Enquanto Temer e seus
asseclas gastavam milhões comprando parlamentares para absolvê-los de acusações
de corrupção, e endividando o país, o Museu Nacional, na Quinta da
Boa Vista, que foi consumido por um incêndio de grandes proporções na noite
deste domingo, já vinha sofrendo de problemas na sua infraestrutura pelo menos
desde 2016, segundo relatório interno.
Em junho deste ano, o BNDES
assinou um contrato de financiamento de R$ 21,7 milhões para restauração do
local, e uma parcela da verba deveria ser investida em
segurança contra incêndio.
Além disso, os recursos seriam
destinados para uma reforma da biblioteca, e para a restauração de estruturas
como o telhado do museu e os aposentos do imperador Dom Pedro II. Antes uma
vitrine do Império, o museu vinha sofrendo de goteiras, infiltrações e outros
problemas gerais, segundo apontou relatório de 2016 da Biblioteca do Museu
Nacional.
O diretor do Museu Histórico Nacional, Paulo Knauss, considerou o incêndio
"uma tragédia". Paulo lembrou que o museu foi residência
da família real e sede da 1ª Assembleia Constituinte Republicana do Brasil.
"É uma tragédia
lamentável. Em seu interior há peças delicadas e inflamáveis. Uma biblioteca
fabulosa. O acervo do museu não é para a história do Rio de Janeiro
ou do Brasil. É fundamental para a história mundial. Nosso país está
carente de uma política que defenda os nossos museus", afirmou Paulo
Knauss.
O vice-diretor do Museu Nacional, Luiz Fernando
Dias Duarte, reclamou da falta de apoio do governo na conservação do espaço: "Nunca conseguimos nada do governo federal. Recentemente
estávamos finalizando um acordo com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) para um aporte de recursos volumoso, onde iríamos fazer
finalmente a restauração do palácio e, ironicamente, planejávamos um novo
sistema de prevenção de incêndios”.
Apesar
de sua importância histórica, o Museu Nacional também foi afetado pela crise
financeira da UFRJ e está há pelo menos três anos funcionando com orçamento
reduzido.
A situação chegou ao ponto de o museu anunciar uma "vaquinha virtual"
para arrecadar recursos junto ao público para reabrir a sala mais
importante do acervo, onde fica a instalação do dinossauro Dino Prata. A meta
era chegar a R$ 100 mil.
O museu continha um acervo histórico desde a época
do Brasil Império, destacando-se:
- o mais antigo fóssil humano já encontrado no
país, batizada de "Luzia", pode ser apreciado na coleção de
Antropologia Biológica, entre outros;
- a coleção egípcia, que começou a ser adquirida
pelo imperador Dom Pedro I;
- a coleção de arte e artefatos greco-romanos da
Imperatriz Teresa Cristina;
- as coleções de Paleontologia que incluem o
Maxakalisaurus topai, dinossauro proveniente de Minas Gerais.
E o pior de tudo isto: mais uma vez Temer
e sua quadrilha tentam sair impunes de uma responsabilidade inerente à
preservação da cultura neste inculto país!!!
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