Reprodução da página principal de "Rebelion" de ontem
Jorge Vital de Brito Moreira
Rebelión
Jorge Vital de Brito Moreira é baiano e estudou Ciências Sociais na UFBa. Fez estudos de pós-graduação em Sociologia no México (onde escreveu uma tese sobre o filósofo espanhol Manuel Sacristán Luzón) e Literatura (nos EUA) onde recebeu o título de doutor (Ph.D) com uma tese sobre o escritor brasileiro Antonio Callado. Nos EUA, tem ensinado na University of California San Diego (La Joya), University of Minnesota, Washinton University, Lawrence University e University of Wisconsin.
Publicou ensaios (sobre diferentes escritores brasileiros e latinoamericanos), sendo autor colaborador do livro “Notable Twenty Century Latin America Women” (2001).Em 2007, também publicou na Bahia o livro “Memorial da Ilha e Outras Ficções” (romance e contos). Atualmente escreve artigos e ensaios para o destacado diário www.rebelion.org de grande circulação na Espanha e na América Latina.
Abaixo a reprodução de importante (e pontual) ensaio do professor Jorge Moreira que comenta uma crise que está abalando os Estados Unidos:
Como tenho escrito muitas vezes em textos anteriores, apesar da retórica e do mito (propagado dentro e fora dos Estados Unidos) que vivemos em uma sociedade democrática, os EUA nunca foi um país democrático e provavelmente nunca o será (1). Se nós deixamos de repetir, como um papagaio, o discurso hegemônico da classe dominante e analisamos a estrutura social, conflitos e contradições entre as classes sociais, vamos perceber que os EUA sempre foi uma plutocracia, um país dominado e governado pelos ricos: uma classe de bilionários, donos dos bancos, corporações, grandes empresas de petróleo e do complexo industrial militar do país. E os interesses da plutocracia permanecem sempre bem defendidos pelos dois partidos no poder: vestidos de democratas ou de republicanos, o resultado é sempre o mesmo, pois, a função dos dois partidos não é apenas garantir o domínio dos ricos sobre o conjunto da sociedade como um todo, mas também promover a aparência de que vivemos em um regime democrático (2).
Hoje, poucos sabem que para continuar a sua hegemonia, a plutocracia utiliza não só os dois partidos políticos, mas estabelece um processo permanente de repressão, sublimação, idealização e negação (psicológico e político) dos indivíduos e grupos sociais nos EUA (3). Não obstante o mencionado acima, já podemos observar que há um aumento no nível dos conflitos sócio econômicos no país, com o consequente aumento da consciência social da população quanto à existência da luta classes e à natureza autoritária da sociedade estadunidense. Somente a partir desse entendimento, pode-se chegar à conclusão lógica de que não temos outra alternativa senão lutar para parar o processo de mistificação das nossas consciências e lutar contra a dominação e hegemonia da classe dominante, defendendo os nossos interesses e as nossas vidas.
Os recentes acontecimentos no estado de Wisconsin, EUA, veio a destacar o aumento do nível de consciência da classe operária e sindical, juntamente com maior participação política do proletariado e da classe média (nunca antes visto na história de Wisconsin) no sentido de mobilizar, organizar e lutar para defender seus direitos humanos e os direitos políticos que eles conseguiram durante décadas e décadas de luta social.
Para aqueles que ainda não estão familiarizados com os recentes acontecimentos no estado de Wisconsin (que dão provas irrefutáveis do que estou escrevendo) tratarei de fazer um resumo dos acontecimentos mais importantes: em 14 de fevereiro de 2011, o governador republicano de Wisconsin, o Sr. Scott Walker, apresentou um projeto de lei anti democrático, que, entre outras coisas eliminaria quase todos os direitos de negociação coletiva da maioria dos funcionários públicos alem de cortar os salários e os benefícios deste setor. O governador defendeu seu projeto dizendo que era necessário para equilibrar o débito orçamental de três bilhões e 600 milhões de dólares nos próximos dois anos.
