Mas, afinal quem é o autor do depoimento postado abaixo sobre Paulo
Guedes?
Trata-se de Paulo Ghiraldelli Jr. (São Paulo, 23 de agosto de
1957), um filósofo, professor e
escritor brasileiro que possui graduação em Filosofia pela Universidade
Presbiteriana Mackenzie (2009) e graduação em Educação Física pela Escola
Superior de Educação Física de São Carlos (1978).
Mestrado em
Filosofia pela Universidade de São Paulo (1995), mestrado em Educação:
História, Política, Sociedade pela Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo (1987), doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (2001) e
doutorado em Educação: História, Política, Sociedade pela Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo (1989). E seu pós-doutorado em Medicina
Social (Estudos em Subjetividade), com estudos em subjetividade, foi na
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Atualmente é
pesquisador do Centro de Estudos em Filosofia Americana (CEFA). Tem experiência
na área de Filosofia, atuando principalmente nos seguintes temas: História da Filosofia,
Filosofia Antiga, Moderna e Contemporânea, Filosofia e História da Educação,
Filosofia Americana e Pragmatismo, e em especial com autores como Platão,
Sócrates, Marx, Escola de Frankfurt, Nietzsche, Richard Rorty, Donald Davidson,
Foucault, Peter Sloterdijk e Giorgio Agamben. É autor de mais de 40 livros
(1) em filosofia e educação.
“O ressentimento pode não virar ódio. A inveja pode não virar ódio. Mas
os exemplos históricos de manifestação social de ódio, mesmo os que
aparentemente estão incrustados nas entranhas do xenofobismo e do racismo,
contêm sim um componente que tem a ver com ressentimento e inveja (...) Marx
tinha um profundo desgosto com qualquer tipo de ódio. Aliás, em suas análises
sobre revoluções, ele descobriu que os setores movidos pelo ressentimento e
inveja, e que produziam o ódio como motor da ação, nunca eram aproveitados para
transformações, mas única e exclusivamente para reações aos atos progressistas.
Ele localizou esses sentimentos “baixos” no lumpemproletariat, o conjunto dos
parasitas sociais vindos de certo tipo de pobreza, prontos para se unirem a
parasitas sociais vindos de camadas da burguesia ou da nobreza empobrecidas, ou
então de camadas da pequena burguesia com medo de se proletarizar. Esse
lumpemproletariat foi visto por Marx como, não raro, servindo aos governos como
bucha de canhão para a reação diante de qualquer revolução.”
Trecho de Ódio social sob análise filosófica. De Paulo Ghiraldelli Jr.
Em fevereiro
de 2016, gerou polêmica ao afirmar que "Jesus era pedófilo" por amar
as "criancinhas". Ghiraldelli afirmou, em sua defesa, que
"pedófilo" tinha um significado diferente na antiguidade.
Defende que a palavra pedofilia, em sua origem grega, indica filiação,
amor de amigo, sócio ou parceiro; e não um amor erótico.
Em entrevista, Ghiraldelli define seu pensamento: ‘A filosofia que
desenvolvo é a que batizei como desbanalização do banal. Ela é feita a partir
da história da filosofia e de seu contato com o cotidiano. Faço diferente da
filosofia crítica (Kant-Marx) e da filosofia como terapia (Wittgenstein). No
primeiro caso, há a saída da Caverna (Ideologia) para o encontro com o Real, no
segundo há a dissolução dos problemas filosóficos a partir da linguagem. No meu
caso, tomo o que é muito visto, não o que é oculto ou o que estaria mascarado,
tomo o que é não interessante, o que é banal para, então, redescrevê-lo (Rorty)
e formular narrativas que possam desbanalizá-lo, torná-lo algo que levem as
pessoas a não mais tropeçar neles como banais. Fiz isso em dezenas de livros,
especialmente no O corpo, da Ática, e no A aventura da filosofia, da Manole.”
1. Entre outros: O Que é Pedagogia (1989); Educação e Razão Histórica
(1994); Filosofia da Educação
(2000); História da Educação (2001); Como a Filosofia Pode Explicar o Amor
(2011); Dossiê Platão (2011); As lições de Paulo Freire: filosofia, educação e política (2012); A Filosofia como Crítica da Cultura
(2014); Sócrates - pensador e educador -
a filosofia do conhece-te a ti mesmo (2015); Para ler Sloterdijk (2017); 10 Lições sobre Sloterdijk (2018).
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