar a entrevista
do prof. Moreira quando fui informada de que o presidente Barack Obama fez um
novo discurso na Casa Branca,
Washington, reconhecendo que o sistema migratório dos EUA está quebrado, que
não funciona; que ele usaria os seus poderes executivos para “regularizar” a
situação migratória de 5 milhões de imigrantes (a maioria latinos e mexicanos)
sem documentos.
Diante desta situação decidi contatar
novamente o prof. Moreira para perguntar-lhe sobre esta aparente mudança na política
migratória de Barack Obama.
CMB: Prof.
Moreira, qual a sua opinião sobre o novo discurso do presidente Obama
anunciando novas medidas da sua política migratória?
É certo que no discurso de ontem à
noite, o presidente Barack Obama reconheceu que o sistema migratório dos EUA
está quebrado, que não funciona mas que ele usaria os seus poderes executivos
para “regularizar” a situação migratória de cinco milhões de imigrantes (a
maioria latinos e mexicanos) sem documentos.
De acordo ao diário La Jornada (o mais
importante diário do México), a medida executiva estabelece um prazo de apenas dois
anos para regularizar a situação dos cinco milhões (http://www.jornada.unam.mx/2014/11/21/mundo/025n1mun),
enquanto outras fontes de informação de EUA
falam de três anos.
Assim, apesar de
existirem um total de 11.2 milhões de imigrantes sem documentos nos Estados
Unidos, o chefe da Casa Branca anunciou que a medida executiva só contemplaria
a regularização de menos da metade dos imigrantes indocumentados. Durante seu
discurso, Obama tratou de aclarar o significado da palavra “regularizar”
informando que estes indivíduos não receberão a cidadania, nem tampouco a
anistia, simplesmente não serão deportados durante um determinado período de
tempo.
Ainda é cedo para
ter uma ideia precisa das implicações da medida executiva. Do lado humano,
entre muitos imigrantes, aqueles que acreditam que serão beneficiados pela
mudança, a notícia provocou alegria; para a maioria a medida provocou mais uma
vez desilusão e desesperança. Do lado do
estado imperial, como Obama mesmo mencionou no discurso, a medida executiva vai aumentar as ações repressivas para
impedir a entrada de imigrantes para os EUA.
Depois do
discurso, comecei a questionar seu conteúdo aparentemente contraditório: se o sistema está
quebrado, se não funciona, como poderá o Homeland Security Department dos EUA
regularizar a situação migratória de 5 milhões de pessoas em tão pouco tempo?
Por um lado, o
discurso de Obama aparece como uma jogada cínica e politicamente oportunista
pois sua medida executiva poderia voltar a conseguir a simpatia, o apoio e os
votos de parte dos imigrantes para o candidato democrata nas próximas eleições
para presidente dos EUA. Por outro lado, a medida executiva, poderia diminuir a
animosidade dos políticos democratas, (sobretudo dos políticos que perderam as
eleições) contra a administração do presidente Obama.
CMB: Bem professor! Mais uma vez:
muito obrigada pela sua ajuda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário