terça-feira, 15 de março de 2011

Wisconsin. Até o Michael Moore entrou em cena


O site de Michael Moore mostrando o ocorrido em Madison, Wisconsin
O cineasta Michael Moore foi a Madison, capital do estado de Wisconsin, porque, segundo declarações "esta é uma guerra de classes". Os protestos foram comparados aos ocorridos no Egito por participantes e analistas como Noam Chomsky, que os definiu como o primeiro sinal da revolta das massas trabalhadores contra medidas semelhantes em outros estados. O reverendo Jesse Jackson, o líder popular Jim Hightower, e importantes líderes sindicais e sociais, juntaram-se aos protestos nas últimas semanas.

Milhares de pessoas (mais de 100 mil, segundo estimativas), cercaram o Capitólio, na capital, cuja população total é de 250 000 habitantes. O que começou como um repúdio às medidas republicanas para limitar severamente (quase anular) direitos sindicais de cerca de 175 000 trabalhadores do governo de Wisconsin, está a transformar-se numa rebelião contra a repressão aos trabalhadores em alguns outros pontos do territorio estadunidense.

A resistência em Wisconsin incluiu vários tipos de táticas não violentas, desde a ocupação do Capitólio (em Madison) até a fuga de 14 senadores democratas do estado para tentar impedir o quórum necessário para a aprovação da lei, imposta pela direita da direita republicana, em manobra parlamentar, agora sujeita a revisão judicial.

Não seria equivocado pensar numa possibilidade de que o movimento cívico venha a se converter numa revolta, com milhares de adeptos e assim crescesse por muitos outros estados da União estadunidense. Aguardemos o avanço da história...

8 comentários:

Anônimo disse...

Isso está virando uma revolução e ninguém sabe de nada aqui no Brasil.
Por que?
L.P.

Jonga Olivieri disse...

Porque justamente incomoda à burguesia no poder.
A "democracia" proporciona inteira liberdade ao súdito britânico de subir num banquinho e ofender a rainha. Isto porque de acordo com os "costumes", num banquinho você não está pisando solo britânico.
Em suma, também nos EUA ou em qualquer outro país "democrático", desde que alguém fale ou grite, mas não ameace de fato, pode falar o que (ou quase tudo) quiser.
No entanto, ameaçou o regime, ou mais grave (como neste caso) o "sistema"... Guarda Ncional em cima, com cassetetes e outras armas, se necessário.
Isso é o que está acontecendo lá, caro LP, é o início de uma revolução de verdade.
E em plena era da internet (que eles inventaram) a coisa fica difícil de reprimir. Haja vista o que aconteceu no Egito e em outros países árabes.
O Feitiço, no caso a web, vira-se mais uma vez contra o feiticeiro.

Joelma disse...

O Michael Moore estando lá vai sair um daqueles seus "bombásticos" filmes.
Esse eu quero ver na fila do gargarejo

Jonga Olivieri disse...

Todos os filmes do M. Moore são bons.
Como "Fahrenheit 11 de setembro" ou Tiros em Columbine".
Aliás, este último faturou mais de cinco prêmios, entre eles o Óscar de Melhor Documentário ou o Cesar de Melhor Filme Estrangeiro.
E "Fahrenheit 11 de setembro", nada menos do que a Palma de Ouro do Festival de Cannes.
Ele é "massa", como se diz na minha terra!

Mário disse...

Bela postagem. Isto ajuda a divulgar um movimento que "eles" estão escondendo a 7 chaves.
Não se sabe poe ai que a situação seja tão grave.

Jonga Olivieri disse...

E estão escondendo a sete chaves mesmo. As grandes redes televisivas principalmente.
Vi alguns comentários (infelizes) no Manhattan Connection.
Mas, para além da "infelicidade" citada, o programa é exibido na GloboNews, emissora da NET, portanto em TV fechada, com muito menos telespectadores.

Alexandre disse...

Muito bom! Se até o famoso Noam Chonmsky esteve lá, quem diria o Michael Moore que vai de certeza ganhar mais algum prêmio com o que filmar lá?

Jonga Olivieri disse...

Com certeza. Ele coleciona prêmios em Festivais de Cinema.