domingo, 28 de outubro de 2018

Quem não chorou hoje vai chorar amanhã


Poucas vezes assisti um dia tão triste como este 28 de novembro de 2018; o dia em que se elegeu uma ditadura.

Quando Fernando Collor venceu aquelas eleições nos idos do século passado, eu ainda nos meus 45 anos de idade consegui um emprego em Portugal. E muito embora eu tenha desejado do fundo do meu ser deixar o país, ele veio como um convite. Que, claro, aceitei sem pestanejar!

Fiquei três anos na deliciosa e bela Cidade do Porto, e calhou que, coincidentemente eu voltasse logo que o famigerado Collor deixou o cargo. Algo fantástico. Acontece que agora, quase 30 anos após, fica difícil uma oportunidade como aquela. Para além de estar aposentado, confesso que não sei se aguentaria uma outra empreitada daquela...

A eleição do ex-capitão Jair Bolsonaro, o “Coiso”, é certamente a pior desgraça que se abateu sobre o Brasil desde Jânio Quadros e o citado Collor de Mello. E o pior, a ignorância e a consequente cegueira daqueles que o entronaram não lhes permite ver o mal que fizeram a este país. No entanto, disso eu tenho certeza, um dia verão, porque vão sofrer na própria pele, e então deitarão lágrimas, assim como as deitei hoje!


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