domingo, 9 de dezembro de 2018

Pensatas de Domingo. O balanço da repressão aos protestos populares na França e o primeiro escândalo pós eleições no Brasil


Os violentos acontecimentos em Paris, os maiores desde 1968, nos levaram à reflexão sobre as consequências do neo-liberalismo e a revolta do cidadão comum quanto a este sistema de exploração que os vitima. O ministro francês do Interior, Christophe Castaner, divulgou na noite deste sábado (8/12) um balanço dos protestos dos "coletes amarelos”: cerca de 125 mil pessoas saíram às ruas em todo o país e pelo menos mil foram presas durante os confrontos com a polícia. E mais de 100 pessoas ficaram feridas.

Após mais um dia de protestos marcados por carros incendiados, bombas de gás lacrimogêneo lançadas contra manifestantes, vitrines do comércio quebradas e lojas saqueadas, o ministro do Interior anunciou que 118 pessoas ficaram feridas e lembrou que no fim de semana passada esse número foi bem maior (201). Castaner também apontou que neste sábado, 17 policiais ficaram feridos, enquanto na semana anterior 284 foram atingidos.

Esse balanço provisório se deve em parte ao número importante de representantes das forças de ordem presentes nas ruas das cidades francesas. Dos cerca de 90 mil mobilizados em todo o país, 8 mil estavam apenas na capital, onde cerca de 10 mil pessoas se manifestaram durante o dia. 
   
Enquanto isso, no Brasil, ex-assessor de Flávio Bolsonaro fez 176 saques em um ano, gerando a primeira crise moral no futuro governo recém eleito. O ex-motorista do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) fez saques de dinheiro em espécie, muito além das possibilidades financeiras de sua conta em 2016.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) apontou uma movimentação atípica de 1,2 milhão na conta do ex-assessor parlamentar e policial militar Fabrício José Carlos de Queiroz naquele ano. Esse valor inclui tanto saques como transferências, créditos em suas contas, entre outras operações. Houve 59 depósitos em dinheiro vivo na conta do policial militar. Prática que dificulta a identificação dos responsáveis pelas transações. Queiroz também apresentou, para o Coaf, “movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou a ocupação profissional e a capacidade financeira”.

Boa parte das movimentações financeiras em que a outra parte é identificada se refere a transações com membros do próprio gabinete de Flávio Bolsonaro. Sete nomes que constam do relatório fizeram parte da equipe do então deputado estadual. Três são parentes de Queiroz. Estão na lista Marcia Oliveira de Aguiar (mulher), Nathalia Melo de Queiroz e Evelyn Melo de Queiroz (filhas). Todas também integraram em algum momento o gabinete de Flávio Bolsonaro. A partir de dezembro de 2016, Nathalia saiu da Alerj para integrar a equipe do hoje presidente eleito, Jair Bolsonaro, na Câmara dos Deputados. Ela se desligou do cargo em outubro deste ano, na mesma data em que o pai deixou o gabinete do senador eleito", diz ainda a reportagem.


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