Em resumo, o projeto de lei exige que os funcionários públicos paguem uma parcela maior de seus seguros de saúde e fundos de pensões e elimina dos sindicatos (exceto o dos bombeiros e o da polícia), o direito de negociação coletiva sobre outras questões que não sejam os salários (e este só poderá ser renegociado, se o aumento proposto estiver abaixo do nível da inflação).
Até agora, tudo indica que o principal objetivo do projeto do governador é o de destruir a união AFSCME (Federação Estadunidense de Funcionários do Estado, Condado e Município), que foi fundada em Wisconsin em 1930, destruindo também o WEAC (Conselho da Associação de Educação de Wisconsin), um dos sindicatos de professores mais fortes e mais eficazes no país (4).
Antecipando a resistência dos grupos atingidos pelo projeto autoritário, Walker notificou à Guarda Nacional que deveria estar em alerta para reprimir as medidas que seriam tomadas pelos funcionários revoltados do governo, do condado e do município.
Imediatamente, os trabalhadores afetados decidiram lutar contra o projeto neo liberal e anti democrático da direita estadunidense. No inicio, mais de 13.000 manifestantes se reuniram no Capitólio, em Madison (a capital do estado de Wisconsin, EUA) para uma audiência pública de mais de 17 horas. Com o passar das horas, muitos milhares de manifestantes chegaram no dia seguinte à cidade, e centenas deles começaram elevar suas vozes cantando e gritando defronte do edifício do governador, exigindo “Removamos Walker imediatamente".
A partir dessas manifestações, Madison tornou-se o principal campo de batalha contra as medidas injustas para resolver o buraco orçamental que deverá, de acordo com o discurso oficial das autoridades, estender-se de norte a sul e de leste a oeste.
Em apoio ao movimento de rejeição á imposição unilateral de Scott Walker, as escolas públicas de Madison, Wisconsin, permaneceram fechadas enquanto os protestos continuavam contra a tentativa do governador de eliminar o direito dos servidores públicos à negociação coletiva.
Mesmo o time de futebol americano Green Bay Packers, (os empacadores de Green Bay), o atual vencedor do Super Bowl, vem apoiando publicamente o direito dos trabalhadores à negociação coletiva.
Nesse ponto, não há a menor dúvida: se o governador Walker conseguir impor seu projeto para Wisconsin então os estados do meio oeste sofrerão este tipo de ataque dos seus governadores, sem mencionar todos os outros estados dos EUA que também seriam alvos de projetos de corte fascistas como o de Wisconsin.
Como sabemos, a resposta (fácil e pouco discutida) dos governadores dos EUA para a crise financeira e fiscal (que atinge a maioria dos estados dos EUA) se reduz a que eles querem sobrecarregar os cortes no orçamento para o ano fiscal de 2012, nos ombros dos trabalhadores já extremamente prejudicados pela crise econômica social.
A luta entre defensores e opositores da medida de Walker ganhou uma nova dimensão quando os 14 senadores de Wisconsin, os congressistas democratas, abandonaram o estado como medida para bloquear a aprovação da legislação, obrigando os seus colegas republicanos a discutir e negociar uma alternativa. Graças à atitude corajosa dos senadores, o povo do estado e da nação foram capazes de ler e entender a periculosidade do documento.
Entretanto, o líder republicano ordenou que a polícia do estado fosse caçar os senadores desaparecidos, mas a polícia não conseguiu encontrar nenhum deles (5).
A semana culminou com um protesto massivo por parte dos trabalhadores em Madison, onde mais de 25.000 manifestantes foram às ruas para boicotar os cortes previstos pela legislação anti-sindical. Muitos dos manifestantes colocaram cartazes nas paredes dos edifícios onde se comparava o governador Walker com o ex ditador do Egito, Hosni Mubarak.
Dai em diante, os protestos se espalharam pelos estados de Ohio, Indiana e Pensilvânia alem de outros, onde o Partido Republicano governa.
I I
Nesta luta não faltou a presença e a voz de intelectuais e artistas proeminentes da esquerda americana: Noam Chomsky (6), Amy Goodman, Michael Moore e David Brooks (do jornal correspondente mexicano "La Jornada"), são alguns daqueles que teem defendido publicamente os protestos dos manifestantes.
Não foi possível impedir a nociva participação de um grupo de jornalistas (a soldo da ultra-direita) do canal Fox Nets tais como Bill O'Reilly, Sean Hannity ou o extremista mistificador Glenn Beck e o fascista Rush Limbaugh, que, imediatamente saíram em defesa das posições fascistas do governador.
Como não podia deixar de acontecer, o partido racista e anti trabalhadores denominado "Tea Party", organizou uma contra manifestação nas escadarias do Capitólio de Madison. Aproximadamente duas mil pessoas ligadas a este partido, ganharam a proteção de mais de 500 policiais fortemente armados; mas pouco depois, foram neutralizados pela extraordinária multidão que estava na cidade de Madison para apoiar os trabalhadores.
Logicamente, no meio de protestos dos manifestantes apareceram também os nomes e as vozes de conhecidos políticos oportunistas (de ambos os partidos), que tentaram utilizar os eventos para tirar proveito da situação em benefício próprio. O presidente Barak Obama, por exemplo, disse na semana passada que os acontecimentos no Wisconsin eram um "ataque aos sindicatos". Naturalmente, esta verdade provocou a reação imediata de Scott Walker que disse: "Washington deveria se concentrar em equilibrar o seu orçamento". Em seguida, Obama guardou silêncio. Dias depois, ele visitou o estado de Ohio, mas não disse mais nada sobre ou a favor da luta democrática dos trabalhadores.
Nesse ponto é preciso recordar: temos que ser inteligentes para não nos deixarmos iludir pela retórica demagógica dos políticos do partido democrata como Obama e outros do seu estilo; não devemos esquecer que o presidente Obama decidiu recentemente (traindo e ferindo aos seus eleitores) prolongar a escandalosa isenção de impostos concedida por George W. Bush para favorecer a parte mais rica da população dos EUA.
Tão escandaloso quanto o anterior, é não querer discutir em profundidade as causas da crise financeira e econômica em que estamos afundando. Até agora, o que tem circulado (através da grande mídia ou da retórica de políticos de ambas as partes, dos pronunciamentos de autoridades do governo e dos economistas de orientação neo liberal e neo keynesiana) é o "blame game" (o jogo da culpa) com a pergunta: “De quem é a culpa da crise econômica e financeira? De uma maneira desonesta, a resposta conclusiva (não cientifica, mas totalmente ideológica) é que para sair da crise que nos estrangula faz-se necessário fazer os cortes no orçamento, sacrificando os trabalhadores.
É claro que o governador de Wisconsin não quer discutir (nem os dois partidos, nem seus líderes, nem parte da população) o escandaloso fato de que no dia 31 de janeiro de 2011, a dívida pública total dos Estados Unidos, atingiu mais de US $ 14 trilhões de dólares com as previsões de que a dívida chegará a 15 trilhões de dólares (até o fim de 2011) (7).
Eles também não estão interessados em falar (nem os governadores, nem os dois partidos, nem seus líderes, governa nem a sua elite), sobre a imensa fortuna que foi destruída --cerca de 3 trilhões de dólares-- pela administração republicana de George W. Bush (e agora do democrata Barak Obama) com as guerras do Iraque (8) do Afeganistão, do Paquistão, e, a julgar pela maior parte do orçamento nacional que está sendo destinado por Obama para os atuais gastos militares, a destruição da riqueza nacional (do que produzimos mais o que devemos para a China, o Japão, o Brasil, o Afeganistão e o Irã, o nosso "maior inimigo") continuará a elevar-se de uma forma vertiginosa nos próximos anos.
Ao invés de continuar a apoiar a agenda neo liberal para salvar os bancos da crise financeira com dinheiro público, e de transferir (de um modo falso e desonesto) a culpa pelo desastre econômico (causado pela classe rica) para as classes trabalhadoras e média, os partidos políticos e a população dos EUA deveriam enfrentar a realidade autoritária da absurda drenagem e destruição da nossa riqueza nas guerras que são produzidas para aumentar os lucros do complexo industrial militar, dos bancos e das corporações associadas.
