terça-feira, 8 de março de 2011

Antônio Torres candidato à ABL


Da outra vez torci demais por ele. Não por ser baiano, meu conterrâneo, não por ter sido meu colega de trabalho na Salles. Não por ser um amigo que muito estimo. Mas sim pela sua obra. Seus livros, como Essa Terra, Um cão uivando para a Lua, Os homens dos pés redondos, Balada da infância perdida, Um táxi para Viena d’Áustria, O cachorro e o lobo (1) ou Pelo fundo da agulha, entre outras, são importantes exemplos de um estilo marcante do ponto de vista literário. E continuo torcendo. A ABL (apesar do Sarney) merece tê-lo entre seus imortais. Porque para mim ele já o é... Há muito tempo.

ABL tem dois candidatos à vaga deixada por Scliar
A vaga de Moacyr Scliar na Academia Brasileira de Letras (ABL) já está sob disputa...
Publicado no Estado de S. Paulo (2)

A vaga de Moacyr Scliar na Academia Brasileira de Letras (ABL) já está sob disputa. Com a desistência do poeta Ferreira Gullar, dado como unanimidade entre os acadêmicos até anteontem, o escritor gaúcho, que morreu no domingo, poderá ser substituído pelo romancista baiano Antonio Torres ou pelo jornalista carioca Merval Pereira.

Eles se inscreveram ontem na corrida pela cadeira de número 31, após a Sessão de Saudade, em memória de Scliar. Torres foi até a ABL e conversou com acadêmicos. Pereira mandou uma carta. A eleição será em maio e outros candidatos têm até o fim de abril para aparecer.

Cortejado pela academia há décadas, Ferreira Gullar havia aceitado o convite feito por acadêmicos - seria candidato único, numa eleição pro forma -, mas desistiu ontem. "Acordei em depressão. Tenho muitas amizades lá, mas não é a minha praia. Isso não está me dando qualquer alegria, então por quê?"

Antonio Torres, de 70 anos, tem 17 livros e há dez ganhou o Prêmio Machado de Assis, da ABL, pelo conjunto de sua obra. Merval, de 60 anos, publicou livros-reportagens e artigos. O último, O Lulismo no Poder, foi lançado na ABL, em setembro.

1. Acompanhei a evolução deste livro quase que passo a passo, pois na época ele trabalhava na Rua Dona Mariana e eu na Guilhermina Guinle, e, todas as sextas almoçávamos juntos e ele comentava sobre o livro.

2. Se quiser ver a a matéria original no Estadão Online:

5 comentários:

Jonga Olivieri disse...

Hoje é uma 3ª feira "gorda" de carnaval e os comentários teem sido muito poucos.
Será que ainda teremos algum?

Joelma disse...

Que bacana. Me lembro quando você falou da primeira candidattura do António Torres à ABL.
Espero que desta vez consiga. Só li um livro dele (Um Táxi para Viena Daustria) mas gostei muito.
Ele escreve muito bem.

Jonga Olivieri disse...

Torcerei muito por ele. E o posso fazer, estou fazendo.
Mas ele precisa de muito mais, sei disso. Até porque aquilo ali é uma "corriola".
Sei disso porque tive um tio que perdeu por preferências nem sempre tão claras.

Popeye disse...

Tomara. Ele merece.

Jonga Olivieri disse...

Sim, meu caro "sailor man"...