Este terceiro episódio mostra as manobras de Roberto Marinho, apoiando e defendendo o regime ditatorial, muito embora em comentário, um jornalista Gabriel Priolli (1) tenha deixado muito claro que a Rede Globo, a princípio, apóia qualquer governo estabelecido através de sua política maleável. Trocando em miúdos: “picareta” mesmo!
Prova disto foi quando Tancredo Neves estava prestes a vencer as eleições (indiretas) e na eminência de se estabelecer o primeiro governo paisano (civil) no Brasil, após 20 anos de presidentes fardados, a Globo jogou-se imediatamente para o seu lado. A propósito, o apoio ao Sr. “Lula” da Silva também evidencia esta tendência.
Por outro lado, expõe-se aqui como a ditadura militar manobrou e vetou o acesso da Editora Abril à concessão para obter uma licença a um canal de televisão. À época – ironias da história –, a revista Veja se opunha e criticava o regime. Na ocasião foram entregues novas autorizações a Silvio Santos com o seu “Baú da Felicidade” e a Adolfo Bloch da Editora Manchete, que não ofereciam perigo à manutenção dos militares no poder.
E finalmente explica a expansão da rede televisiva de Roberto Marinho & Cia., inclusive a sua associação com Antônio Carlos Magalhães, também conhecido como “ACM” ou “Tonico Malvadeza”. O político que dominou o estado da Bahia durante pelo menos três décadas, e que, diga-se de passagem, foi acusado de controlar todas as emissoras em seu estado nas eleições seguintes à sua associação com o “Cidadão Kane” tupiniquim.
1. Priolli é um jornalista com uma vasta carreira, tendo começado em publicidade, e, após passar por diversos jornais e canais de TV comerciais (inclusive a Rede Globo), foi um dos organizadores da TAL (Televisión America Latina) organização social que implantou um canal de televisão cultural de alcance internacional, programado em cooperativa por 20 países ibero americanos. Escreveu “O Campeão de Audiência” uma biografia de Walter Clark.
6 comentários:
Mais denúncias e provas deste tão falado envolvimento da Rede Globo com os governos militares que como você citou transformaram-na no 'produto mais bem acabado da Ditadura'.
O jornalista Gabriel Prioli define e acerta na môsca na definição do que tem sido todo o sistema Globo (incluindo as emis. de rádios e os jornais) através destas 5 décadas em que passou existir a rede Globo de televisão.
Eles sobrevivem deste esquema e como vampiros vão sugando o sangue de quem os sustenta mas sobrevivendo e perdurando.
'Grand Finale' este encerramento de seu comentário, caro Mário... 'Bravissimoo'!
Esta série da BBC prova o quanto são mais transparentes os veículos de comunicação públicos em relação à rede comercial, compromissada e comprometida com a burguesia e/ou o grande capital... O que, na realidade, as sustenta.
A Globo é um nojo!
Selma
Concordo com você, Selma. Plenamente!!!
Postar um comentário