Em vez de cortar programas sociais na área da educação, saúde, habitação (e em outras áreas necessárias à preservação da vida da classe trabalhadora e média) para equilibrar o orçamento dos EUA em prol das guerras. Em vez de cortar programas sociais que tratam de evitar a crucificação da classe trabalhadora; em vez de cortar os salários e os direitos trabalhistas aumentando o nível de declínio do padrão de vida dos trabalhadores. Em vez de aumentar o nível de exploração dos trabalhadores para equilibrar o orçamento (proposto por republicanos e democratas para servir aos ricos), deveríamos começar a discutir como cortar o déficit de 15 trilhões de dólares, reduzindo os custos monstruosos com as cinco guerras atuais dos EUA, pois são elas que estão nos levando a decadência e ruína como nação e como civilização.
E agora, sem perder de vista o acima exposto, devemos voltar ao imediatismo concreto da luta contra o projeto do governador Scott Walker: "o Serviço Publico de Advocacia" (The Public Service Advocate) do AFT-Wisconsin e outras fontes de pesquisa constatam que o governador Walker tem uma estreita relação política com os irmãos Charles e David Koch, dois dos conservadores mais poderosos os EUA. Em 2010, o Comitê de Ação Política da Koch deu um milhão de dólares para o partido republicano e 43 mil dólares ao governador Walker, formando a segunda maior contribuição financeira para a sua campanha eleitoral vitoriosa. Como é sabido, os irmãos Koch são donos de uma das maiores empresas privadas de energia do mundo, com operações em todo o estado de Wisconsin.
As relações suspeitas do governador com os irmãos Koch teem sido um dos fatores importantes na luta política de Walker para destruir os sindicatos e pôde ser melhor avaliada quando Ian Murphy (um jornalista local e blogueiro do Buffalo Beast) fingindo ser um dos Irmãos Koch, telefonou para Walker e plantou-lhe uma armadilha, a fim de expor o governador e as contradições entre sua retórica e suas reais intenções políticas.
O blogueiro disse que telefonou para falar sobre a situação da agitação política (ver a transcrição da conversa em http://www.buffalobeast.com/?p=5045). O fato mais surpreendente é que o governador, que se recusa a falar com um representante do movimento de resistência ao seu plano fascista, respondeu imediatamente ao telefonema do suposto David Koch. Ian Murphy que gravou o que aconteceu mostrou que o governador está submisso aos irmão Koch. Walker é um indivíduo tão subordinado ao poder dos ricos que não percebeu (por causa da emoção de conversar com um legítimo plutocrata e seu benfeitor) que o telefonema era de um jornalista, e não de um dos irmãos Koch.
Para aqueles que leram a pagina com o título "Koch’s Whore" (a Prostituta do Koch) do blog “Buffalo Beast”, ou ouviu a gravação do diálogo entre o governador e o repórter disfarçado de David Koch, não podem deixar de concordar com a análise jurídica e política do representante do TAUWP, Mark Evenson, no sentido de que devemos demandar a demissão de Scott Walker de seu posto de governador do estado de Wisconsin por violar as declarações básicas do seu juramento quando assumiu o cargo de governador. Evenson escreveu: "Em suas primeiras semanas como governador Scott Walker já traiu os cidadãos do estado de Wisconsin. Walker violou o seu juramento de posse. Especificamente, ele não desempenhou o cargo de um modo "justo" e "fiel". Pelo contrário, ele violou a sua promessa de lealdade para com os cidadãos de Wisconsin ao prostituir-se para os bilionários irmãos Koch, donos da empresa Koch Industries, Inc., sediada em Wichita, Kansas (e, claro, ser a puta dos interesses de uma poderosa empresa fora do estado de Wisconsin) (9).
A denúncia do caráter corrupto e antidemocrático do governador Walker e seu partido atingiu o seu climax, quando a imprensa local informou que o deputado republicano Bill Kramer autorizou, na Assembléia do Estado, a votação do projeto anti sindical e anti democrático do governador, encerrando a votação (para a surpresa das 100.000 pessoas que se reuniram em Madison) sem os votos dos democratas que ainda não tinham votado. Esta pseudo votação (que resultou num desonesto 51 a 17 a favor da medida do Governador) deixou o povo trabalhador perplexo e furioso, desencadeando o repudio massivo de parte da população do estado de Wisconsin que manifestou a sua indignação gritando “vergonha!”, “traição!”, “covardia!”, contra os representantes republicanos.
