As opiniões vieram,
respetivamente, de dois candidatos ao Senado em São Paulo, Nivaldo Orlandi
(PCO) e Eduardo Suplicy (PT), num evento paralelo às paradas militares do 7 de
setembro.
"Ninguém viu sangue nenhum.
Vimos um grande chororô da imprensa, das lideranças ditas democratas. Agora,
esse anjinho fascista, será que merece a nossa solidariedade?", questionou
Nivaldo Orlandi.
"Estou indignado com a
facada que recebeu Jair, ainda que discorde das suas ideias, das suas
provocações. Não podemos tomar do cálice da violência, do ódio, da
vingança", disse o candidato do PT.
"Muito se fala que
Bolsonaro sofreu violência. Ele é a própria violência, quando diz que as mulheres
podem ser estupradas. Quando a gente planta vento, colhe tempestade",
referiu, por seu lado, a líder da Marcha Mundial das Mulheres, Sônia Coelho.
Seu filho, Flávio Bolsonaro
mandou uma mensagem para os atacantes do seu pai: "Uma mensagem para esses
bandidos: eles acabaram de eleger o novo Presidente, e isso será feito no
primeiro turno". Segundo a sondagem do IBOPE divulgada na quinta-feira - a
primeira após o Tribunal Superior Eleitoral ter rejeitado a candidatura de Lula
-, Jair Bolsonaro lidera a corrida eleitoral com 22% das intenções de voto.
Na campanha, Bolsonaro defende
os valores tradicionais da família cristã, o porte de armas e 'prega' o combate
à violência num país que atingiu a marca de 63.800 homicídios em 2017 de forma
individual. E entre as propostas mais polêmicas para a área de segurança
pública está a implantação de uma figura jurídica no sistema legal que
impediria o julgamento criminal de homicídios cometidos por polícias em
serviço.
O candidato declarou, também,
que se for eleito não vai aplicar recursos do Governo em instituições que atuam
em defesa dos direitos humanos, afirmando pretender retirar o Brasil do Comitê
de Direitos Humanos da ONU.
Bolsonaro foi acusado pela Procuradoria-Geral
da União do crime de racismo, em 2016, quando comparou com animais os
descendentes de negros africanos que fugiram antes da abolição da escravatura e
vivem em quilombos. Bolsonaro também responde a processo por declarações
homofóbicas, feitas num programa de televisão e é investigado por suposta
apologia à tortura. Esta última acusação baseia-se na homenagem que fez ao
coronel Brilhante Ustra, reconhecido torturador, no momento em que votava a
favor da destituição de Dilma Rousseff, que foi presa e torturada durante a
ditadura militar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário