quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Intervalo Clandestino. Uma radiografia do Brasil e dos brasileiros



Assisti Intervalo Clandestino (2006) no Canal Curta, e me impressionou sua profundidade descritiva do país frente a questões políticas. No melhor estilo Cinema Verdade, a película expõe pensamentos, opiniões, reações e julgamentos do povo em suas diversas classes sociais e várias cidades do Brasil, mesclados com depoimentos de políticos e intelectuais da época, como Brizola e Lula. Infelizmente não consegui a sua versão completa; no entanto publiquei na postagem abaixo algumas cenas significativas que mostram a alma e o clima do filme. A seguir uma sinopse:

“Em ano de eleição, a esperança parece estar acima de tudo na voz e no coração do povo. Espera-se superar crises e o anúncio de novos tempos com a escolha dos governantes que cuidarão do futuro da nação. Na prática, entretanto, não funciona desta maneira. Intervalo Clandestino faz uma tentativa de extrair das pessoas tudo o que este momento pré-eleitoral representa no imaginário e no cotidiano da população
    
” Tudo a ver com o momento que vivemos.
    
O currículo do diretor Eryk Rocha (19/1/1978), que vem a ser filho, de, nada mais nada menos que Glauber Rocha e Paula Gaitán (1), inclui os filmes Rocha que Voa, o curta Quimera e este brilhante Intervalo Clandestino, no qual o cineasta procurou rostos anônimos e revelou cenas de um ritmo alucinante em meio à multidão que discute diante das câmeras o provável futuro político do país.
                             
1. Se Glauber Rocha dispensa apresentações, Paula Gaitán (Paris, 18/11/1954) é uma cineasta, artista plástica, fotógrafa e poeta brasileira. Graduada em Artes Visuais e Filosofia pela Universidade de Los Andes (Bogotá), mudou-se para o Brasil em 1977. No ano seguinte trabalhou com Glauber, assinando a direção de arte do filme A Idade da Terra. Ensinou Cinema Experimental na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (RJ). Dirigiu documentários e videoarte, entre eles Diário de Sintra, Uaka, Vida. Como artista plástica, expôs no MALBA (Museu de Arte Latinoamericana de Buenos Aires). É viúva de Glauber Rocha, e mãe, para além de Erik Rocha, da também cineasta e cantora Ava Rocha. Seu filme Exilados do Vulcão, baseado no romance Sobre a Neblina, de Christiane Tassis, recebeu o Candango de Melhor Filme no Festival de Brasília de 2013.


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