Face ao exposto, a única coisa que nos resta fazer é a de nos organizar e lutar para alcançar o afastamento definitivo do cargo de governador do senhor Scott Walker ("Removamos Walker imediatamente!") através do processo constitucional (de acordo com as diretrizes legais e políticas do representante do TAUWP), que demanda a sua demissão imediata junto à realização de uma nova eleição. Nesta eleição, vamos ter de escolher um novo governador, democrático e legítimo, que defenda (ao invés de atacar) os interesses coletivos e democráticos dos trabalhadores e da classe média pauperizada do povo de Wisconsin.
Notas:
1) Recentemente, os Estados Unidos, de forma unilateral e antidemocrática, vetou (por ser um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU) a resolução que condenava os assentamentos israelenses nos territórios palestinos ocupados. A resolução apelava aos demais países colaborarem a parar a colonização israelense nos territórios. O texto do projeto (apoiado por mais de uma centena de países) também reiterou a ilegalidade dos assentamentos israelenses, obtendo o voto dos outros 14 membros do Conselho de Segurança, mas os Estados Unidos com seu veto unilateral e antidemocrático, cancelou mais uma vez (de forma prepotente e indigna), a oportunidade de promover realmente a paz, a justiça e a democracia no Oriente Médio.
2) As eleições dos EUA entre democratas e republicanos são tradicionalmente financiadas pelos grupos econômicos mais poderosos nos EUA. Para piorar a situação que já era ruim para a "democracia" americana, a Suprema Corte do país tomou a decisão em 2009 de alterar a lei existente para promover mais ainda os interesses dos poderosos. Assim, as corporações ligadas às companhias de petróleo, ao Complexo Industrial Militar, aos grandes bancos de Wall Street, às companhias de seguro de saúde foram --contra os interesses da maioria dos americanos-- os beneficiários da decisão da Suprema Corte dos EUA.
3) Para o benefício das novas gerações de jovens, acredito que não se deve esquecer que o senador (1947/1957) republicano, Joseph Raymond McCarthy, nasceu no estado de Wisconsin. Ele foi o criador do longo processo de repressão conhecida como “macarthismo”, um termo usado para descrever as sistemáticas acusações de subversão, deslealdade e traição, sem evidências ou elementos de provas (caça às bruxas) para acusar as pessoas de serem comunistas. Em poucas palavras, “macarthismo é a versão estadunidense da Inquisição católica nos tempos modernos.
4) Apenas 5 estados dos EUA (Carolina do Sul, Carolina do Norte, Geórgia, Texas e Virginia) não têm negociação coletiva para os professores. A classificação destes estados em termos de resultados de seus alunos em exames nacionais para o vestibular (ACT / SAT) são os mais baixos do país: Carolina do Sul - 50,
Carolina do Norte - 49,
Geórgia-48,
Texas - 47,
Virginia - 44. Se alguém perguntar qual é o ranking de Wisconsin? saberá que o Estado, com o seu direito à negociação coletiva para os professores, está em segundo lugar no país. Vamos mantê-lo dessa maneira. Ir para o site: http://www.lawyersgunsmoneyblog.com/2011/02/but-i-thought-union-busting-solved-all-educational-problems
5) Ontem, o presidente da Law Enforcement Wisconsin Association (Associação para o fortalecimento da lei em Wisconsin) , emitiu um comunicado lamentando o aval dado para o governador Walker, em novembro de 2010, epoca da eleição. Veja o site: http://www.channel3000.com/politics/26933675/detail.html
6) O filósofo e pensador Noam Chomsky disse em "Democracy Now" que o que acontece em Wisconsin é o começo do que é realmente necessário aqui nos EUA: um levantamento da democracia pois a democracia os EUA tem sido quase eviscerada.
7) http://en.wikipedia.org/wiki/United_States_public_debt "A partir de 31 de janeiro de 2011, o total do saldo da Dívida Pública dos Estados Unidos foi 14,3 trilhões de dólares que corresponde a 96,4% do produto interno bruto anual (PIB de 2010). Usando os valores para 2010, a dívida total (96,3% do PIB) é a mais alta no ranking de outras 12 nações.
