sexta-feira, 18 de março de 2011

Obama go home!


À presença de Obama, o país deveria, na verdade, ter declarado luto oficial. Afinal, o “farsante” presidente dos EUA não tem feito nada de positivo pela (ou para a) América abaixo do Rio Grande. Nem tampouco pelos pobres --hoje não são poucos-- que habitam o próprio país que ele governa.
Quando da divulgação por Obama do orçamento para 2012, ele declarou que pedira que “congelassem a despesa interna anual nos próximos cinco anos”, e que o congelamento reduziria o déficit em mais de 400 mil milhões de dólares ao longo da próxima década e levará este tipo de despesa – a despesa discricionário interna - ao menor nível da economia dos EUA desde a presidência de Dwight Eisenhower” (1), Amy Goodman (2) comentou: “Prestem atenção à palavra “congelar”. Isso é precisamente o que poderá acontecer com muita gente se este orçamento for aprovado tal qual foi proposto. Enquanto o gasto de defesa aumenta, principalmente após o Pentágono realizar o seu maior pedido de financiamento desde a Segunda Guerra Mundial, o orçamento propõe cortar metade do programa chamado Programa de Assistência Energética a Lares de Baixos Rendimentos...”
E mais adiante continuou: “(...) Estamos a viver um dos invernos mais frios da história. Uma em cada oito pessoas nos Estados Unidos utiliza cupões alimentares (auxílio público para comprar alimentos), o que representa a maior percentagem da história. Muitos outros também carecem de assistência de saúde, apesar dos benefícios iniciais da lei de reforma do sistema de saúde aprovada no ano passado...”
“(...) Os norte-americanos teem frio, fome e estão desempregados. Ao aumentar a despesa militar, que já é superior à soma de todos os orçamentos militares do mundo, simplesmente, estamos a levar esse sofrimento ao exterior. Deveríamos ter claro quais são as nossas prioridades.” Completou Amy (3),
Obama, volta pra casa e vai cuidar dos graves problemas que você com seu “papo furado” está a causar às massas estadunidenses. Comprove um pouco de seu slogan “Yes, we can” (Sim, nós podemos). Ou será que com esta frase você estava se dirigindo apenas à burguesia no poder?

1. Eisenhower foi presidente dos Estados Unidos no período 1953/1961, exercendo dois mandatos seguidos.

2. Amy Goodman é uma jornalista estadunidense, apresentadora principal do “Democracy Now”, um programa de notícias independente transmitido diariamente por rádio, televisão e internet.

3. O texto de Amy Goodman foi parcialmente transcrito do blogue “Controvérsia” e publicado em 06/03/11: http://blog.controversia.com.br/  

4 comentários:

Simey Lopes disse...

acredito que deve ter pensado algo do tipo: "em 2012 o mundo vai acabar mesmo, então que se dane" (para nao escrever uma palavra pior.

Jonga Olivieri disse...

Talvez algo por aí;
Mas que nada, isto é o imério contra atacando... Afinal iso é território deles e de quando em vez alguém tem que vir às colônias para confirmar a posse!

Tupamaro disse...

Essa Amy Goldman disse tudo. Gostei dela!

Jonga Olivieri disse...

A jornalista é de esquerda, de fato sabe de muita coisa e o melhor: diz as coisas que sabe.