domingo, 10 de abril de 2011

Neste domingo... Chacrinha no ar!

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Estava a comentar sobre a genialidade de Abelardo Barbosa, vulgo Chacrinha (1917/1988). O vídeo anexo trás uma apresentação da cantora Gretchen no programa dele, então na Band (naquele tempo ainda TV Bandeirantes).
Mas o mais importante é analisarmos o quanto a televisão aberta caiu de qualidade no Brasil. Está certo que um outro Chacrinha, o rei da comunicação, o autor das frases “quem não comunica se trumbica” e “Na televisão, nada se cria, tudo se copia”, entre tantas outras (1), seria difícil de ser substituído. Mas, aqui entre nós, os que o substituíram não teem a menor competência. E quem não tem competência... Não deveria se estabelecer; de acordo com o ditado popular.
O fato é que o “fenômeno” Chacrinha se estabeleceu desde que começou como locutor na Rádio Tupi e manteve um padrão de “categoria esculhambada” (2) durante mais de quatro décadas. Lançou as famosas “chacretes” e um júri que incluía figuras folclóricas como a Elke Maravilha.
Desde os 1970, Chacrinha ficou conhecido como o “Velho Guerreiro”, depois da homenagem feita a ele por Gilberto Gil que assim se referiu a Chacrinha numa letra de canção muito conhecida que compôs cujo título era “Aquele Abraço”.
Hoje o povo que se aguente com os “Faustões” e “Gugus” da vida!

1. Utilizou bordões e expressões que se tornaram populares, como "Teresinhaaa!", "Vocês querem bacalhau?", "Eu vim para confundir, não para explicar!" ou “Como vai, vai bem? Veio a pé ou veio de trem?”.

2. Em 1943 lançou na Rádio Fluminsense um programa de músicas de Carnaval chamado “Rei Momo na Chacrinha”, que fez tanto sucesso que passou a ser conhecido como Abelardo "Chacrinha" Barbosa. Nos anos 1950 comandaria o programa “Cassino do Chacrinha”, no qual lançou vários sucessos da música brasileira como Estúpido Cupido de Celly Campello, além de ter lançado artistas como Raul Seixas, Roberto Carlos ou Paulo Sérgio...

9 comentários:

Ieda Maria disse...

Creio ter sido o Chacrinha, como tu falou, o "Rei da Comunicabilidade".
E ele mereceu mesmo este título por ter lançado um gênero que até conseguem copiar (caricaturalmente), mas jamais um seu substituto de fato.
Por exemplo, quando esteve doente, tu deve lembrar disto, mas puseram o Paulo Silvino em seu lugar, mas não deu lá muito certo. O Agildo Ribeiro foi outro que o imitava quando afastado de seu programa por qualquer motivo.
Acredito até que era uma espécie de teste para lançar uma figura tipo “Bozo”, uma marca registrada. Mas ficou claro e evidente que ele personificava a sua trajetória.
Marcante? Sim, porque de fato marcou um espaço na história da TV no país e quem sabe no mundo?

Jonga Olivieri disse...

Bah! gosto de ver a ti de volta, guapa!
Mas você acrescentou (como sempre) alguns aspectos no seu comentário, como a tentativa de criar um 'patern' Chacrinha que não deu certo porque imitar é uma coisa e "ser" é completamente diferente.
Chacrinha foi o primeiro e único. O resto são os "Faustões" da vida!

Joelma disse...

Ao assitir o vídeo deu saudades daquele tempo. E pensei: 1981, a tecnologia era outra, mas o programa é tão atual!
O Chacrinha tem que estar no Céu!

Jonga Olivieri disse...

O Chacrinha foi um ícone da cultura popular brasileira. Merece estar aonde nós desejemos de melhor mesmo...

Anônimo disse...

Chacrinha. Um gênio? Sim. Mas fez muito mal às massas. Era alienante...
Otávio (lembra?)

Jonga Olivieri disse...

Acho que o Chacrinha foi umq figura ambigua. Por um lado genial, por outro tinha uma tendência às forças de alienação.

Jonga Olivieri disse...

É o tal caso, Otávio, Tavinho ou melhor ainda Tavim...
Assistia pouco ao Chacrinha, embora se formos considerar as décadas que ficou no ar eu até diria que o assisti muitas e muitas vezes, achava-o menos alienante do que outros.
Mas como já disse anteriormente, julgo que tenha sido ambíguo e não um reacionário declarado como alguns de seus concorrentes (Flávio Cavalcanti, Hebe Camargo) o foram.

L.P. disse...

Sempre achei o programa "Cassino do Chacrinha" chato.
Mas hoje tenho saudades dele porque conforme você falou os apresentadores atuais não têm graça nenhuma.
Naquele tempo até o Flávio Cavalcante era divertido. Apesar de ser um ‘reaça’ dos diabos era muito caricato. Tinha aquela história de quebrar discos. Fazia caretas, tirava os óculos.
Isto sem contar o Bolinha (que dizem que era veado) eque imitava o Chacrinha, mas apesar disso tinha uma personalidade própria.
Gostei de rever. Até porque a Gretchen, sai da frente meu, era muito da gostosa! E mais bonita tambem.

Jonga Olivieri disse...

É, o Flávio Cavalcante era tenebroso de reacionário. Inclusive dedutou pessoas na emissora em que trabalhava após o Golpe de 1º de abril de 1964...