8) Ir para http://en.wikipedia.org/wiki/Iraq_War site "O custo financeiro da guerra .... com o custo total para os EUA. Gasto estimado em 3 trilhões.
9) Ver o e-mail Evenson para os colegas e os amigos de TAUWP. De: evensonm@uwplatt.edu; Assunto: Vamos apelar à demissão! Venham para Madison, no sábado; Data: 25 fev 2011 09:13:24 CST; Para: colegas e amigos do TAUWP.
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11 comentários:
Lí sua postagem e em seguida estou reenviando para amigos que trabalham com os conceitos de autoritarismo e luta de classes mencionado na análise do Jorge Vital de Brito e são críticos radicais dos governos anti-democráticos. O texto apresentado sugere reflexão e investigação sobre os dados colocados, especificamente a respeito do Estado de Wisconsin. Chamou-me atenção, também, a faceta literária do autor do artigo que passo a conhecer, irei ao link do rebelión. Até a próxima.
Gostei do novo design do blog, as estantes cheias, deixai o povo pensar...
Conhecer o nosso conterrâneo Professor Jorge Moreira, fato que aconteceu por meio de nosso querido --e também Professor Setaro--, meu primo André, foi uma das grandes satisfações que tive. É uma figura simples ao comunicar-se. De resto, veja a profundidade analítica e o domínio da Práxis em seu texto.
Conhecer o site de "Rebelion" (que pode ser lido tanto em castelhano, quanto em português só vai lhe proporcionar um grande horizonte de leitura e informação. Ainda não fui lá hoje, porque, tendo acordado um pouco tarde, ainda não li os informativos e os sites pelos quais passo todas as manhãs, e que “Rebelion” está agora, sem dúvida, está incluído.
E sua vida, como está?, também baiana, também Professora Stela... Mande as novidades.
E dizer que nunca ouvi falar nesta crise. De fato a grande imprensa no Brasil e no mundo inteiro manipula as informações à sua vontade e interesses.
Mas estão se esquecendo que as 'novas revoluções' estão acontecendo via internet. E blogs como este.
A presença da internet nos movimentos populares nos países árabes tem demonstrado isso.
O perigo é que eles teem como impedir isto.
Já a mídia, em especia a grande, manipula mesmo...
Brilhante este seu parceiro de blog.
Tudo o que li dele é bom, Muuuuuuitoooo booooom!
Concordo com você, Manoel...
A contribuição do Professor Jorge Vital de Brito Moreira (em três artigos) tem enriquecido muito este blogue.
Joelma,
Moro em Connecticut, vejo o jornal pelas manhãs e também nao ouvi falar do problema, os jornais comentam que vai uma demissão massiva no Estado, mas não falam da crise, o Professor tem razão, aqui existe uma falsa democracia e muita discriminação racial embutida.
Jonga,
Salvei o Webpage, vou dar uma vou ver esse trem de perto. :)
Sueli. Como vai o frio em 'New England'? Um trem, certamente que sim.
A "democracia" como a conhecemos não tem nada a ver com aquela que os gregos pelo menos tentaram.
E hoje o poder da mídia destorce tudo nos conduzindo a ser informado do que eles e os "poderosos" querem que saibamos.
Amanhã, domingo, nas "Pensatas de domingo" vou postar algo sobre isto. Mas é um assunto que já explorei em outras ocasiões no meu blogue.
E foi muito bom conhecer uma "mineira em campo de neve" (apenas uma alusão ao livro do "gaúcho" Érico Veríssimo). Bah!
Mas, caso queira responder: cê é de que cidade? Minha mulher é de Ponte Nova, logo ali, pertim de Ouro Preto.
Uai sô!
Eu do Vale do Aço, Ipatinga, fica perto de Gov. Valadares ( Uma cidade um tanto quanto desconhecida ...:):):):)
Conheço Ipatinga. Atendi à conta da Acesita quando trabalhei na ASA Publidade, na qual fui diretor de criação nos anos 1980.
E tenho um amigo de Ipatinga. O Maurilo Andréas. Conhece?
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